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Do Barradão à Igreja do Senhor do Bonfim: movido pela Paixão! Por Victor Hugo.

Não, não foi promessa. Foi um simples desejo de demonstrar toda a paixão que, assim como milhares de torcedores, nutro pelo amado Esporte Clube Vitória. Não me programei com muita antecedência e poucos foram os que comentei sobre a aventura. Apenas estudei um caminho que mais se adequasse geograficamente a empreitada, e assim fui.

Ainda de ressaca pela merecida comemoração regada a muita festa e cerveja, acordei cedo no domingo, beijei minha esposa e minha filha que sequer tinham despertadas, peguei algum dinheiro, minha bandeira surrada de guerra e o celular, e rumei de carro para o Barradão onde começaria a peregrinação.

O carro ficou na frente do estádio e o celular passou a ser meu companheiro que serviria para registrar algumas passagens, bem como para auxiliar nos eventuais trechos onde confesso ter dificuldades de andar na nossa querida e maltratada Soterópolis. O combustível tinha de sobra, muita fé, amor e paixão pelo clube do coração.

A aventura começou exatamente as 08:30 da manhã, sem saber exatamente que horas terminaria. Iniciei indo em direção a Via Regional com o objetivo de cruzar São Marcos e seguir pela Avenida Gal Costa, até alcançar a BR.

Confesso que imaginei encontrar ainda resquícios da comemoração da noite anterior, afinal o torcedor Rubro Negro tinha motivos de sobra para festejar, e muito, mas a cada esquina e cada rua me surpreendia a quantidade de camisas, bandeiras e hinos do Vitória nas casas e nos carros que eu cruzava.

Parecia que a torcida já reivindicava jogar naquela rodada, afinal o Vitória já era da primeira, e domingo é dia de futebol! Mas não, quem tinha um jogo da vida era o rival, mas de longe o vermelho e preto dominava, sendo marcante a cara de orgulho e satisfação do torcedor. E era uma satisfação contagiante, e muitos quando me viam caminhar com a bandeira sobre os ombros cumprimentavam e largavam logo o sorrisão: “Somos primeira porra!!

Apesar do horário cedo, o sol estava “nervoso” atrapalhando um pouco a caminhada, mas tudo corria bem e em pouco mais de uma hora eu já estava cruzando a BR. Hora de uma pequena parada para hidratar e de revisar o percurso já que pouco conheço de São Caetano, o próximo trecho.

Já com uma garrafa gelada de água na mão, saco o celular para olhar o mapa e logo percebo mais uma dificuldade: o aparelho deu pane e não ligava nem com reza braba. Pensei: Lascou! Me confiei tanto nessa ferramenta que pouco gravei sobre o caminho. E os registros que não poderei mais fazer? E a comunicação com a patroa para dizer que estou vivo e que ela tem que me resgatar no final do percurso? Nada! Era literalmente eu com minha fé! Mas quando a paixão que alimenta, nenhuma dificuldade põe em risco os objetivos.

Meio que no instinto caminhei tranquilo por São Caetano e só tive dúvida em um cruzamento onde de pronto fui socorrido ao perguntar o caminho do Bonfim, apesar da cara de espanto do camarada. Pouco tempo depois alcanço o Largo do Tanque, onde tenho mais familiaridade, e já avisto de longe a sagrada colina! Puta que Pariu a emoção. As lágrimas que já tinham ensaiado no começo do trajeto não se contiveram e caíram, ainda que tímidas.

Achei que do Largo do Tanque até o Bonfim não seria complicado, afinal tinha que atravessar “apenas” algumas dezenas de ruas pelo Uruguai e Caminho de Areia até a igreja. Mas foi aí que vi a falta de uma ferramenta direcional, e pelo vacilo de não perguntar achando que estava tudo sob controle, acabei acrescentando algumas centenas de metro aos 13 km do trajeto.

Mas eu não estava perdido, não podia estar, afinal as bandeiras e camisas rubro negras ostentadas nas casas e nas pessoas transmitiam que estava tudo certo, estava tudo tranquilo.

Algumas vielas depois chego na Avenida Salvador e avisto bem próximo a sagrada colina. E a visão não poderia ter sido melhor senão com uma imensa bandeira Rubro Negra estendida na construção no topo da ladeira. E a parte final da caminhada acabou sendo ainda mais prazerosa até chegar no templo sagrado da família baiana.

Às 11:05, pouco mais de 2:30 do início do percurso, alcanço enfim o objetivo. Muito bom esse momento! Indescritível! Enrolado na bandeira pedi licença as pessoas e fiquei na porta da lotada igreja onde o padre dava o sermão dominical. Fiz minhas orações, agradeci as alegrias que venho recebendo, e pouco depois saí de mansinho. A missão estava devidamente cumprida! E a felicidade por ter realizado essa caminhada era irradiante!

Por não ter como chamar o “resgate” já que nem Bonfim deu jeito no celular, acabei “morrendo” em 60 conto no taxi para voltar ao Barradão de volta a meu carro. Mas valeu a pena! E valeu de mais!

Confesso que achei que seria mais difícil, mas com amor e paixão as dificuldades são reduzidas e a satisfação é elevada. Enfim, uma experiência marcante e absolutamente compensadora!

E com certeza pelo Vitória eu faria muito mais!

Um Rubro Negro de Coração.

Por: Victor Hugo

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