Mas esse foi apenas um jogo no universo de muitas decepções que a torcida assistiu durante toda a competição.
Logo após a saída de Lopes, a diretoria, talvez no afã de acertar e investir pesado, trouxe para o comando o também ultrapassado Geninho. Fraco? Claro que não, apenas acomodado e sem a ânsia de vencer, como pede a própria Série B. Além do equívoco de trazê-lo, o maior erro mesmo foi mantê-lo por tanto tempo. Observem o retrospecto: onze jogos, quatro triunfos, cinco derrotas e dois empates. Perda de tempo total, quando tudo estava indicando que isso seria maléfico para o elenco.
Agora, a última e decisiva falha da diretoria: Vagner Benazzi. Treinador acostumado a trabalhar em clube pequeno, fraco tecnicamente e psicologicamente. Já recebi muitos questionamentos sobre essa minha crítica. O Vitória realmente tem um bom percentual sob o comando de Benazzi. Tudo bem, concordo. Mas vocês acham mesmo que isso foi fruto do trabalho dele? Posso afirmar aqui que não. O rubro-negro tem jogador que decide, como Marquinhos e Geovanni.
Primeiro, ele não sabe comandar nem um treino. Seu trabalho se resume a rachão. Taticamente, zero. Os trabalhos táticos que aconteciam na Toca do Leão, por sinal, eram comandados por seus auxiliares, como Flávio Tanajura e Ricardo Silva. Fora isso, nenhuma movimentação para aprimorar jogadas aéreas, seja na defesa ou no ataque. Não é a toa que a equipe sofreu gols em diversas rodadas em lances assim.
Me digam aí: com Mineiro no banco, Esdras no elenco, porque colocar em campo Preto e Charles Vagner em boa parte da segundona? Só eu que vejo isso mesmo? Porque atuar com três volantes, de forma covarde e ridícula, quando se tem Lúcio Flávio, Geraldo, Felipe, Maia, Renan Silva à disposição? Benazzi apequenou o Vitória e o nivelou com clubes como Icasa, Boa, ASA e etc.
Se vocês me perguntarem se a diretoria tem culpa? Sim, lógico. Contudo, os esforços foram feitos nas contratações que o torcedor queria. Se vocês não sabem, Gilberto está muito perto do Vasco. Ele não jogou seu melhor futebol aqui, mas paciência, foi uma aquisição ousada e o intuito era agregar valores. Erros como Xuxa, Marcelo, Chiquinho, Charles, Preto, Pablo, acontecem.
A Inês é morta agora. O momento é de muita reflexão para não haver problemas em 2012. A Série B mais fácil da história ficou para trás. Acredito na força da sua torcida no ano que vem. Ela vai fazer a diferença. Botem fé!
Por: Maurício Naiberg