Acredito que não, já que o rubro-negro fez uma partida de boa para ótima, claro, mantendo a cautela, pois o adversário é fraquíssimo.
Mudanças simples fizeram a diferença no péssimo gramado da cidade que compõe a região metropolitana de Salvador. Geovanni, como era previsto, foi um monstro. Tocou, entrou na área, chutou em gol, deu passes precisos e, pelo visto, vai se manter como titular. Cerezo até deu uma declaração interessante ao final do duelo. Ele disse que este não cumpria a função que a comissão pedia. Pois bem, não sou técnico, mas acompanho de perto todos os treinos: Lúcio Flávio, titular absoluto em 12 dos 15 jogos deste ano, também deixava a desejar nesse aspecto. Nem marcava, nem atacava. Ficava em uma parte morta do campo.
Outra alteração que eu, diga-se de passagem, pedia há algumas semanas, foi a entrada de Pedro Ken. Como um treinador pode ter um jogador do nível dele no elenco e o deixa no banco ou até mesmo de fora da relação de concentrados? Com ele o que se viu foi um time bem ajustado e cheio de opções no meio de campo para frente. Enfim o setor ficou povoado e bem montado.
Ouvi muita gente reclamando da entrada de Mineiro quando Marquinhos se lesionou. Para mim, Cerezo fez certíssimo. Geovanni passou a encostar mais em Neto Baiano e a cria da base rubro-negra assumiu um papel interessante, de terceiro homem do meio, deixando Ken atacar sem restrições. Isso foi bom para os laterais, que foram muito utilizados em jogadas na linha de fundo. A opção por Dinei seria, realmente, ruim, já que esse foi testado ao lado de Neto Baiano e não deu muito certo.
Tenho que destacar que a atuação dos defensores, principalmente Uelliton e Gabriel, foi muito boa. Esses dois citados foram seguros durante todo o tempo que permaneceram dentro das quatro linhas. O volante, que retornou de lesão, demonstrou que merece a confiança depositada por Cerezo.
Futebol é simples. Feijão, arroz, batata frita e salada. Porque dificultar se pode fazer o básico? Ainda é preciso evoluir muito, mas a postura tem que ser essa mesmo.
Por: Maurício Naiberg