Apesar desta instabilidade (ou talvez por causa dela), nunca jogo a toalha, nem mesmo nos momentos mais dramáticos. E neste ano da graça de 2011 não está sendo diferente.
Os torcedores de outras agremiações podem argumentar que padecem do mesmo mal e que a insensatez não é privilégio do Rubro-Negro. Não duvido. Porém, pouco importa. A mim me bastam meus dilemas.
Mas, derivo. O que eu queria registrar é que a situação de insegurança nesta ordinária segundona atingiu um paroxismo tal que assombra até mesmo quem conhece toda a geografia da conturbada alma do Leão, como este crente locutor que vos sopra prosopopeias.
Nas duas últimas partidas, por exemplo, o time trafegou do patético ao heroico (e vice-versa) com uma desfaçatez de enlouquecer o mais lúcido dos homens. Os desatinos que a equipe cometeu contra o Bragantino e Goiás foram para tirar a paciência de qualquer santo, para transformar Gandhy num psicopata.
VÁ MATAR O DEMÔNHO!!!
O problema é que o Diabo, o Sete Peles, é imortal. Então, a rebarba mortífera vai sobrar mesmo é para nós que ainda cremos na redenção. E, para não morrermos diante da Portuguesa, resta-nos continuar apostando na falta de lógica das coisas do Vitória, além de acendermos velas para São Burndown Chart e o brioso Sobrenatural de Almeida – até porque se formos depender do sistema de jogo, pode encomendar o caixão. O esquema tático atual é mais feio do que a cara de Benazzi.
Assim, entre o patético e o heroico, vamos fazendo fé no imponderável.
Por: Franciel Cruz