*Texto escrito por Márcio Melo (não sou o cantor, só tenho um ‘L’)
Até pouco tempo estava deveras preocupado com a campanha do nosso glorioso Esporte Clube Vitória nessa ordinária Série B de 2011. Mas mudei de ideia. Afinal, a vida sempre está em constante mudança. Por isso, hoje tenho confiança absoluta na nossa campanha rumo à primeira divisão, mesmo com esse atual modelo de “gestão” (entre aspas claro) da atual diretoria.
Até pouco tempo estava deveras preocupado com a campanha do nosso glorioso Esporte Clube Vitória nessa ordinária Série B de 2011. Mas mudei de ideia. Afinal, a vida sempre está em constante mudança. Por isso, hoje tenho confiança absoluta na nossa campanha rumo à primeira divisão, mesmo com esse atual modelo de “gestão” (entre aspas claro) da atual diretoria.
“Mas você é louco? Só porque aparecemos com aquele uniforme de abelha já está assim todo eufórico?” – Pergunta Franciel, que anda mais sumido do que a menina Gerasamba, mas ainda assim (ou talvez por isso) teve a coragem de deixar eu escrever este texto aqui. E eu respondo a ele e a todos vocês que não foi por isso. Os motivos são outros.
Antes, contudo, destaco que sempre tive a convicção de que não existia neste mundo nada pior que o “esquema tático” (aspas do tamanho do elevador Lacerda) do Vitória, mas eis que faço meu début numa reunião de condomínio e percebo que tal evento supera qualquer coisa. Vocês acham que ter um goleiro que parece uma borboleta e depender de dar chutão pra cima na esperança de que um cone domine e chute na direção do gol é problema? Que nada. Problema foi o silêncio constrangedor que ficou no salão que estava quando perguntaram quem queria se candidatar a síndico dos 14 prédios do condomínio que vou morar. Nem os grilos e as cigarras se manifestaram.
E no meio de tanta do mutismo e tambêm da balbúrdia sobre os mais desprezíveis assuntos, chegamos à polêmica sobre a permissão de animais domésticos. E uma mulher (vou categorizar como humano para simplificar o texto) pergunta ao marido se estavam inclusos nessa categoria de animais domésticos os cachorros. Se uma mulher com este raciocinio pode casar, ter um marido e até morar no mesmo lugar que eu, porque Benazzi não pode chamar aquilo de esquema tático? Pensando bem, lançamentos longos e chutes aleatórios pode dar certo sim, nem é tão ruim quanto parece.
Mas o que me deu motivação e certeza na subida para a primeira divisão foi uma conversa que tive com um colega de trabalho. Matemático de escol, ele fez diversos cálculos, pegou a tabela dos jogos restantes, quantas rodadas faltam e foi marcando lá e me disse que, segundo um tal de Burndown Chart, um gráfico cheio de valores e curvas ascendentes que ele desenhou, a nossa subida está mais que garantida. E completou: esse empate ordinário perante Paraná entrou como um “plus”, nem era necessário.
Desconfiado, peguei a tabela da mão dele e comecei a indagar:
- Mas se perdemos esse jogo aqui já era, né?
- Não, de forma alguma, esse não entra no cálculo.
- E esse aqui? -
Não precisa também.
E, diante de meu espanto, explicou: A questão é que os que estão na nossa frente vão se pegar agora e a matemática garante que com 63 pontos teremos cerca de 75% de chances de subir, e acima de 70 é 100%, fique frio.
Não entendi porra nenhnuma, até porque não tem como entender que com tanto jogo que não precisaríamos vencer, conseguiríamos o acesso. Mas quem sou eu pra duvidar dos iluminados cálculos probabilísticos? Ademais (tome , Franciel, um ademais nos mamilos) desisti de tentar compreender e decidi confiar cegamente no método Burndown Chart porque, no final das contas, é melhor acreditar neste bicho de nome estranho do que num sujeito que inverte jogadores de posição e quando indagado dá um sorriso maroto e diz que “qualquer coisa é só inverter novamente”.
Então, é isso. Meu lema agora é o seguinte. Bote fé no Burndown Chart que o Leão vai subir
Oremos.
(Texto publicado no blog de Franciel Cruz)
Antes, contudo, destaco que sempre tive a convicção de que não existia neste mundo nada pior que o “esquema tático” (aspas do tamanho do elevador Lacerda) do Vitória, mas eis que faço meu début numa reunião de condomínio e percebo que tal evento supera qualquer coisa. Vocês acham que ter um goleiro que parece uma borboleta e depender de dar chutão pra cima na esperança de que um cone domine e chute na direção do gol é problema? Que nada. Problema foi o silêncio constrangedor que ficou no salão que estava quando perguntaram quem queria se candidatar a síndico dos 14 prédios do condomínio que vou morar. Nem os grilos e as cigarras se manifestaram.
E no meio de tanta do mutismo e tambêm da balbúrdia sobre os mais desprezíveis assuntos, chegamos à polêmica sobre a permissão de animais domésticos. E uma mulher (vou categorizar como humano para simplificar o texto) pergunta ao marido se estavam inclusos nessa categoria de animais domésticos os cachorros. Se uma mulher com este raciocinio pode casar, ter um marido e até morar no mesmo lugar que eu, porque Benazzi não pode chamar aquilo de esquema tático? Pensando bem, lançamentos longos e chutes aleatórios pode dar certo sim, nem é tão ruim quanto parece.
Mas o que me deu motivação e certeza na subida para a primeira divisão foi uma conversa que tive com um colega de trabalho. Matemático de escol, ele fez diversos cálculos, pegou a tabela dos jogos restantes, quantas rodadas faltam e foi marcando lá e me disse que, segundo um tal de Burndown Chart, um gráfico cheio de valores e curvas ascendentes que ele desenhou, a nossa subida está mais que garantida. E completou: esse empate ordinário perante Paraná entrou como um “plus”, nem era necessário.
Desconfiado, peguei a tabela da mão dele e comecei a indagar:
- Mas se perdemos esse jogo aqui já era, né?
- Não, de forma alguma, esse não entra no cálculo.
- E esse aqui? -
Não precisa também.
E, diante de meu espanto, explicou: A questão é que os que estão na nossa frente vão se pegar agora e a matemática garante que com 63 pontos teremos cerca de 75% de chances de subir, e acima de 70 é 100%, fique frio.
Não entendi porra nenhnuma, até porque não tem como entender que com tanto jogo que não precisaríamos vencer, conseguiríamos o acesso. Mas quem sou eu pra duvidar dos iluminados cálculos probabilísticos? Ademais (tome , Franciel, um ademais nos mamilos) desisti de tentar compreender e decidi confiar cegamente no método Burndown Chart porque, no final das contas, é melhor acreditar neste bicho de nome estranho do que num sujeito que inverte jogadores de posição e quando indagado dá um sorriso maroto e diz que “qualquer coisa é só inverter novamente”.
Então, é isso. Meu lema agora é o seguinte. Bote fé no Burndown Chart que o Leão vai subir
Oremos.
(Texto publicado no blog de Franciel Cruz)