Alguns torcedores avaliaram como negativa a cobrança de aumento salarial por parte do jogador e passaram a vaiá-lo. No primeiro tempo, a pressão deu resultado: nervoso, Neto passou em branco. Mas, na etapa final, o artilheiro calou a boca dos que duvidam de seu amor e entrega ao Vitória, ao marcar um golaço, bem ao seu estilo.
“Estou sempre na pressão, né (risos)? Mas tá tudo tranquilo. Não é qualquer um que faz 33 gols. É duro estar passando por isso. Talvez no dia que eu sair, eles [os torcedores que o criticam] vão sentir a minha falta. Mas não são todos, o pessoal dos Imbatíveis principalmente me dá muita força, canta a minha música e me incentiva sempre”, afirma.
O conflito que o amigo Uelliton travou com a torcida serve de exemplo para Neto. “A torcida pegou no pé dele, mas Uelliton é sempre um exemplo tanto dentro como fora de campo. Isso me influencia a melhorar cada vez mais”, disse o atacante.
Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, Netão é um dos cobradores de falta do Vitória. “Quem mais bate daquela lado (direito) sou eu. Faço muitos gols dali nos treinamentos, tanto eu quanto o Eduardo Ramos. O Carpegiani cobra isso da gente”, esclareceu. “Amo fazer gols de qualquer jeito”, acrescentou. (Edmilson Ferreira / A TARDE)