E mesmo não sendo seu fã, tenho que admitir que o técnico Caio Júnior teve papel fundamental nesta vitória rubro-negra.
Além disso, depois da derrota para o Mixto, na Copa do Brasil, sua situação ficou insustentável. Mas, mesmo assim, a diretoria bancou seu emprego e deu a ele uma chance de dar a volta por cima. E deu.
Foi feliz de lá para cá e não deu chances para os adversários no estadual. Os Ba x Vi's, diga-se de passagem, foram determinantes para que o grupo levantasse o troféu. O grupo ganhou moral e cresceu psicologicamente.
Claro que não vou ficar aqui dizendo que o Bahia, com esse atual elenco, é parâmetro de um grande adversário. Esse não é o verdadeiro grupo tricolor. Acredito que este é o momento da diretoria refletir e consertar erros cometidos – David Braz, Cardoso, Fernando Bob, Lúcio Maranhão, por exemplo – neste início de temporada.
Não adianta achar – como em outras oportunidades – que o Baianão é o teste principal para o restante do ano. Não é e isso já ficou provado. Vencer o estadual é obrigação, até pelo momento que seu principal concorrente passa. É preciso contratar com cautela, sem exageros, para que sonhos possam ser alcançados.
O importante mesmo é que um esqueleto está formado. Caio tem um grupo nas mãos e um sistema ofensivo bastante fortalecido, experiente e cheio de opções. Esse pode ser o diferencial: os três setores da equipe equilibrados.
Mas, para que isso aconteça, a defesa precisa de mais nomes de qualidade, pois Deola, Victor Ramos, Gabriel Paulista, Nino Paraíba e Mansur não salvarão a pátria – e isso é um certeza.
Admito que não acreditava em Caio. Nunca escondi isso, mas ele vem me passando confiança a cada semana, pela seriedade que tem no dia a dia. Quem acompanha de perto sabe o que estou falando.
Parabéns aos rubro-negros pelo triunfo nas finais contra o Bahia. Vocês merecem a festa.
Por: Maurício Naiberg