Abaixo os misoneístas!
Por Franciel Cruz
Aos que já começaram tomando susto com o título acima, informo logo. As prosopopéias que se seguirão não têm a pretenção de ser um tratado filósofico e/ou sociológico sobre a relação do ser humano com o novo. E não farei isto por dois motivos básicos. Primeiro, falta-me estofo intelectual para tanto. Segundo, mesmo que tivesse, teorizar sobre tão árido tema não fica bem numa tarde nublada de terça-feira. Mas, sou teimoso e vou tratar da questão – ainda que en passant (Putaque pariu! Nem bem terminou o parágrafo e já gastei todo o meu francês).
Pois bem.
Como é sabido por toda a culta população do Norte e Nordeste de Amaralina, o medo da novidade, a acomodação, persegue os homens desde tempos imemoriais. É uma espécie de sistema de defesa. E é até salatur que assim seja para que não se caia no conto do vigário das mudernagens.
Acontece que quando o medo se torna uma obsessão, e tem-se uma verdadeira aversão ao novo, é porque já chegou o momento de perder o apego às velhas concepções. Caso contrário, corre-se o risco de afundar junto com elas.
“Valei-me, minha nossa senhora da retórica inútil! Mas, Sêo Françuel, que diabos estes prolegômenos têm a ver com o Vitória, que é o que realmente me interessa?”, revolta-se a moça do shortinho Gerasamba, que agora deu (lá ela) para desfilar com um vocabulário incompatível com sua indumentária.
Pois muito bem.
Sem deixar a criança cair no chão e sem vacilações, pois não tenho vocação para Xereque, respondo de bate-pronto.
Seguinte foi este.
O ponteiro do relógio circulava ali por volta dos 20 minutos do 2º tempo e o limitado time do Vitória encarava em pé de igualdade as vedetes tricoloridas cariocas. É fato que perdia por 2 x 1, mas já esteve sendo derrotado por 1 x 0 e conseguiu empatar na sequência. Portanto, não havia nada perdido. Porém, Ricardo Silva inventa de tirar o MENINO HENRIQUE (autor do gol Rubro-Negro) para colocar em campo um jogador com o dobro de sua idade e possuidor de menos de 5,47% de seu ímpeto.
Tiro, digo, substituição e queda. A partir do fatídico momento, o Leão, que até então ainda provocava assombração no poderoso adversário, transformou naquela espécie de animal de circo do interior, sem garras, sem força e desdentado, que não ofende seu ninguém. E assim foi até o final.
E o Vitória terminou o jogo, melancolicamente, desprovido da jovem força ofensiva e apegado às arcaicas concepções de nosso técnico e de seus homens de confiança.
Sinceramente, não consegui até agora entender por que tanto medo do novo? Uma hipótese provável é que talvez tal atitude seja apenas reflexo do estado geral das coisas no Vitória, onde impera os misoneístas.
Mas, enfim. Agora, resta-nos torcer para que amanhã Ricardo Silva esqueça um pouco seu amor ao passado, crie coragem e consiga enxergar que o novo sempre vem.
Aliás, por falar em novidades boas, o grupo que luta pela democratização do Vitória entende e acredita que é preciso (e possível) responder a estas situações de forma original e criativa. Quem quiser entrar nesta importante luta basta acessar o WWW.SOMOSMAISVITORIA.COM.BR
Por Franciel Cruz
Aos que já começaram tomando susto com o título acima, informo logo. As prosopopéias que se seguirão não têm a pretenção de ser um tratado filósofico e/ou sociológico sobre a relação do ser humano com o novo. E não farei isto por dois motivos básicos. Primeiro, falta-me estofo intelectual para tanto. Segundo, mesmo que tivesse, teorizar sobre tão árido tema não fica bem numa tarde nublada de terça-feira. Mas, sou teimoso e vou tratar da questão – ainda que en passant (Putaque pariu! Nem bem terminou o parágrafo e já gastei todo o meu francês).
Pois bem.
Como é sabido por toda a culta população do Norte e Nordeste de Amaralina, o medo da novidade, a acomodação, persegue os homens desde tempos imemoriais. É uma espécie de sistema de defesa. E é até salatur que assim seja para que não se caia no conto do vigário das mudernagens.
Acontece que quando o medo se torna uma obsessão, e tem-se uma verdadeira aversão ao novo, é porque já chegou o momento de perder o apego às velhas concepções. Caso contrário, corre-se o risco de afundar junto com elas.
“Valei-me, minha nossa senhora da retórica inútil! Mas, Sêo Françuel, que diabos estes prolegômenos têm a ver com o Vitória, que é o que realmente me interessa?”, revolta-se a moça do shortinho Gerasamba, que agora deu (lá ela) para desfilar com um vocabulário incompatível com sua indumentária.
Pois muito bem.
Sem deixar a criança cair no chão e sem vacilações, pois não tenho vocação para Xereque, respondo de bate-pronto.
Seguinte foi este.
O ponteiro do relógio circulava ali por volta dos 20 minutos do 2º tempo e o limitado time do Vitória encarava em pé de igualdade as vedetes tricoloridas cariocas. É fato que perdia por 2 x 1, mas já esteve sendo derrotado por 1 x 0 e conseguiu empatar na sequência. Portanto, não havia nada perdido. Porém, Ricardo Silva inventa de tirar o MENINO HENRIQUE (autor do gol Rubro-Negro) para colocar em campo um jogador com o dobro de sua idade e possuidor de menos de 5,47% de seu ímpeto.
Tiro, digo, substituição e queda. A partir do fatídico momento, o Leão, que até então ainda provocava assombração no poderoso adversário, transformou naquela espécie de animal de circo do interior, sem garras, sem força e desdentado, que não ofende seu ninguém. E assim foi até o final.
E o Vitória terminou o jogo, melancolicamente, desprovido da jovem força ofensiva e apegado às arcaicas concepções de nosso técnico e de seus homens de confiança.
Sinceramente, não consegui até agora entender por que tanto medo do novo? Uma hipótese provável é que talvez tal atitude seja apenas reflexo do estado geral das coisas no Vitória, onde impera os misoneístas.
Mas, enfim. Agora, resta-nos torcer para que amanhã Ricardo Silva esqueça um pouco seu amor ao passado, crie coragem e consiga enxergar que o novo sempre vem.
Aliás, por falar em novidades boas, o grupo que luta pela democratização do Vitória entende e acredita que é preciso (e possível) responder a estas situações de forma original e criativa. Quem quiser entrar nesta importante luta basta acessar o WWW.SOMOSMAISVITORIA.COM.BR