Pelo que aconteceu ontem em Pituaçu, quando fomos eliminados nos pênaltis para a FORTÍSSIMA equipe do J. Malucelli, uma das melhores do ranking mundial, constatamos que ninguém precisava de BOLA DE CRISTAL para pressentir aquele desastroso resultado. Aliás, pelo que vinha jogando nas últimas partidas, era mais que esperada uma noite de sofrimento. Mesmo para nós outros que, pelo amor que temos ao ECVITÓRIA, nesses meses temos colocados a paixão e esperança acima da razão, ainda torcíamos por uma mudança de atitude, tática e estratégia da comissão técnica, jogadores e dirigentes. O que não aconteceu. E acho que dificilmente acontecerá. E aí eu volto a repetir: o pior cego é aquele que não quer ver.
Ao contrário de muito torcedores, até que gostei (senti pena) de NF na sua coletiva, quando reconheceu que o ano foi desastroso até agora e que, caso continuasse no Vitória, iria mudar taticamente e cobrar atitude de seus comandados. Vi um pouco de humildade. Hoje a Diretoria confirmou a sua permanência no cargo, pelo menos até domingo.
Conforme escrevi na primeira parte deste texto, eu me daria por satisfeito se ontem os jogadores (do Vitória, é claro, pois os do Jotinha fizeram a sua parte) demonstrassem uma mudança de atitude, jogassem com vontade de vencer, com sangue no olho, o que mais uma vez não aconteceu.
Pois é meus amigos de infortúnio, continuando com a minha saga sobre o que realmente faz a diferença para um time de futebol ser vencedor, além de tudo que já disse na primeira parte, complemento, ou melhor, Ney Franco já o disse ontem: exigir de todos (todos = jogadores, comissão técnica e dirigentes) uma mudança de atitude, humildade para reconhecer que sem vontade, raça, gana, determinação não se vai a lugar nenhum e que aqueles que estão se achando o bam bam bam saiam dos seus saltos altos e calcem a sandália da humildade. Que os nossos dirigentes assumam o comando e liderem com energia e firmeza o processo de reconstrução e recondução do GLORIOSO ESPORTE CLUBE VITÓRIA ao seu verdadeiro lugar: VITÓRIAS.
Para se construir algo demora muito tempo. Ney Franco vem se desgastando a cada jogo neste ano, insistindo com o mesmo e previsível esquema tático, sem mudar a forma de jogar e sem um padrão de jogo que protegesse a fraca zaga, além de alimentar o ego de alguns jogadores “meeiros” que ficam se achando.
Assim como na final do Baianinho, na Copa do Brasil bastava não tomar gol para passar para a próxima fase. E o que vimos? O de sempre: a mesma fragilidade na frente de zaga e o Deus nos acuda nas bolas alçadas na área de Wilson.
Está difícil, dificílimo!
Precisamos de reforços urgentes – jogadores de qualidade -, porém o mais importante e que todos exigem é a mudança de atitude dos jogadores, comissão técnica e dirigentes.
Domingo (27/04) poderá ser o início de um novo ciclo, o que poucos acreditam, ou o fim da era Ney Franco. Não dá mais para segurar, EXPLODE CORAÇÃO!
Precisamos de alimento para esta PAIXÃO CHAMADA VITÓRIA.
VITÓRIA, VOCÊ É A SOMA DE TODOS NÓS!!!
Por: Antônio Rocha