Como não sonhar assumindo um clube que obteve a melhor colocação entre os nordestinos na era do nacional com pontos corridos?
Pois é, hipoteticamente o cenário é amplamente favorável, tudo tende a dar certo e nada precisa mudar. QUE MARAVILHA!
ENTRETANTO, NÃO EXISTEM VITÓRIAS SEM LUTAS, TRABALHO, DEDICAÇÃO E, PRINCIPALMENTE, PLANEJAMENTO.
O elenco atual do Vitória é extremamente limitado e carente em diversos setores e a diretoria permanece inerte conforme cantarolva o gênio baiano do Rock Raul Seixas: "sentada em um trono de um apartamento esperando a morte chegar".
Pois é, esta colocação do vitória no brasileiro de 2013 foi um verdadeiro "ouro de tolo".
O mínimo plausível de coerência já demonstraria que a fórmula de sucesso era simples:
Manter a base do ano passado e reforçar o elenco. Simples e prático.
Um dos fatores prepoderantes para a não-classificação do leão para a libertadores 2014 foi justamente a escassez de peças de reposição à altura na equipe. Victor Ramos, Escudero, o sempre contestado Cajá, Maxi Biancucci e Dinei eram peças únicas na equipe e, a impossibilidade de jogar nestas posições trouxeram muitos problemas para o vitória ao longo da competição.
Idealmente falando, após as renovações supra-citadas, o ideal seria reforçar o elenco. Infelizmente, o lado "Alice" do presidente sobressaiu e o Vitória simplesmente regrediu.
Cajá, o sempre contestado, era peça única no elenco.Mesmo estando no banco, servia para mudar o time taticamente e era uma peça vital no elenco. Não teve o seu contrato renovado e NENHUM JOGADOR COM A MESMA CARACTERISTICA FOI CONTRATADO. Ou seja, o setor que já era carente e só possuia uma peça passou a não ter mais nenhuma. Que fique bem claro que Hugo não rende muito nesta posição e possui caracteristicas de terceiro homem de meio e/ou segundo atacante.
Precisamos e um jogador que cadencie o jogo, pense, articule. Na zaga, ambos os titulares sairam e não foi contratado nenhum jogador de referência ou até mesmo com caracteristicas de lider/xerife.
Escudero, peça chave do elenco, era o setor que mais preocupava. Após aquele erro bisonho do departamento médico do clube, que sucedeu a sua contusão, o leão da barra obteve teu pior rendimento na competição e, conclusivamente, este foi o período crucial onde pontos importantes foram perdidos e fizeram falta no final da competição. Ficou claro e evidente que o clube precisava de um jogdor à altura para disputar a vaga com ele. Quem veio? Ninguém!
No ataque, um ataque cardíaco. Dinei, que começou o ano de 2013 como segunda opção, tornou-se titular.Viu jogadores como Pedro Oldoni, Lúcio Maranhão, Giancarlo, Alan Pinheiro, Edson e Rômulo passearem pela toca imperceptivelmente. André Lima, "a primeira opção", segundo a diretoria, chegou tarde e só rendeu 15" em campo, uma cirurgia e uma não-renovação nefasta, sem explicação. Reféns de Dinei, por sorte,o mesmo não se contundiu, correu, sobrepôs tuas limitações e ajudou muito ao clube. 2014 começou, nenhuma novidade no setor e Dinei permanecia soberano, abandonado e como única opção até o contestado Souza, "o caveirão baladeiro", ser anunciado, contestado e rejeitado por mais de 80% da torcida, mas ainda ssim contratado.
Marquinhos, com os mesmos erros de 2008(quando ascendeu aos profissionais) tornou-se um jogador inconstante, com cada vez mais raros lampejos.
Maxi, o até então ídolo rubro-negro, em uma negociação amadora e repleta de "disses-me-dissses" entre ambas as partes, foi parar em itinga.
Wille, um jogador promissor, ficou como substituto. Se contundiu, ninguém foi contratado(ao menos para disputar a vaga com ele) e mais uma lacuna se abriu no elenco.
Diante de tamanhas lacunas no elenco, varios "se" e especulações surgiram. Ninguém chegou e novamente fomos eliminados de forma vergonhosa da copa do nordeste pelo limitado ceará. Aliás, o Vitória ainda não venceu em 2014 nenhum adversário que estivesse entre as séries A e B do brasileiro.
A derrota no clássico de ontém pode até ser vista com "bons olhos" pelo torcedor, pois passou da hora do Sr. Falcão acordar para a realidade que nos rodea.Que tal derrota faça o presidente constatar que nosso elenco é limitado e sem condições de disputar um campeonato Brasileiro.
Daqui a exatos 26 dias o Vitória estreará no Brasileirão 2014 contra o Internacional-Rs em Porto Alegre e as maiores esperanças
do time se encontram nos pés de Souza e Hugo. Seria cômico se não fosse trágico. Aliás, nem trágico, nem cômico, pois nosso presidente vive no mundo de Alice, o mundo surreal das maravilhas.
QUE A REALIDADE NÃO SEJA TÃO CRUEL E QUE O SR. CARLOS FALCÃO ACORDE ENQUANTO HÁ TEMPO.
Por: Lucas Rochas §iquilho
E-mail: lucas.rochas@yahoo.com.br