A ideia do clube também é desativar os vestiários já existentes. Outros dois novos seriam construídos na área onde hoje é utilizada pelos times para aquecimento, entre os atuais vestiários e os bancos de reserva. “Tá na hora do Vitória ter bons vestiários. Serão vestiários modernos, climatizados e com banheiras. Tudo projetado por engenheiros competentes, arquitetos, com padrão de qualidade”, garante Tavares.
A decoração ainda não está definida, mas o utilizado pelos donos da casa deve ganhar as cores vermelha e preta. “Nós temos condições de botar vermelho e preto, porque é nosso. Eu vi um diretor do Bahia dizendo que vai botar azul, vermelho e branco na Arena. Aqui é nosso e será nosso”, alfineta o administrador do estádio.
A diretoria rubro-negra vai definir hoje se tudo isso vai sair do papel até maio. Uma reunião com dirigentes do clube acontecerá hoje, na Toca do Leão, para bater o martelo final sobre a verba destinada para a reforma. “Não pode passar dessa segunda (hoje), senão, não fica pronto para a Copa”, decreta o diretor de patrimônio rubro-negro, Hildebrando Maia. O início das obras será imediato e a proporção depende dos cofres do clube e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, que arcará com parte dos custos.
“O Vitória vai bancar uma parte e o COL vai bancar uma pequena parte. Ainda não está definido quanto o COL vai liberar e isso impacta. Não temos valores definidos e tudo implica no montante total. Vamos fazer só o campo? Qual o grau de mudança? Tudo implica no montante total”.
Valores - O COL teria disponibilizado pouco menos de R$ 500 mil para a reforma do estádio e o orçamento elaborado pelo clube prevê um investimento de R$ 1,3 milhão, sendo que R$ 900 mil seriam gastos no novo gramado.
“A gente tinha um trabalho que o COL tinha estimado pra fazer e a gente viu que se fizesse só aquilo não iria resolver, então fizemos uma nova avaliação técnica. Como o COL está fazendo mais de 80 gramados, eles têm parâmetros de valores e eles estão questionando valores, mas quem faria o gramado seria a mesma empresa que faz pra eles”, argumenta Hildebrando Maia.
De acordo com o dirigente, o COL enviará uma proposta final com valores até o meio dia de hoje e a reunião entre os dirigentes do clube acontecerá até o início da noite. Procurados, COL e Secopa não falaram sobre o assunto.
Longo prazo - As obras com previsão de conclusão em maio compõem apenas a primeira etapa de um planejamento elaborado pela diretoria rubro-negra para modernizar o Barradão a longo prazo. Em quatro anos, também está prevista a construção de um novo prédio, que será erguido em cima dos novos vestiários pra reunir camarotes e todos os departamentos do clube.
“Um planejamento global está sendo feito para o Manuel Barradas. O antigo prédio será demolido. Mas esse projeto ainda está sendo desenvolvido por um arquiteto e o plano diretor ainda está sendo elaborado”, afirma Haroldo Tavares. Durante a primeira etapa de reformas, o Vitória passará a mandar seus jogos nos estádios Fonte Nova e Pituaçu, mas seguirá treinando na Toca. Um dos campos anexos, geralmente usado pela base, servirá o elenco profissional. (Daniela Leone / iBahia / Foto: Angelo Paz)
O valor desta reforma
1,3 milhão de reais é quanto o Vitória prevê gastar com esta melhoria no atual estádio
900 mil reais seriam investidos apenas no novo gramado, que também terá nova drenagem
500 mil reais seria o valor disponibilizado através da Secopa para o rubro-negro, quantia não confirmada
6 meses sem usar o Barradão em jogos oficiais ficará o Vitória, retornando apenas após a Copa, em julho