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Entrevista de Roger - 19/07/09

Esta entrevista do atacante Roger saiu no jornal impresso do A TARDE de hoje (19/07/09) na seção de Esporte (a minha seção preferida). Muito interessante, ele fala de sua carreira, do tempo que gostava de farras, religião, Seleção e sua experiência jogando fora do País. Vale a pena ler.

A TARDE ESPORTE CLUBE: Você gosta de comer galo?
ROGER: (risos) Não cara... Gosto de comer galinha. (risos)

ATEC: Mas domingo (hoje) dá Roger ou Éder Luís?
ROGER: Ah... Claro que tem que dar Roger, não é. Nosso time joga em casa, com o apoio da torcida, e precisa vencer para assumir a liderança.

ATEC: promete gol?
ROGER: Não tenho costume de prometer gol, não. Prometo sempre muita luta, determinação, vontade e, se Deus me abençoar, eu ponho para dentro.

ATEC: Sem Tardelli, as coisas podem ficar mais fáceis?
ROGER: Ah, eles têm jogadores à altura. Mas o Tardelli é o artilheiro do Brasil no ano e sempre faz falta, realmente. Tem feito a diferença... então, sorte nossa dela não atuar. Jogamos no São Paulo juntos. É um cara de quem gosto muito.

ATEC: A fase atual é a melhor de sua carreira?
ROGER: Ah, é uma das. Acho que sempre a melhor está por vir.Mas talvez seja o melhor momento mesmo, o mais gostoso. Nunca tiha feito tantos gols em tão pouco tempo. Estou feliz, numa fase legal. Agora é continuar com o pé no chão e trabalhar, porque nem sempre as coisas funcionam do jeito que a gente quer.

ATEC: O que está sendo determinante? Por que a dificuldade em alguns outros clubes?
ROGER: Costumo dizer que não tem um motivo isolado. Aqui estou recebendo em dia, coisa que não acontecia no Fluminense, e tenho tranquilidade para trabalhar. O pessoal aqui confia no meu trabalho. Lá, a cobrança era muito grande. E, com a chegada do Fred, terminei perdendo espaço. Aqui n;ao. A família também se adaptou muito bem a Salvador. Acho que tem tudo isso.

ATEC: O que representa a artilharia do Brasileiro?
ROGER: Muita coisa. É o reconhecimento de um trabalho. Ser lembrado é sempre muito gostoso e admito que é algo que busco, apesar de o mais importante, claro, ser o sucesso do time. E não da para esconder o lado financeiro. Você fazendo um bom Brasileiro tem grandes chances de fazer um bom contrato depois. Tudo isso tem que ser levado em conta.

ATEC: A comemoração dos gols tem sido sempre igual...
ROGER: Nunca comemoro com nada. Sempre levanto a mão para o céu, agradecendo a Deus. É algo que adotei. Com o que Ele tem feito comigo, só agradecendo.

ATEC: Até onde vai o fôlego do Vitória? Dá mesmo para ser campeão, ir para a Libertadores?
ROGER: A gente sabe que é difícil. É sempre complicado falar em título, classificação para a Libertadores, mas enquanto tivermos a oportunidade de estar entre os quatro, temos que valorizar. O Vitória tem jogado um grande futebol e provou que não é uma zebra, é uma realidade. É muito difícil ganhar da gente. Mas tem que pensar em ser campeão, cara. Está aberto, não é? Os principais favoritos não vêm bem, então tem que aproveitar. Se virarmos o turno no G4, temos boas chances.

Foto: Adriano, Roger e Robinho
ATEC: Você ainda é novo. Pensa em Seleção? Acha que dá?
ROGER: Não, não... Não tenho mais esse sonho assim. Não que eu não carregue, mas é a posição mais concorrida do Brasil. Tem muito jogador bom, que pode ser aproveitado. Então, não é uma coisa que eu tenho comigo. Se surgir um dia, vou ficar feliz.

ATEC: Ponto forte?
ROGER: É o trabalho, cara. Trabalhar com honestidade... Atentar para as instruções do Carpegiani. Tenho sempre prestado atenção aos detalhes, e tenho conseguido me dar bem.

ATEC: Ponto fraco?
ROGER: Acho que às vezes me chatear quando penso em gol. Fico me cobrando muito, coisa que não devia. Devia pensar 'vamos de novo, vai sobrar outra'. Mas hoje já melhorei muito.

ATEC: Qual a influência dos técnicos na sua carreira?
ROGER: Poxa, costumo dizer que sou um privilegiado. Tive oportunidade de trabalhar com gente com o Autuori, Muricy, Tite, Nelsinho, Parreira, René Simões... Peguei poucos técnicos fracos, e aprendi muito.

ATEC: Você é religioso?
ROGER: Sou, cara. Sou de família evangélica, mas não sou um cara bitolado, que fica apontando o dedo para os outros, dizendo que está certo ou errado. Olho simplesmente para família. Fofoca não faz parte do meu dia-a-dia. Não me preocupo se você é católico, espírita. Se você é uma pessoa legal, faz parte da minha vida.

ATEC: Vi uma entrevista em que você afirmava se arrepender de ter sido "pouco profissional no início da carreira". Só pensava "em mulheres e farra". É isso mesmo?
ROGER: O que eu coloquei não foi mulheres. Eu já tinha até minha esposa, que na época era namorada. Eu gostava esra de farra. Ficava tomando chope às 4h da manhã, tendo treino às 8h, coisa que não faço mais. Tenho consciência que o corpo é meu instrumento de trabalho, que tenho de estar descansado. Você vai amadurecendo com o tempo. Hoje, não cabe mais ser só jogador de futebol, mas um atleta profissional. Aí sim, terá retorno.

ATEC: Como foi a experiência fora do País. Recomenda? Que conselhos daria?
ROGER: Foi boa. Fui jovem, 21 para 22 anos. Não deu para resolver a vida financeira, mas deu para comprar algumas coisas, para dar tranquilidade. Os mais jovens, acho que não podem ter essa ilusão de Europa. Você tem que pesar. Muita gente que passou pela Seleção e jogou na Europa hoje não tem nada. Tem que pensar no dinheiro e jogar com prazer. Tem que saber que a profissão é curta. São dez anos para fazer o pé-de-meia. Não é como jornalista, que pode trabalhar 50 anos ali. Então, o recado é sempre avaliar, não se iludir. Mas também não deixar de sonhar.

Texto de Nelson Barros Neto.

Leia outras entrevistas de pessoas ligadas (ou não mais) ao EC Vitória.
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