
Por: Lucas Rochas *†§iquilho†*
lucas.rochas@yahoo.com.br
Apesar de mais uma ótima atuação contra o Inter, em Porto Alegre, o rubro-negro mais uma vez não foi eficiente no setor ofensivo e novamente deixou a vitória escapar entre as mãos. Em uma partida equilibrada, e com ambos os times explorando a velocidade nas saídas de bola o Vitória teve as oportunidades mais concretas, e novamente foi prejudicado pela arbitragem.
Falando em arbitragem, os erros desta partida serviram para por fim às críticas preconceituosas contra a auxiliar de arbitragem Márcia Bezerra. Os times do nordeste sempre foram "garfados" pelos árbitros, independente da sexualidade dos árbitros ou auxiliares em questão.
Voltando à partida, o Vitória entrou em campo postado no esquema 3-5-2, o esquema que a meu ver, se encaixou perfeitamente com o time. Tendo um amplo domínio do meio-campo, o leão da barra cadenciava a partida e explorava os contra-ataques com o "maluco beleza" Apodi que saia em velocidade pela direita, ocasionando muitos problemas para a defesa colorada. Por sinal, Apodi vem mostrando que se sente muito a vontade com o manto rubro-negro, tendo extrema importância no esquema tático do time e realizando grandes partidas neste Brasileirão, sendo líder momentâneo dos prêmios Armando nogueira[ globo esporte] e Bola de Prata [Revista Placar].
O primeiro tempo “burocrático”e mais sem sal que a comida de minha avó, que é hipertensa, serviu para a torcida aumentar seu desafeto por Roger [que apesar de estar impedido, perdeu um gol cara a cara com o goleiro] e Adriano [delegado, prende muito a bola, e quase deu um gol ao inter no início do segundo tempo, perdendo uma bola no campo de defesa].
Acho que deixar os dois no banco por uma partida deve fazer com que o desempenho deles melhore.
O único lance de extremo perigo no primeiro tempo veio do volante Vanderson, que certamente deve ter lido meus comentários e enfim resolveu chutar de fora da área, acertando a trave esquerda do goleiro colorado. Com o fim do primeiro tempo torci para que PCC também tivesse lido meu último comentário aqui no blog, onde citei que se o time estivesse bem e o 0 x 0 persistisse ao fim do primeiro tempo ele deveria retirar o Roger, colocando o Edson e tiraria o Adriano e colocaria Neto Berola, dando mais movimentação ao setor ofensivo, com ambos os atacantes alternando entre a área e a criação de jogadas. Entretanto, PCC resolveu não mexer no time, que voltou do intervalo disposto a vencer o jogo, mas novamente infeliz nas finalizações.
O Vitória prosseguia soberano na partida:
-Uellington de falta;
-Adriano, sozinho, finalizou ridiculamente de joelho para fora, após uma belíssima jogada de Apodi;
-Leandro Domingues finalizando bem, e o goleiro colorado fazendo um milagre.

Após passe em diagonal, Roger, impedido, deixa a bola passar, e o auxiliar erroneamente já levanta a bandeira, sendo que Apodi, em condições legais, dominava a bola cara a cara com o gol.
O bandeirinha descumpriu as regras do regulamento que determinam que em caso de dúvidas o lance deve transcorrer, antes de ser marcado algo. Esta mesma arbitragem esteve completamente tendenciosa: Invertendo faltas, distribuindo cartões amarelos desnecessários e prejudicando o leão.
Ainda assim o domínio da partida foi mantido, até PCC promover as seguintes alterações no time:
Sai Robinho, entra Magal.
Sai Adriano entra Carlos Alberto.
Após as alterações o time passou a atuar com quatro volantes, sendo os dois últimos jogadores extremamente lentos, o que prejudicou completamente o desempenho em campo. O leão acabou perdendo completamente o volume de jogo pelo lado esquerdo do campo. O Inter, já com Tyson e Andrezinho em campo, passou a dominar a partida, enquanto o Vitória brincava de desperdiçar contra-ataques. Com extremo atraso, PCC promoveu a entrada de Edson, no lugar de Roger e Neto Berola sequer teve uma oportunidade. Discordei das três alterações: considero as duas primeiras equivocadas e a última atrasada, muito tarde.
Aos 45 Uélliton, em um lance normal de jogo, recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso. O interessante é que assistindo ao jogo pelo canal fechado, percebi que o árbitro após aplicar o cartão amarelo no atleta rubro-negro deu a entender não saber sabia que ele já tinha um cartão amarelo, só aplicando o cartão vermelho após reclamação dos jogadores do Inter.
Neste momento da partida o leão já dava a entender que achava o 0 x 0 um grande resultado, se dando ao luxo de ter três escanteios nos minutos finais da partida e nenhum zagueiro ir para a área adversária e os jogadores ficarem irritantemente trocando passes na linha de fundo. Odiei tal postura, pois um lance isolado, com uma bola alçada na área, poderia muito bem dar uma vitória ao leão da barra.
Sobraram agora as dúvidas para o PCC escalar o ataque nas próximas partidas. O Vitória não possui um grande centro-avante no elenco, para substituir o Neto Baiano e isto pode causar ocasionar grandes problemas ao decorrer da competição. Acho que após as últimas atuações de Roger e Adriano está na hora de valorizar a dupla Robert e Neto Berola.
Tendo em vista as péssimas partidas feitas por Roger, e a falta de outros centro-avantes no elenco, porque não testar o Robert? Melhor do que improvisar, ou jogar sem atacantes que são referências de área. Fica a sugestão.
FICHA DO JOGO
INTERNACIONAL 0 X 0 VITÓRIA
Internacional
Michel Alves; Bolívar, Sorondo, Danny Morais e Marcelo Cordeiro; Maycon, Glaydson, Rosinei (Andrezinho) e Giuliano; Talles Cunha (Taison) e Alecsandro (Leandrão)
Técnico: Tite
Vitória
Viáfara, Wallace, Victor Ramos e Anderson Martins; Apodi, Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues e Róbson (Magal); Adriano (Carlos Alberto) e Roger (Édson)
Técnico: Paulo Carpegiani
Data: 14/6/2009 (domingo)
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Árbitro: Célio Amorim
Auxiliares: Carlos Berkenbrock e Luiz Kallenberger
Cartões amarelos: Róbson, Vanderson, Adriano, Uelliton, Victor Ramos, Anderson Martins (Vitória); Rosinei, Giuliano (Inter)
Cartão vermelho: Uelliton (Vitória)
SRN