Porém, no meu modesto entendimento, o recado me pareceu insuficiente.
Calma, minha senhora, nada tenho contra os palavrões. Aliás, o inverso é o verdadeiro. Entendo que xingar é uma catarse, que funciona como experimentação de sentimentos, ainda que efêmeros, de liberdade. E poucas coisas são mais relevantes do que a sensação, mesmo que provisória, de ser livre.
Porém, é preciso ir além dos palavrões. Não podemos nem devemos nos contentar somente em despejar impropérios (por mais justos que sejam) contra a diretoria. É hora de darmos o passo adiante e lutar efetivamente pela construção de um Clube democrático, exigindo eleições diretas, transparência, profissionalismo e respeito ao torcedor.
Há alguns bons dias, escrevi que o presidente deveria estar na vanguarda deste processo libertador, sinalizando no sentido das necessárias mudanças. É óbvio que ele fez ouvidos de mercador, com a complacência dos radialistas amigos.
Então, Rubro-Negros, mais do que nunca, é hora de transformar nossas palavras de ordem em ação. E o melhor caminho é a mobilização para a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) o mais rápido possível para que possamos deixar de ser meros espectadores e nos transformamos em verdadeiros protagonistas na história de nosso Clube.
Diversos grupos já estão debatendo tal proposta. Creio que, no máximo, até o fim de abril tal manifesto já tomará as ruas, becos, vielas, bares, budegas, redes sociais e, principalmente, as arquibancadas desta província lambuzada de dendê, de sacanagens, mas também de muitas lutas.
Fique ligado e participe.
Por: Franciel Cruz
P.S Esta é uma batalha onde não haverá retrocessos, independentemente do que ocorra nas quatro linhas.