Valei-me, Santo Antônio Houaiss!!!
Por Franciel Cruz
Depois de consultar, de modo velhaco, os meus mais antigos alfarrábios, finalmente sucumbi à seguinte verdade universal: Não existe nem nunca existiu, na história do Ludopédio de Pindorama, um time que, com superioridade numérica, tenha jogado com tanta apatia quanto o Vitória do segundo tempo da partida de ontem contra o Vasco, no Rio de Janeiro.
PUTAQUEPARIU A DISPLICÊNCIA!!!
É vero que alguns podem contra-argumentar que a Batalha dos Aflitos foi mais vergonhosa para o Náutico, já que o Timbivisky (vá fazer rima na casa da porra), mesmo com quatro jogadores a mais, foi derrotado em casa pelo Grêmio. Porém, naquela fatídica epopéia de 26 de novembro de 2005, ao menos se estabeleceu uma tragédia. E, esta, a tragédia, quando nada, tem alguma serventia. Por conta dela, explodimos em ódio e fazemos a catarse. Já aquela apatia de ontem é o pior tipo de derrota: não desperta nem mesmo um tanto assim de raiva ou a vontade de vaiar.
Enquanto que na chibança em Recife havia emoção, com um time atacando, o outro suportando e saindo heroicamente para o ataque, em São Januário as duas equipes comportavam-se de forma medonha. A que vencia, se acovardava na defesa, sem apetite para passar do meio campo. Já a que era derrotada ensebava o jogo de modo vil, sem demonstrar qualquer vontade de ganhar. E durante 45 minutos e uma faixa de 20 metros de campo, a desonra imperou. Por falar em desonra, aquela patacoada de ontem, que eu me lembre, só encontra paralelo no “jogo da vergonha” entre Alemanha x Áustria, na Copa de 1982. Aliás, até o placar final foi o mesmo: 1×0. E, tanto naquela época quanto ontem, não existiu um só ato que merecesse registro.
Aliás, minto. Aquela derrota de ontem serviu para que eu retornasse aos dicionários à cata de uma palavra ou expressão que pudesse resumir aquele triste episódio. E fiz isso a contragosto – até porque, conforme é sabido no Norte e Nordeste de Amaralina, tenho ojeriza aos dicionaristas – estes meninos criados com vó que, por falta do que fazer, ficam catalogando e aprisionando palavras.
Mas, derivo.
O fato e que tive que recorrer a estas injúrias enciclopédicas para tentar entender o motivo de tanta boréstia por parte dos jogadores do Vitória. E lá, entre rebordo e reborquiada, estava a palavra que explica o comportamento dos jogadores do Leão: Rebordosa. Então, foi isso: apenas um rebordosa. Agora, vamos adiante. É hora de jogar com brio e não permitir a “reincidência de moléstia”, que é um dos significados de rebordosa.
Obrigado, Santo Antônio Houaiss.
P.S Ricardo Silva acaba de subir no telhado. Espero que a solução, como sói ocorrer, não seja pior do que o problema.
Por Franciel Cruz
Depois de consultar, de modo velhaco, os meus mais antigos alfarrábios, finalmente sucumbi à seguinte verdade universal: Não existe nem nunca existiu, na história do Ludopédio de Pindorama, um time que, com superioridade numérica, tenha jogado com tanta apatia quanto o Vitória do segundo tempo da partida de ontem contra o Vasco, no Rio de Janeiro.
PUTAQUEPARIU A DISPLICÊNCIA!!!
É vero que alguns podem contra-argumentar que a Batalha dos Aflitos foi mais vergonhosa para o Náutico, já que o Timbivisky (vá fazer rima na casa da porra), mesmo com quatro jogadores a mais, foi derrotado em casa pelo Grêmio. Porém, naquela fatídica epopéia de 26 de novembro de 2005, ao menos se estabeleceu uma tragédia. E, esta, a tragédia, quando nada, tem alguma serventia. Por conta dela, explodimos em ódio e fazemos a catarse. Já aquela apatia de ontem é o pior tipo de derrota: não desperta nem mesmo um tanto assim de raiva ou a vontade de vaiar.
Enquanto que na chibança em Recife havia emoção, com um time atacando, o outro suportando e saindo heroicamente para o ataque, em São Januário as duas equipes comportavam-se de forma medonha. A que vencia, se acovardava na defesa, sem apetite para passar do meio campo. Já a que era derrotada ensebava o jogo de modo vil, sem demonstrar qualquer vontade de ganhar. E durante 45 minutos e uma faixa de 20 metros de campo, a desonra imperou. Por falar em desonra, aquela patacoada de ontem, que eu me lembre, só encontra paralelo no “jogo da vergonha” entre Alemanha x Áustria, na Copa de 1982. Aliás, até o placar final foi o mesmo: 1×0. E, tanto naquela época quanto ontem, não existiu um só ato que merecesse registro.
Aliás, minto. Aquela derrota de ontem serviu para que eu retornasse aos dicionários à cata de uma palavra ou expressão que pudesse resumir aquele triste episódio. E fiz isso a contragosto – até porque, conforme é sabido no Norte e Nordeste de Amaralina, tenho ojeriza aos dicionaristas – estes meninos criados com vó que, por falta do que fazer, ficam catalogando e aprisionando palavras.
Mas, derivo.
O fato e que tive que recorrer a estas injúrias enciclopédicas para tentar entender o motivo de tanta boréstia por parte dos jogadores do Vitória. E lá, entre rebordo e reborquiada, estava a palavra que explica o comportamento dos jogadores do Leão: Rebordosa. Então, foi isso: apenas um rebordosa. Agora, vamos adiante. É hora de jogar com brio e não permitir a “reincidência de moléstia”, que é um dos significados de rebordosa.
Obrigado, Santo Antônio Houaiss.
P.S Ricardo Silva acaba de subir no telhado. Espero que a solução, como sói ocorrer, não seja pior do que o problema.