Tudo para emplacar mesmo, pois bastava um gol para pularmos na frente e aumentarmos a distância. E foi o que aconteceu. Só que fizemos o gol e depois fomos mais infantis que feto recentemente fecundado: tomamos o gol de empate logo em seguida, em um lance de bola parada cruzada na área – para variar – e, pouco depois, o segundo gol, em um pênalti cometido pelo zagueiro “experiente” Rodrigo, zagueiro esse com tanta experiência que resolveu lembrar os seus tempos em início de carreira, de novo, novamente, outra vez. A nossa zaga e nossos meias de contenção formam uma defesa vacilona dos infernos!
Alguns comentaristas falam que jogamos bem o primeiro tempo. Jogamos bem uma zorra! Quem joga bem não comete essa série de vacilos e toma uma virada, depois de ter um resultado totalmente a nosso favor. Tivemos melhores números e até maior volume de jogo, mas o coxinha foi mais eficiente.
E no segundo tempo a coisa desandou de vez. PCC repete uma substituição geralmente feita pelo seu antecessor na base do “Toda vez que coloquei Dinei funcionou, mesmo sem meia para armar com ele”. Dito e feito, colocou Dinei no lugar de Léo (nem sabia que esse elemento estava em campo) e deslocou o nosso único armador para a lateral direita, me fazendo ficar em dúvida se ali era mesmo PCC quem estava no comando do time. Depois daí galera, a casa caiu em pedaços. E o coxinha podia ter feito até mais gols se os seus atacantes soubesses se posicionar melhor.
Soube depois que Pedro Ken,nosso melhor jogador no primeiro tempo da partida, tinha se machucado ainda no tempo inicial, mas estava com vontade de jogar. Com isso, PCC tentou formar um esquema de 3 zagueiros e empurrar Pedro Ken para a direita como lateral ofensivo (sem voltar para marcar), para poupar do corre-corre infernal que esse mesmo Pedro Ken deu no primeiro tempo, quando correu o campo todo. Mas não funcionou, pois o time ficou sem armador. Geovanni não foi para Curitiba e eu nem sabia se Arthur Mais estava no banco. E se ele tivesse, não ia entrar, pois depois que o interino assumiu, Arthur Maia, que não faz parte da panela do “paizão”, foi colocado de escanteio. Mas ali era jogo para ele, principalmente no segundo tempo que o time precisava de uma sacudida.
Mas, voltando ao jogo, já imaginou time sem armador e sem laterais? Como a bola chega lá no ataque? Podia botar 1.000.000 de atacantes que a bola não ia chegar, a menos que ela mesmo armasse a jogada.
Falando nas laterais, o nosso maior problema reside lá. Cadê os caras para jogarem ali? Temos 3 laterais direitos e não temos nenhum. Na esquerda estamos mal servidos. Eu e muitos outros já falamos isso mais de 4.239.119 vezes e essa diretoria dos infernos parece que nem está aí. Armar time sem lateral é dose para cavalo! No futebol de hoje time sem lateral não vai para lugar nenhum.
Agora, depois de chorar na cama, o jeito é focar na segundona e torcer para que tenhamos um fechamento do ano bem diferente da sua abertura. Com a contratação de um goleiro experiente, um lateral para cada lado e mais um meia de armação – já que tudo indica que não vão fazer uso de Arthur Maia – vamos ter elenco para dar pau em qualquer time da série B. Isso se nosso artilheiro resolver voltar a fazer gols de modo normal, com a bola rolando, não só de penalti (isso, se ele ficar). Mas sua validade está chegando.
Avante, Leão! O foco agora é a série B e, com fé no Nosso Senhor do Futebol, ela vai ser nossa esse ano.
Por: João Werther