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Jangada é pau que bóia. Por Franciel Cruz.

Depois de ingerir 18 litros de soda cáustica misturada com ácido muriático para tentar remover o gosto de coturno de sargento do canto da boca, retorno a esta impoluta tribuna para rabiscar algumas mágoas sobre o antológico BaxVi deste domingo. Mas, aviso à praça: não esperem apologia da dor ou do sofrimento, nem mesmo choro, ranger de dentes ou os merecidos xingamentos ao juiz ou ao goleiro do Vitória. Não e nécaras. Serei imparcial como um jornalista de Veja, Carta capital ou de qualquer outro pasquim da vida.

Assim, sob o signo das vastas emoções e dos pensamentos imperfeitos, volto sacando logo do coldre o seguinte axioma do menino Marcos Rizzo, torcedor fanático do XV de Piracicaba e engenheiro florestal nas horas vagas. Às aspas. “Só haverá uma sociedade justa e ambientalmente correta no dia em que existir paz nas arquibancadas e guerra nas quatro linhas.”

Pois muito bem, amigos de infortúnios, em verdade lhes garanto: foi exatamente isso o que ocorreu na tarde de ontem em Soterópolis e numa banda de Sergipe, que experimentaram a experiência de que este outro mundo é possível.

Antes, durante e depois da peleja, os arredores do estádio e as entupidas arquibancadas foram palco de uma chibança de fazer o mais indecente bacanal parecer festinha infantil. Já no Coliseu, digo, no gramado de Pituacivisky (vá fazer rima na casa da porra!), os 22 gladiadores lutaram com um fervor de causar inveja aos 300 de Esparta.

E antes que me acusem de patético e grandiloquente, mais do que já mereço, informo, a título de ilustração, que até o eterno Rei de Roma, Falcão, perdeu a fleuma, a decantada elegância, e foi expulso de campo como um mero plebeu. Além dele, mais cinco foram mandados para o chuveiro mais cedo, como diriam os locutores de antanho. Houve ainda farta e justa distribuição de cartões amarelos.

Mas, chega de tergiversação. Vamos falar de jangada, que é pau que bóia (deixa o acento, revisor sacana).

Seguinte foi este.

Menos de dez minutos de bola rolando e a taça já havia mudado de dono três vezes. Neto Baiano, o Friedenreich lambuzado de dendê, abriu o placar logo aos quatro minutos, consolidando-se como o maior artilheiro do Brasil neste primeiro semestre. Mais quatro minutos se passaram e Fahel (isto lá é nome de jogador?) empatou para o Tricolor, num vacilo de Douglas, goleiro (?) do Vitória.

Na última volta do ponteiro na primeira etapa, que teve bola na trave, dedadas no ás de loscopita e outras mumunhas, o Bahia fez 2 x 1, em nova e incrível lambança do arqueiro rubro-negro.

Como jogava por um simples empate, o Bahia voltou para a segunda etapa com a empáfia dos estúpidos, requebrando e fazendo mais firulas do que dançarina de pagode. O castigo demorou exatos 8 minutos, tempo suficiente para Neto Baiano empatar o jogo, marcar seu 27º no campeonato e tornar-se, ao lado de Cláudio Adão, o maior artilheiro de todos os tempos no Valerão. Nem bem a comemoração pelo empate terminou e Dinei, de cabeça, botou o Vitória na frente mais uma vez.

Porém, o Bahia tinha uma arma secreta que iria lhe garantir o título após 11 anos de jejum: Douglas. Faltando coisa de 15 minutos para o fim do jogo, o goleiro voltou a entregar a rapadura.

Ao perceber que seria inútil continuar brocando, os atacantes do Vitória começaram a perder gols em sequência até que soou a trombeta do juízo final.

Depois que o mundo acabou, soube que os tricolores transformaram Salvador numa sucursal do inferno, com índices altíssimos de loucura, psicopatia e caos.

Por: Franciel Cruz (@ingresia)
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