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Cristina Ramos fala do livro que está escrevendo sobre o Esporte Clube Vitória

Administradora, musicista, dançarina, pesquisadora e escritora. Assim se define Cristina Ramos, autora de um livro que contará a história completa do Esporte Clube Vitória e deve ser lançado no aniversário de 114 anos do Leão, no dia 13 de maio de 2013. O trabalho ainda não tem nome, que será escolhido pela torcida. Os rubro-negros, inclusive, já podem decidir qual o melhor título através de enquete que está sendo realizada no site oficial do clube (vote aqui).

Opções de título para o livro:
- Vitória: Uma História de Amor e Paixão
- Uma Paixão Chamada Vitória
- Nação Rubro-Negra
- Passeio por um Coração Rubro-Negro
- Meu Coração Rubro-Negro

Em entrevista ao iBahia Esportes, Cristina revelou detalhes da obra, que além de materializar a história do clube foi fundamental para a sua recuperação de um câncer. "Mensageira da Alegria", como se auto-intitula, a autora espera que o desfecho da obra possa ser o retorno da equipe para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Confira o bate-papo na íntegra:

Quando surgiu a ideia de lançar um livro sobre a história do Clube?
Cristina Ramos: No meu caminhar dentro da área literária eu encontrei uma repórter chamada Izaura Maria da Rocha Conceição, que teve a ideia de escrever o livro do Vitória e me convidou para que o livro fosse materializado. A ideia foi dela, mas quem escreve sou eu.

O que o leitor encontrará no livro?
Cristina Ramos: Esse livro é um passeio pela vida do Vitória, desde a época de Artêmio Valente, de 1899, quando amigos se reuniram para montar um clube de futebol. Isso gerado de um atrito com gandulas, pois na época o clube de cricket não aceitava brasileiros, não aceitavam baianos. Eles iam para lá e queriam participar. Ficavam olhando muito e, quando a bola saía, começava o 'olha o gândula', e assim eles foram aprendendo. Chegou uma hora que eles se convenceram de que sabiam realmente, que dominavam o jogo, e resolveram fundar uma agremiação com as pessoas daqui. No primeiro dia desabou um aguaceiro e não deu em nada. Então eles resolveram marcar para o dia 13 de maio de 1899, e aí realmente bateram o martelo para fundação do que hoje é o Esporte Clube Vitória.

Você passou por um período difícil na sua vida. Como o livro te ajudou?
Cristina Ramos: Eu gosto muito de ser a mensageira das coisas boas e esse livro me pegou em uma fase que me modificou bastante. Há um tempo atrás eu lutei contra um câncer e venci, mas esse câncer retornou. Em julho deste ano eu fiz uma cirurgia, ficou constatado que o câncer havia voltado e eu me joguei nesse livro. Como terapia não teve nada igual, nada se compara. Quando eu sai do hospital eu perguntei para o médico: 'Doutor, eu estou escrevendo um livro do Vitória e não quero parar, como eu vou fazer?'. Ele disse: 'o seu limite é a dor. Quando começar a incomodar você para'. Nunca precisei parar por dor. Senti assim uma motivação muito grande e isso eu gostaria de passar para outras pessoas. Nada melhor para te ajudar, em uma doença fatal, do que um foco bem direcionado de uma coisa muito boa como está sendo esse livro do Vitória.

Quais personagens serão encontrados na obra?
Cristina Ramos: Com esse livro eu consegui fazer alguns chamegos, como Siri, que infelizmente não está mais aqui, mas foi assim um jogador incomparável. Era um atleta que atuava em qualquer posição, sempre querendo ajudar. Pegamos jogadores que compuseram a história do Vitória, como Petkovic, Ricky, André Catimba e outros. Também consegui um depoimento muito contundente de Alvinho Barriga Mole (torcedor símbolo), que anda com o Padinho Padre Cícero. E foi aquele Padinho que ele sapecou na cabeça de um anão da torcida do Bahia (risos). Na época de Lourinho, o anão saía da Fonte Nova e ia junto com a torcida do Vitória. Como ele era pequeno ninguém fazia nada, mas um dia, segundo seu Alvinho, ele foi além da conta, pegou o Padinho Padre Cícero e sapecou na cabeça do anão. Tem também depoimentos de artistas, como Tatau, do Ara Ketu, Ivete Sangalo...

O ex-presidente Paulo Carneiro, importante para o crescimento do clube, e a atual diretoria não têm um relação amigável. Como ele aparece no livro?
Cristina Ramos: O personagem Paulo Carneiro deu a contribuição dele para o Vitória. Vários entrevistados, vários conselheiros, vários artistas citaram o Paulo Carneiro e o que Paulo Carneiro fez. Uma coisa é você gostar de uma pessoa, aí você leva para um caminho pessoal, particular. Outra coisa é você contar a história. E a história, com "H", ela não expulsa bons ou maus. Ela simplesmente conta. Se eu tenho que contar a história do Vitória, não tem como deixar de fora Paulo Carneiro, de jeito nenhum. Não cabe a mim, enquanto escritora, pesquisadora, levantar bandeira de gosto não gosto, quero não quero, e quanto a isso eu fiquei muito à vontade com a diretoria. Ninguém me disse nada sobre isso pode isso, nunca. Eu tive total liberdade para fazer minhas pesquisas e o livro está mostrando isso.

Há quanto tempo você está trabalhando no livro?
Cristina Ramos: Tem mais ou menos dez meses. O livro tem aproximadamente 650 páginas, tem fotos. É um livro que não pega só o futebol do Vitória, pega a natação, o vôlei, futebol feminino, vem com tudo, contando a história do Sport Club Victória, que é o Vitória com 'C', como se escrevia antes, e o Vitória de hoje, sem o 'C'.

Qual foi o fator fundamental para o Vitória se consolidar como força do futebol na Bahia?
Cristina Ramos: Profissionalização. O Vitória deixou de ser amador para se voltar para um profissionalismo muito bom, bem direcionado, e isso a gente sente na própria divisão de base, com o cuidado, o zelo. Eu vou muito ao Barradão e a gente vê o cuidado, o zelo, a limpeza, a preocupação de todo mundo, é o que está na cara, não tem para onde correr.

O desfecho do livro será com o acesso da equipe a primeira divisão?
Cristina Ramos: Eu enquanto escritora gostaria muito, e enquanto torcedora gostaria mais ainda. Vamos ver se eu sou mesmo a mensageira da alegria. O livro será lançado no dia 13 de maio de 2013, no Barradão, aniversário do Vitória. Vamos fazer uma festança. (Gabriel Rodrigues / iBahia)
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