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Falcão no País das Maravilhas: O ouro de tolo. Por Lucas Rochas.

Quem nunca leu (ou ouviu falar) sobre a Alice, menina sonhadora que viveu a fantasia de um mundo surreal, repleto de sonhos, fantasias e loucuras? Um mundo ideal, porém surreal. Pois é, a jovem Alice encantou, e ainda encanta, várias pessoas ao redor do mundo e, acredito que o Senhor Carlos Falcão é um destes "fãs de carteirinha" vivendo em um mundo que não condiz em nada com a realidade e os fatos atuais.

Como não sonhar assumindo um clube que obteve a melhor colocação entre os nordestinos na era do nacional com pontos corridos?
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Viagem à superfície do futebol brasileiro. Por: Lucas Rochas §iquilho.

Resumo do livro: Alexi Portela Junior é um aventureiro muito respeitado. Após encontrar um pergaminho deixado por seu pai, ele abandona seus negócios e resolve adquirir um novo hobbie: assumir a caravana do Esporte Clube Vitória.

Aos trancos e barrancos, o aventureiro enfrenta uma situação completamente adversa: o time encontrava-se no centro da terra, no porão do futebol nacional, na casa do estopô. O dilema estava criado: como sair deste cabrunco? O lugar era tão escroto que se o mundo defecasse, lá seria o órgão excretor.
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Tá amarrado! Por Lucas Rochas.

Normalmente costuma-se chamar as pessoas pão duras como mãos de figa, ou seja, mão fechada. A partir disto, deduz-se que nem as unhas poderão ser roídas. Assim sendo, mais dinheiro será gasto, pois assistir partidas do Vitória nesta série B demandará, no mínimo, um marcapasso.

Este conselho eu deixo para meu nobre colega Alexi Portela. Ou abre a mão, ou o final do ano será trágico. Ou contrata com seletividade, ou a coisa ficará preta.
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Vitória 3 x 3 Cruzeiro: A redenção de um matador

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VITÓRIA 3 X 3 CRUZEIRO: A REDENÇÃO DE UM MATADOR.
Por: Lucas Rochas [lucas.rochas@yahoo.com.br
]

"Pelas circunstâncias da partida foi um bom resultado que nós conquistamos", comentou o atacante Roger.

Em uma Tarde chuvosa, o Vitória voltava a jogar sob seus domínios, almejando a reabilitação na competição e tendo pela frente o Cruzeiro, um adversário empolgado e em ascensão na competição. Apesar da chuva forte que castigava a cidade, pouco mais de 7 mil fiéis torcedores estiveram presentes, sofrendo e vibrando com o leão em uma partida emocionante, e o clima era minimizado pela esperança de um jogo quente por parte do Vitória em um desafio de tirar o fôlego.

Mesmo enfrentando um Cruzeiro desfalcado, Mancini montou um esquema com três volantes, e o Leão veio a campo acuado. Jogar no 4-4-2 em casa com três volantes, e apenas Ramon responsável pela criação das jogadas mostra o quanto Mancini é frouxo. Não fui a favor da sua contratação e o acho limitado. Só monta os times que comanda no 4-5-1 com dois alas ou no 4-4-2 com três volantes e nenhum dos dois esquemas se encaixa com o perfil do elenco atual do rubro-negro.
Não adianta tentar insistir com Jackson como ala direita, pois ele não será o Willians de 2008. Ao menos este erro ele não cometeu novamente ontem. Até agora não entendi o porquê dos três volantes, tendo em vista que nenhum deles aparece como elemento surpresa no ataque, e muito menos chutam de fora da área.

Quando a fase não é boa tudo acaba dando errado. Maldita lei de Murphy!
O gramado encharcado prejudicava o jogo e promoveu uma sessão de quedas.Logo no primeiro lance de ataque da partida, aos 2 min, o Cruzeiro abriu o marcador. confusão no setor esquerdo defensivo do Vitória, Uéllington escorregou, Víafara fez uma grande defesa, mas a bola sobrou livre para Gilberto empurrar com o joelho para o fundo das redes:
VITÓRIA 0 X 1 CRUZEIRO.

Se o esquema tático não era muito bom, o gol sofrido logo no início da partida o desestruturou completamente o time e de maneira desordenada o leão partiu à caça da raposa.Com a ausência do pulmão do time, o lateral Apodi, o aspirante Nino Paraíba assumiu bem a vaga e foi o responsável pela maioria das jogadas de ataque do leão no primeiro tempo. Nino mostrou que sua contratação foi mais um grande investimento, e a meu ver, a diretoria deve mantê-lo no grupo para 2010.

Aos 14 min, Ramon voltou a acertar o pé, cobrando uma falta com perigo da entrada da área, dando muito trabalho ao goleiro Andrey, que colocou para escanteio. Ramon ainda precisa aprimorar as cobranças de escanteio, pois só manda a pelota nas mãos do goleiro. Com a volta do Leandro Domingues, acho que Ramon deveria ocupar a vaga de um dos volantes da partida de ontem, o que daria mais consistência ao meio. Jogando ao lado de Domingues, o meio teria muito mais qualidade de passe, cadenciando mais a partida e segurando o ímpeto do Grêmio, o próximo adversário. O reizinho se alternaria com Domingues pelo meio, proporcionado à ambos os jogadores a liberdade de se aproximar de Roger e Berola. Tal modificação garantiria ao time a variação do 4-4-2 para o 4-3-3 ao decorrer da partida.

Aos 9 min, após várias tentativas na área cruzeirense, a bola sobrou para Leandro. O lateral chutou forte, mas o goleiro Andrey tirou com os pés e colocou para escanteio.

O leão bombardeava o time mineiro e a arbitragem bombardeava o Vitória. Faltas invertidas, impedimentos mal marcados, cartões erroneamente aplicados. Assim fica difícil. Aos 34 min, o técnico Vágner Mancini acabou sendo expulso do campo, após reclamar da marcação do árbitro carioca.
"O juiz está usando de dois pesos e duas medidas. Não marcou duas faltas no nosso ataque e marcou duas na nossa defesa que não existiram", declarou o treinador, após a expulsão.
O Vitória precisa se impor, pois a arbitragem está causando sérios danos ao time. Acho um absurdo a CBF escalar árbitros Pernambucanos e Cariocas para apitar partidas de times que estão ocupando posições intermediárias na tábua de classificação.A diretoria deve abrir os olhos, pois esta mesma CBF contribuiu para a queda do Vitória em 2004, quando o Flamengo conseguiu vencer "SURPREENDENTEMENTE" o Palmeiras em São Paulo, escapando da queda após figurar por várias rodadas no Z4.

Aos 37 min, o Vitória quase chegou ao empate. O lateral Nino Paraíba mandou um foguete da entrada da área e o goleiro cruzeirense fez uma linda defesa, mandando para escanteio

O Vitória até chegou a marcar aos 40 min, quando o lateral Leandro chutou errado a bola para o gol e o zagueiro Thiago Heleno acabou colocando para o fundo da sua própria meta. Mas o árbitro já havia marcado o impedimento. O rubro-negro novamente sufocava e não marcava e aos 46 Neto Berola perdeu mais uma oportunidade, cara a cara com o paredão cruzeirense.Apesar do placar adverso ao fim da primeira etapa, o time atacava e mostrava demonstrava poder de reação, faltando apenas por fim a desorganização. Algumas considerações mereciam destaque:
-Vanderson, super fora de forma, está lento, não consegue acompanhar as jogadas de ataque e ainda não aprendeu a chutar de fora da área. Aliás, ele sequer arrisca um chute ao gol adversário.
-Nino Paraíba, jogou muito, sendo o melhor jogador do time no primeiro tempo. Veloz e raçudo ele deu muito trabalho ao adversário. Nada melhor do que o Campeonato Baiano de 2010 para lapidar o jogador.
-Roger passou a sair mais da área e buscar o jogo. Aprendeu a usar melhor o corpo e esteve raçudo, mostrando que ainda surpreenderia na partida.
-Impedimentos e mais impedimentos. O que justificaria isto? Falta de treinamentos?
Abra o olho Mancine!

Tendo o placar adverso, achei que Mancini promoveria modificações na volta do intervalo, mas o time voltou inalterado, e a partida também. O Leão continuava a atacar de forma desorganizada e o Cruzeiro tentava administrar o placar se mantendo na defesa. Aos 15 min, quando Leandro cruzou a bola para a área, os atacantes Roger e Neto Berola se chocaram e desperdiçaram a oportunidade de empatar a partida.

Em um lance isolado, aos 17 min, o Cruzeiro voltou a atacar. Fabrício invadiu a área e foi empurrado por Vanderson.
O juiz nem hesitou e sem titubear marcou pênalti. Um lance infantil que mostrou o despreparo físico de Vanderson. Gilberto bateu forte, no canto direito, sem chances para o goleiro Víafara:
VITÓRIA 0 X 2CRUZEIRO.
O Vitória reagiu rápido e aos 21min, o meia Ramon conseguiu cobrar uma falta com perfeição na cabeça de Roger, que não perdoou:
VITÓRIA 1 X 2 CRUZEIRO O gol animou o time e a virada parecia apenas uma questão de tempo. Entretanto, Mancini certamente esqueceu de tomar seu remedinho diário e promoveu um show de horrores no Barradas. Se PCC era um professor pardal, Mancini deve ter feito um curso intensivo com ele. Primeiro tirou Nino Paraíba (apenas um dos melhores em campo) e colocou Jackson. Antes que questionem que o atleta estava cansado, já está provado que Jackson como meia/lateral direito não dá certo! Quando Mancini desistirá disto?

Em seguida, ele tirou Leandro (que também estava bem) e colocou Elkeson. Leandro enfrenta diversas dificuldades nas saídas de bola do leão, pois sempre está isolado pela esquerda. O único meia esquerda de velocidade no elenco é Willian, e quando ele não joga Leandro fica isolado, o que dificulta e muito a criação de jogadas pela esquerda.Com a saída de Leandro, a zaga acabou ficando sem cobertura pelo lado esquerdo, o que obrigaria um zagueiro a sair em caso de contra-ataques, desprotegendo completamente a zaga. Foi o que aconteceu.

Anderson Martins tentou sair jogando e perdeu a bola. No contra-ataque, o Cruzeiro passeou pela avenida esquerda da defesa rubro-negra, em uma bela jogada de Fabrício que cruzou na marca do pênalti para Thiago Ribeiro bater na saída de Viáfara. Aos 32 min:
VITÓRIA 1 X 3 CRUZEIROAntes que questionem a saída de bola do Anderson Maldini, é importante lembrar que ele sempre faz isto, inclusive já beneficiou o Leão em inúmeras oportunidades. O ERRO ESTAVA NA COBERTURA DA ZAGA, DESPROTEGIDA PELA AUSÊNCIA DE UM LATERAL.

O terceiro gol dos visitantes esfriou de vez o estádio. A chuva que voltara a cair parecia que havia se tornado neve e boa parte dos torcedores começaram a ir embora. Eu, agora um sujeito superticioso, fui para o ORKONTRO assistir ao final do jogo. Não me arrependi. A dupla Ramon e Roger voltou a brilhar, e o Leão mostrou aos pés-quente ainda presentes, porque é o melhor time do Norte/Nordeste do país. Aos 40 min, o atacante lançou o meia na área, que bateu no canto direito, sem chance de defesa para o goleiro Andrey:
VITÓRIA 2 X 3 CRUZEIRO. O segundo gol trouxe esperança, e o time passou a correr contra o relógio, e o empate chegou aos 43 min, quando Roger recebeu de Jackson chutou da grande área no ângulo, marcando um gol de placa, levando ao delírio os torcedores que acreditaram e ficaram no estádio até o final do jogo:
VITÓRIA 3 X 3 CRUZEIRO Roger que por diversas vezes foi duramente criticado fez a diferença, e em duas ocasiões quase virou a partida. Infelizmente a teimosa passou rente à trave em ambas as ocasiões. Com estes dois gols Roger chegou aos 11 marcados na competição e empatou na liderança da artilharia com Marcelinho Paraíba (Coritiba) e Val Baiano (Barueri). A pequena torcida que ainda estava presente mostrou todo amor pelo rubro-negro e incentivou o time, que saiu aplaudido de campo.

Com esse resultado o Vitória chegou aos 29 pontos e ocupa agora a 12ª colocação. Em um contexto geral o resultado acabou sendo ruim, mas pelo que foi a partida o time saiu no lucro. Espero que tal reação mexa com o brio dos jogadores fazendo com que eles percebam que podem ir muito longe na competição.

A próxima partida, contra o Grêmio no Olímpico, pode ser considerada com uma final, pois o time se encontra no purgatório da competição, estando inclusive mais perto do Z-4 do que do G-4. Espero também que Mancini não invente demais e monte o time com uma postura de campeão, pois um resultado positivo na próxima partida trará ao grupo a confiança necessária para a briga pela vaga na Copa Libertadores.
AVANTE LEÃO!!!

SRN

FICHA DO JOGO
VITÓRIA 3 x 3 CRUZEIRO
Vitória:
Viáfara; Nino Paraíba (Jackson), Anderson Martins, Fábio Ferreira e Leandro (Elkeson); Vanderson, Magal, Uelliton (Leandrão) e Ramon; Neto Berola e Roger.
Técnico: Vágner Mancini
Cruzeiro:
Andrey; Gil, Leonardo Silva e Thiago Heleno; Jancarlos (Vinícius), Henrique, Fabrício, Gilberto (Fabinho) e Diego Renan; Thiago Ribeiro e Soares (Guerrón).
Técnico: Adilson Batista
Data:
30/08/2009 (Sábado)
Local:
Estádio do Barradão, em Salvador
Público:
7.388 pagantes
Renda:
R$147.850,00
Árbitro:
Marcelo de Lima Henrique (FIFA/ RJ)
Auxiliares:
Jackson Massara dos Santos (RJ) e Vinicius da Vitória Nascimento (RJ)
Cartões amarelos:
Thiago Heleno, Leonardo Silva, Soares (C); Fábio Ferreira, Roger, Leandro, Uelliton (V)
Cartão Vermelho:
Thiago Heleno (C)
Gols:
Gilberto, 2min do primeiro tempo e aos 19min do segundo tempo; Thiago Ribeiro, aos 32min, Roger, aos 21min e aos 43min, e Ramon, aos 40min do segundo tempo.

Fotos por: Eduardo Martins [www.atarde.com.br/esportes]
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Goiás 3 x 2 Vitória – 17/08/09 - Quem não faz, toma!

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Goiás 3 x 2 Vitória – Quem não faz, toma!
Por: Lucas Rochas §iquilho [lucas.rochas@yahoo.com.br]


"A equipe foi muito melhor no segundo tempo. Tivemos várias chances de ganhar a partida e não fizemos. Fico feliz pela bela apresentação, mas chateado por não termos levado nenhum ponto", lamentou o treinador Vagner Mancini.

Sessão da tarde, ou Vale a pena ver de novo? Já vi este filme/novela antes: O time joga bem, domina a partida, sufoca o adversário, perde gols ridículos, leva um gol no final e perde a partida. Pois é caros rubro-negros, o leão novamente vacilou, deixou de pontuar fora e manteve a seqüência negativa de cinco jogos sem vitórias.

A partida de ontem pode ser vista, analogamente, de outras formas.

-Mega-sena acumulada, $56 Milhões, o cidadão acorda, vai ao banheiro ler seu jornalzinho (quem nunca fez isto?) antes de se preparar para o batente diário, e ao ler o resultado do jogo vê que saiu a numeração que ele costuma jogar a cinco anos, semanalmente. Grita, comemora, sai do banheiro, faz a festa! Quando o dito cujo explica a família, e pede o bilhete premiado à esposa, que costumava fazer os jogos para ele, ouve tristemente que ela perdeu o horário da casa lotérica e não fez a aposta.

-E aquele cidadão, estilo meu colega Gil, que cerca, cerca, cerca, e quando parece que vai vencer a garota fica só chupando dedo. Vem outro do nada e Pimba!Fura o olho do rapaz, que já estava com tudo engatilhado.

-Ou então você conseguir sair com a mulher mais linda que você conhece, a certinha da rua que não dá bola para ninguém e todos desejam, mas na hora dos "rala e rola", quando está cara a cara com as "vias de fatos" percebe que não levou o preservativo, dá uma de Roger e acaba chutando para fora.

Pois é, o cara nada, nada, nada e morre na praia. Entretanto, sendo otimista ao extremo, acho que tudo na vida tem um lado bom, e é isto que procuro absorver do último revés rubro-negro. Na derrota de ontem, no Serra Dourada, o leão voltou a rugir. Havia muito tempo que o time não fazia uma partida muito boa, jogando de forma convincente e mostrando poder de reação ao estar em desvantagem no placar. Infelizmente, os erros individuais voltaram a acontecer, comprometer e prejudicar o time, o que de forma direta influencia negativamente no placar final da partida.

A partida começou equilibrada, com ambos os times marcando muito no meio-campo. Um erro de marcação do volante Gil facilitou a vida do time alviverde, que aproveitou o vacilo e abriu o placar da partida. Após um maravilhoso passe do meia Léo Lima, o também meia Felipe Menezes saiu na cara do gol, tendo apenas o trabalho de tirar do goleiro Gléguer.
Goiás 1 x 0 Vitória

O Vitória até tentava empatar a partida, mas nitidamente Willian evitava tocar a bola para Roger. Será que o time está começando a perder a confiança nele?
O Goiás, que tem um time arrumado e jogadores diferenciados como Iarley e Léo Lima, chegava pouco, mas sempre de forma perigosa. Em um lance pela direita da defesa rubro-negra, o abusado Iarley gingou, cortou e deixou Apodi no chão. Em seguida levantou a cabeça, viu Fernando sozinho e tocou, deixando-o livre para marcar o segundo dos donos da casa.
Goiás 2 x 0 Vitória

Mesmo com a diferença de dois gols contras o leão não esmoreceu, e continuou em busca do gol, pecando sempre em errar o último passe. Leandro Domingues, que é craque, resolveu este problema sozinho. Em um lance individual passou por dois jogadores, tabelou com o zagueiro adversário e saiu na cara do gol. Com toda calma e categoria que Deus lhe deu (Bem que ele poderia doar um pouco para Roger, né?) ele viu o goleiro se adiantar e deu um toque suave por cima. UM GOLAÇO!
Goiás 2 x 1 Vitória

O gol animou ainda mais o melhor time do nordeste, que passou a dominar as ações da partida. Willian pela esquerda finalizou no canto esquerdo do Goleiro Harley, que espalmou. Em seguida, Jackson isolou após receber sozinho, dentro da área, pela direita do ataque rubro-negro. Em um contra-ataque rápido, Gil (que para mim não jogou nada!) recebeu pela meia direita e foi derrubado por Ramalho, que foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo.

Apesar de ter um jogador a mais e de pressionar muito, o Vitória não conseguiu marcar o gol do empate, e terminou o primeiro tempo deixando a impressão de que o segundo tempo seria promissor.

Sem modificações o time voltou determinado a empatar a partida e partiu para cima do acuado Goiás, que nos contra-ataques respondia à altura e levava perigo. Tendo em vista os passes errados pelo meio e a falta de velocidade no ataque Mancini de uma vez só promoveu duas alterações:
-Gil, que corria o risco de receber o segundo amarelo, deu lugar a Carlos Alberto.
-Willian (que a meu ver deveria ter ficado em campo, pois Jackson estava apagado e deveria sair) deu lugar ao jovem Berola.


As alterações melhoraram o time, e Roger, para variar, perdeu mais um, de cara para o gol. O camisa 23 do rubro-negro finaliza mal com os pés, e pior ainda de cabeça. Com pouco tempo em campo o Endiabrado Berola mostrou que é craque e está disposto a ser titular do time. Dominou perfeitamente a bola, deixando-a parada, quieta sob o gramado.Com uma ginga de corpo, e um habilidoso drible, deixou o adversário no chão. Para finalizar, um belíssimo chute de fora da área, surpreendendo o goleiro adversário.UM GOL DE BOLEIRO.
Goiás 2 x 2 Vitória.

Após o segundo gol rubro-negro o que se viu foi mais um espetáculo de gols perdidos. Domingues, Berola, Apodi e Roger. Não adianta nada jogar bem e não marcar os gols. Este problema tem que ser resolvido, e logo. O Vitória finalizou 19 vezes e o Goiás apenas 9, pena que nem sempre a eficácia e a eficiência andam acompanhadas.

Roger, mesmo estando na cara do gol e tendo traves que costumam ter 7,32m x 2,4m só consegue chutar em cima do goleiro. Ontem, novamente ele recebeu uma bola sozinho, pela direita do ataque, dentro da área, e mesmo tendo o canto todo aberto prefiriu chutar em cima do goleiro Harley. Assim fica difícil. Parece até que ele recebe a bola e chuta de qualquer forma, do jeito que a pelota vem ele manda para o gol, sem sequer olhar para o posicionamento do goleiro.

Muitos leitores devem se perguntar o por quê de só criticar o atacante Roger, sendo que o time finalizou 19 vezes e Berola e Domingues também perderam dois gols cada. É importante lembrar que Berola realmente perdeu dois, mas é reserva e em três chances fez um. Domingues também fez um gol em três chances e não costuma perder tantas oportunidades na cara do gol. Roger é reincidente e por diversas vezes já perdeu gols bisonhos, sendo que a maioria das chances foram de dentro da área.

O antagonismo do placar final pode ser descrito pelo momento do terceiro gol dos donos da casa:
-Do lado Alviverde, o Goiás apenas assistia ao espetáculo de gols perdidos do rubro-negro, a torcida local estava calada, torcendo pela manutenção do resultado e pelo termino do jogo.
-Já do lado rubro-negro, a torcida estava esperançosa, o time dava a entender que logo faria o terceiro, e que na pior das hipóteses sairia com o empate. O time jogava com raça, corria em busca do resultado positivo. Mancini, agitado, empurrava o time com os gritos à beira do campo.

Pois é, o que parecia ser não era, e "quem não fez, tomou". Primeiro Domingues foi expulso em um lance infantil aos 42 min. Em seguida o Goiás em um lance isolado mandou a bola em diagonal, do meio-campo para a área rubro-negra. A zaga estava mal posicionada e o lateral Júlio Cezar apareceu entre Wallace e Apodi, cabeceando no contra-pé do goleiro Gléguer, que nada pôde fazer.
Goiás 3 x 2 Vitória.

Se perder já não é bom, perder jogando melhor que o adversário é pior ainda. Agora é juntar os cacos e pensar no jogo de quarta contra o CAP no Barradas. Infelizmente terei uma prova e não poderei ir, perdendo o meu quarto jogo do leão no ano, mas desejo ao time uma boa sorte!

O primeiro passo para a recuperação foi dado e o time voltou a ter uma postura de campeão. Agora é voltar a jogar bem nesta quarta e impor o mando de campo. A Vitória é indispensável e essencial para a reabilitação, principalmente por que o adversário seguinte ao CAP será o Sport e o time Pernambucano vem muito mal na competição.

AVANTE AOS 9 PONTOS.
VAMOS ACORDAR LEÃO, ESTAMOS CONTIGO!

SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS.

ESTATÍSTICAS DA PARTIDA
Goiás X Vitória
44 passes errados 22
9 finalizações 19
14 desarmes 16
3 assistências 1
13 faltas cometidas 17


FICHA DO JOGO

GOIÁS 3 x 2 VITÓRIA

Goiás: Harlei; Valmir Lucas, Ernando e Leandro Euzébio; Vitor, Ramalho, Fernando (Filipe), Léo Lima (Douglas), Felipe Menezes (Gomes) e Julio César; Iarley
Técnico: Hélio dos Anjos

Vitória: Gleguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Leandro; Magal, Gil (Carlos Alberto), Jackson e Leandro Domingues; Willian (Neto Berola) e Roger (Leandrão).
Técnico: Vagner Mancini

Data: 16/08/2009 (Domingo)
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP) e Vicente Romano Neto (ES)
Cartões Amarelos: Wallace, Anderson Martins, Gil, Magal e Neto Berola (V) Ramalho e Leandro Euzébio (G)
Cartões Vermelhos: Ramalho (G) e Leandro Domingues (V)
Gols: Felipe Menezes, aos 25 min, Fernando, aos 30 minutos, e Leandro Domingues, aos 32 min do primeiro tempo; Neto Berola, aos 13 min, e Júlio César, aos 45 min do segundo tempo.

Sobre o Brasileirão 2009:
Veja a Tabela de classificação.
Veja apenas os jogos do Vitória.
Veja a artilharia completa.
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Vitória 2 x 0 Coritiba - 13/08/09 - "LEÃO INTERNACIONAL"

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VITÓRIA 2 X 0 CORITIBA - "LEÃO INTERNACIONAL"
Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]

"Quando a gente é amigo do porteiro e da faxineira, todos no clube torcem pela gente. Sem vaidade, sem nada, é isso o que eu procuro fazer aqui" - Ricardo Silva.

Após 12 anos o Vitória voltou a representar o estado em uma competição internacional e mais uma vez honrou sua camisa, voltando a representar bem a Bahia, mostrando que realmente é o orgulho do estado. Motivado pelo espírito do treinador interino, e competente Ricardo Silva, o time pôs fim a uma seqüência negativa de cinco partidas sem vitórias e deu um grande passo rumo à segunda fase da competição.
Por Falar em Ricardo Silva, a trajetória dele pelo Vitória me deixa muito contente e esperançoso, pois me traz ótimas recordações do inicio de Péricles Chamusca pelo rubro-negro. Como acredito que nada acontece por acaso, e tudo tem à sua hora, futuramente espero ver o Ricardo à frente do grupo, efetivado como treinador e deixando transparecer todo seu jeitão de "boleiro" e sua simplicidade para os jogadores.

O Coritiba, adversário da noite, também trazia no banco um treinador interino, e todos os holofotes estavam voltados para as cabines de honra, onde ambos os clubes contavam com a presença dos novos treinadores: Vagner Mancini e Ney Franco, respectivamente, recém contratados por Vitória e Coritiba, observando seus novos comandados.

Passados 19 dias, ambos os clubes voltavam a se enfrentar, desta vez por uma competição Internacional, e a magra vitória do leão diante do Coritiba, no próprio Barradas pelo brasileiro, já deixava claro que a partida não seria fácil e o adversário mais uma vez seria "osso duro de roer".
Com as palavras, Ricardo Silva:
- "O Coritiba, jogando com três zagueiros, estava nos marcando muito. Nosso time conseguia chegar, mas estávamos displicentes no último passe." – avaliou, em entrevista ao site oficial do clube.

Como o Ricardo fez perfeitamente a leitura do jogo, fica complicado dizer muita coisa. O primeiro tempo da partida foi morno. O Vitória até que tentava, mas pouco acertava. Do outro lado, o Coritiba só marcava. O que me chamou atenção nestes 45 minutos iniciais foram o posicionamento e a postura do time em campo.
Apodi voltou a jogar na lateral, da mesma forma que conseguiu se consagrar pelo leão em 2007. Marcou, apoiou e novamente foi o motor do time.

Willian, muito veloz, puxando os contra-ataques, dando uma maior movimentação ao meio.

A zaga esteve muito bem, mostrando muita segurança.Anderson Maldini voltou a jogar bem, Wallace novamente esteve impecável. Ficou comprovado que os zagueiros estavam com dificuldade em se adaptar ao esquema com três zagueiros.

O Time voltou a atuar com a marcação adiantada, pressionando a saída de bola adversária. E o jogador mais surpreendente da partida, a meu ver, foi o Robinho. Marcou, apoiou, correu.Mostrou a todos que pode muito bem ser o reserva imediato do Leandro.

No mais a etapa inicial foi monótona e como poucas chances reais de gol:
-Aos 32, Roger perdeu um de dentro da pequena área, chutando de primeira por cima, após cruzamento do Robinho.
-Na casa dos 20 minutos, o coxa deu seu único chute do primeiro tempo e levou perigo ao gol rubro-negro.
- Aos 42, o rubro-negro voltou a assustar a defesa do Coritiba quandoo lateral Apodi carregou a bola pelo lado direito e chutou cruzado de fora da área, Edson Bastos espalmou para escanteio.

Aos 47, o arbitro Paraguaio Carlos Galeano pôs fim à etapa inicial. Aliás, a arbitragem dele foi muito boa. O futebol brasileiro está viciado, repleto de jogadores cai-cai e de faltinhas bestas marcadas. O cidadão deixou o jogo correr e soube conduzir bem a partida. Que sirva de exemplo para a arbitragem local.

Fim do intervalo, empate sem gols e time voltando a campo sem modificações.
Eis o segundo tempo, sob a óptica do treinador interino Ricardo Silva:
"No intervalo, corrigi o posicionamento do time, e fomos felizes que o Uelliton conseguiu fazer o gol em uma cobrança de falta" avaliou, em entrevista ao site oficial do clube.Pois é, como o próprio Ricardo disse, nada melhor do que um gol no inicio da etapa complementar para desmontar o bloqueio defensivo adversário. Logo com 1 minuto e Leandro Domingues foi derrubado na entrada da área, sendo assinalada a falta. Na cobrança, Uelliton chutou com força e se aproveitou do desvio na barreira para surpreender o goleiro Edson Bastos e marcar o 100º gol do Vitória em jogos oficiais neste ano e o primeiro na partida. [assista os gols da partida]
VITÓRIA 1 X 0 CORITIBA.
O rubro-negro se motivou com o gol e partiu em busca do segundo, sufocando o alviverde paranaense. Por duas vezes o leão ficou no quase e a torcida com o grito de gol entalado na garganta. Aos 15, Anderson Maldini acertou o travessão em uma bela cabeçada. Em seguida, Willian mandou um foguete de dentro da área, pelo lado esquerdo, exigindo uma grande defesa do arqueiro alviverde.

De tanto insistir o leão chegou ao seu segundo gol. Aos 26 minutos, o vôvô Jackson estufou as redes, fazendo a alegria da pequena, mas participativa torcida rubro-negra presente no santuário. Em uma cobrança rápida de falta, Roger, completamente impedido saiu da jogada, deixando Jackson livre para arrancar rumo à felicidade. Jackson, cara a cara com o gol finalizou e brocou:
VITÓRIA 2 X 0 CORITIBA

Jackson ao finalizar ainda tinha a opção de tocar para Roger que estava sozinho e com o gol aberto(Ver foto abaixo). APÓS OS SUCESSIVOS GOLS PERDIDOS PELO CENTRO-AVANTE RUBRO-NEGRO, O QUE VOCÊ FARIA? CHUTARIA EM GOL OU TOCARIA PARA O ROGER? DEIXEM SUAS OPNIÕES NOS COMENTÁRIOS.Após o segundo gol, o leão tentou ampliar a vantagem, mas o placar permaneceu inalterado. A vitória por dois gols de diferença concede ao rubro-negro a possibilidade de perder por até um gol de diferença na partida de volta, no Couto pereira. Entretanto, mesmo com a vantagem a seu favor, o Vitória deve se impor, buscando a vitória e não tentando apenas administrar o resultado. Agora é absorver esta Vitória, o novo comandante e transforma-los em animação, motivação. Domingo o leão terá pela frente um adversário em alta, e nada melhor do que terminar o turno como começou, vencendo fora de casa.

Ricardo Silva venceu novamente à frente do leão da barra e além de dar as boas-vindas a Mancini, que assistiu ao jogo dos camarotes, o interino fez questão de dedicar o triunfo a Carpegiane.

-" O Mancini é um amigo que eu conheci aqui no Vitória. Fomos campeões baianos no ano passado e fizemos um bom trabalho no Brasileiro. O importante é ter amigos. A idade passa, a vida passa e nós devemos preservar os amigos. É isto que eu faço no futebol. Inclusive, esta vitória também é de outro amigo que fiz aqui no clube, Paulo César Carpegiani" completou.

Comandando o rubro-negro Ricardo Silva tem um ótimo retrospecto:
09 partidas disputadas:
-07 partidas pelo Campeonato Baiano
-01 partida pela Copa do Brasil
-01 partida pela Copa Sul-Americana
08 VITÓRIAS [Casa: 05 / Fora: 03] => [03 GOLEADAS]
00 EMPATE
01 DERROTA [Casa: 00 / Fora: 01]
25 Gols Feitos [Casa: 12 / Fora: 13]
╚═> Média de 3,13 gols feitos por partida
06 Gols Sofridos [Casa: 00 / Fora: 06]
╚═> Média de 0,50 gol sofrido por partida
Saldo: 20 gols
Aproveitamento:
CASA: 100%
FORA: 75%
GERAL: 89,50%

FICHA DO JOGO

VITÓRIA 2 x 0 CORITIBA

Vitória
Gléguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Róbson (Nino Paraíba); Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues e Jackson; Willian (Bida) e Roger.
Técnico: Ricardo Silva.

Coritiba
Edson Bastos; Cleiton, Pereira, Demerson; Márcio Gabriel (Rodrigo), Douglas Silva, Guaru, Pedro Ken (Renatinho) e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio (Leozinho) e Bruno Batata.
Técnico: Édison Borges

Data: 13/08/2009 (quinta-feira)
Local: Estádio do Barradão, em Salvador
Público: 6.130 pagantes
Renda: R$106.510,00
Árbitro: Carlos Galeano (PAR)
Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e César Franco (PAR)
Cartões amarelos: Pereira, Gauru, Demerson (C) Leandro Domingues, Uelliton (V)
Gols: Uelliton, no primeiro minuto, e Jackson, aos 27min do segundo tempo

Veja sobre a Copa Sul-Americana 2009:
Resumo do Regulamento
Tabela de jogos do Vitória
Lista de jogos completa
Artilharia do Vitória
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Vitória 2 x 2 Fluminense – 09/08/09 - O empate dos nervos

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Vitória 2 x 2 Fluminense – O empate dos nervos.
Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]

Vitória e Fluminense protagonizaram na tarde de ontem uma partida extremamente emocionante. Muita velocidade, contra-ataques, e lances perigosos para ambos os lados, que tentavam por fim a crise. Uma coisa é certa, após presenciar tal jogo no Barradão tenho convicção de que estou com o coração forte, e não sofro de problemas cardiovasculares, pois a partida foi de tirar o fôlego.

Em um domingo que havia começado ensolarado, com stock car pela primeira vez em salvador, e apenas 7.850 rubro-negros presentes e convictos de que esta seria a retomada do leão na competição, dez minutos antes do início da partida e o lindo céu azul deu lugar a uma enorme nuvem preta sobre o santuário do leão da barra. Seria este um mau presságio?
XÔ URUCUBACA!

Muito criticado, Carpegiani acabou cedendo às pressões da torcida e da imprensa, escalando logo de início Willian e Vanderson no time titular e Apodi novamente na ala direita. Com tais mudanças a postura do time foi completamente diferente. Mais veloz e determinado, o glorioso rubro-negro partiu logo para cima do fluminense, disposto a decidir o jogo e acabar com a série de partidas sem vencer. Após muito tempo o time entrava em campo com a marcação adiantada e sufocava a saída de bola do adversário. Tamanha disposição fora logo revertida em gol, em uma tabelinha entre Roger e Willian, onde o camisa 20 rubro-negro saiu de frente para o gol e enfiou o pé, abrindo o marcador após 03 jogos sem o leão balançar as redes, acalmando a nervosa torcida:
Vitória 1 x 0 Fluminense.O Gol, que deveria estimular o leão, surtiu efeito contrário e o time simplesmente se acomodou. O Fluminense, que tem um bom time, não sei por que está nesta situação, se aproveitou e começou a explorar o potencial individual de seus jogadores Conca, Roni, Kieza e Ruy, que passaram a infernizar a defesa do leão. Apesar de estar vencendo o leão se mostrava inseguro, faltava confiança. Erros e mais erros da zaga que cortava mal as bolas, ocasionava diversos contra-ataques ao Fluminense que soube aproveitar e empatou a partida com Luiz Alberto. Mais uma vez a zaga cercou, cercou, cercou, mas não marcou, apenas olhou o adversário trabalhar a bola dentro da área.
Vitória 1 x 1 Fluminense.

O gol do adversário desestabilizou ainda mais o leão, que de forma desordenada tentava virar o primeiro tempo em vantagem, mas não conseguia levar muito perigo ao gol do goleiro Fernando Henrique. Apodi, no lance mais perigoso quase marcou um golaço,as o chute passou rente à trave.
A nuvem preta ainda encobria o Barradão, e o gol não saia:
Que Urucubaca desgramada!

Fim do primeiro tempo, e vaias. Não apoiei, mas grande parte da torcida não estava satisfeita. Seria necessário mudança de postura do time, e PCC foi em busca disto. Por sinal, não entendo o porquê das duras críticas ao trabalho feito por ele. Apenas questiono o fato de vir reclamar a público, o que realmente acaba desestabilizando o grupo. Mas temos que convir que a diretoria[que, diga-se de passagem, tem feito um excelente trabalho!] desta vez vacilou, e acabou se acomodando com a boa campanha do time, esquecendo de reforçar ainda mais o grupo. Entretanto, pela partida de ontem, não percebi nenhum motim, ou algo parecido, no grupo. Falta o time ter mais calma, a crise vai passar.

Na volta do intervalo, incrivelmente a nuvem preta desapareceu. Seria um bom sinal? Parecia que sim. PCC, percebendo o bom momento, sacou um zagueiro e mandou a campo o jovem Berola, uma ótima substituição. Por sinal, como havia dito no tópico anterior, acho que o Vitória deveria mudar o esquema tático, com a eliminação de um volante, a manutenção dos 03 zagueiros e a entrada do Berola, dando mais velocidade ao ataque e fazendo aproximação ao centro-avante cone Roger, que sendo sincero, foi até bem ontem. Cometeu umas gafes básicas, afinal de contas ele continua sendo o Roger, um jogador limitado.

A entrada de Berola fez com que o time se movimentasse mais, deu mais velocidade às jogadas e animou o leão, que passou a ter o domínio da partida. Logos aos três minutos o cone Roger quase marcou de cabeça, em lançamento de Victor Ramos. O jovem Berola ditava o ritmo do Vitória e estava disposto a garantir de uma vez por todas a sua vaga no time titular e por fim a série sem vitórias do leão. O moleque estava endiabrado. Caía pela direita, pela esquerda, pelo meio, batia escanteio. Por falar em escanteio, alguém sabe me dizer se o Vitória treina este fundamento? Todos os jogadores se concentram no meio da área, na mesma posição. Ninguém povoa o primeiro pau, nem o segundo. Ninguém fica na sobra. Assim, a marcação fica fácil.

Se por um lado a entrada de Berola fez bem ao ataque, por outro, a saída do zagueiro Fábio Ferreira fez mal a zaga. O terceiro zagueiro do time ficava justamente na sobra, e com a saída dele os erros teriam que ser minimizados, e os cortes eficientes, o que não aconteceu. Victor Ramos continuava “espanando” as bolas, e o Fluminense se aproveitava disto. Em um lance isolado, com um lançamento de tiro de meta, o fluminense fez o seu segundo gol calando o Barradas.
Vitória 1 x 2 Fluminense

Porque todo zagueiro marca a bola, ao invés de marcar o adversário? Vai entender. Dois minutos depois, Apodi apareceu. Estava sentindo falta do “maluco beleza” jogando bem e fazendo suas jogadas em velocidade pela direita. No primeiro tempo o sacaninha quase marcou um golaço naqueles seus chutes de perna esquerda. E no momento mais importante ele levantou a cabeça, viu Domingues sozinho e deu um passe açucarado. Domingues[que é craque] demonstrou todo o nervosismo do grupo e finalizou errado, mas o cone Roger chegou a tempo de empurrar para o fundo das redes, marcando seu nono gol no certame, pondo fim a série de 5 jogos sem marcar e empatando a partida.
Vitória 2 x 2 Fluminense. [assista o vídeo dos gols da partida]

SÓ ASSIM PARA ROGER NÃO PERDER!

Após o gol, PCC agiu certo ao tirar o cansado Willian, mas errou ao colocar Ramon, pois a meu ver deveria ter colocado Bida. Ainda assim, Ramon entrou bem. Centralizou as jogadas, fez com que o time trabalhasse mais a bola, apareceu na área, tentou driblar. Um tempo no banco de reservas e era notável a diferença.

O jogo, este havia se tornado uma partida Kamikaze. O Vitória atacava muito, mas com um zagueiro a menos, e sem o meia esquerda, o lateral Ruy conheceu a avenida esquerda da defesa rubro-negra, e comprovou que os rubro-negros presentes estavam com a saúde em dias do ponto de vista cardiovascular.

O jogo seguia nervoso e as oportunidades surgiam sucessivamente para ambos os lados: Apodi, em um foguete acertou a travessão. O Fluminense não ficou atrás, e acertou a travessão do leão com Roni. O jogo continuava nervoso, e a torcida tensa sequer conseguia piscar os olhos. O Vitória tinha domínio da posse de bola, mas não conseguia ser eficiente nas finalizações e ainda dava espaços na zaga.

Domingues quase marcou um golaço, mas Fernando Henrique estragou a festa rubro-negra. Outro que estragou a festa, mas do Fluminense, foi Gléguer em outra grande defesa.
O arqueiro rubro-negro fez uma excelente partida. Cansei de dizer que poderíamos confiar nele.

Por fim, Bida entrou no lugar de Domingues. O Vitória continuava dominando a passe de bola, mas não era eficiente na criação e nas conclusões das jogadas. Parte da torcida, já sem esperança, começava a sair do santuário rubro-negro quando Berola, o endiabrado da tarde, sofreu uma falta na entrada da área. Confesso que não quis ver o lance, e fiquei lá enrolado em minha bandeira, abaixado, concentrado. Ramon, Bida e Leandro na bola. Pela distância, o ideal seria Leandro ou Ramon cobrarem. Ramon cobrou, mal, diga-se de passagem. Ramon, com a idade avançada não tem mais velocidade, ainda tem um bom passe, mas não entendo porque perdeu a precisão nas cobranças de faltas. Este fundamento deveria ser o trunfo dele, pois depende única e exclusivamente da técnica. Aliás, um gol àquela altura, poderia até mesmo garantir uma vaga entre os jogadores de confiança do treinador.
Já conformado com o placar, e ansioso pelos quatro minutos a mais de acréscimos mantive-me esperançoso. Só saio quando o juiz apita, e isto já me rendeu frutos maravilhoso, como no caso mais recente, aos 47 minutos contra o Grêmio. Desta vez, quase o feitiço virou contra o feiticeiro, e se não fosse o goleiro Gléguer, eleito a muralha da rodada, amargaríamos uma derrota.
GLÉGUER FOI ESPETACULAR! FEZ DUAS DEFESAS MARAVILHOSAS, AOS 48 MINUTOS DO SEGUNDO TEMPO, GARANTINDO ASSIM O RESULTADO!Parabéns Gléguer. Sempre compromissado, nunca reclamou da reserva e sempre honrou seus compromissos.

Fim de jogo, mais um resultado ruim, distância aumentada para o G-4[agora de 5 pontos] e início das críticas e especulações. Não achei o time tão mal, mas nervoso, despreparado psicologicamente. É necessário mexer com os brios dos atletas, sacudir o elenco e mostrar que eles são capazes, afinal de contas, 15 rodadas no G-4 não são por acaso.

Não tenho motivos para creditar a falta de vitórias a PCC, que a meu ver, tem feito o que pode para fazer o time voltar a vencer. Agora é ter paciência e trabalhar.Sobre as especulações de treinadores, não sou a favor da demissão de PCC, mas caso isto venha a acontecer, acho que Mancini não seria o nome ideal. Considero Mancini um excelente treinador, mas se questionam problemas de PCC com os atletas, com Mancini tais problemas se evidenciaram e agravariam. Ramon, Uéllington, Bida, Jackson e mais alguns jogadores do elenco possuem problemas com o treinador e isto pode se agravar criando uma antipatia maior por todo elenco.

Renê Simões, demitido ontem do Coritiba, também não acho o nome ideal. Acredito que a diretoria não deve apostar em nenhum dos dois citados anteriormente. Podem ter certeza que se PCC cair, um nome não especulado pode surgir. Nelsinho Batista, ou algum técnico emergente pode aparecer. E até mesmo a tão esperada efetivação do Ricardo Silva, que já trabalhou com grandes treinadores e conhece todo o grupo.

Uma coisa é certa, neste momento tão conturbado temos que apoiar o grupo. O time de 2009 completará o primeiro turno com menos pontos que o time de 2008, mas em contrapartida terá tempo suficiente para e reerguer da crise e voltar a brigar pelo G-4, o que não foi possível em 2008, pois a crise aconteceu durante o segundo turno, e quando o futebol havia voltado já era tarde demais.

Acredito em um crescimento do time e a volta ao G-4. Agora é determinar as prioridades entre Brasileiro e Sulamericana, ou entrar para vencer o coxa por uma boa diferença de gols nesta quinta, podendo assim poupar alguns jogadores chaves, como Domingues, no jogo de volta.

Acorda Leão, estamos contigo.

SRN


VITÓRIA 2 x 2 FLUMINENSE

Vitória: Gléguer; Wallace, Fábio Ferreira (Neto Berola) e Victor Ramos; Apodi, Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues (Bida) e Leandro; Willian (Ramon) e Roger.
Técnico: Paulo César Carpegiani

Fluminense: Fernando Henrique; Ruy, Edcarlos, Luiz Alberto e Augusto; Diogo, Wellingon Monteiro, Marquinho e Conca (Tartá) (Diguinho); Roni e Kieza (Alan).
Técnico: Renato Gaúcho

Data: 09/08/2009 (domingo)
Local: Barradão, em Salvador
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa-RS)
Auxiliares: Paulo Ricardo Conceição (RS) e José Silveira (RS)
Renda: R$ 159.000,00
Público: 7.853 pagantes
Cartões amarelos: Victor Ramos (V) Augusto, Diogo (F)
Gols: Willian, aos 14min, e Luiz Alberto, aos 29min do primeiro tempo; Roni, aos 8min e Roger, aos 10min do segundo tempo

Confira os resultados dos jogos da 18ª rodada do Brasileirão 2009:
08/08/09 (sábado)
Santos 2 x 2 Avaí
Botafogo 0 x 1 Atlético-PR
Náutico 2 x 1 Santo André
09/08/09 (quinta-feira)
Flamengo 1 x 0 Corinthians
Vitória 2 x 2 Fluminense
São Paulo 3 x 1 Goiás
Coritiba 1 x 3 Cruzeiro
Barueri 1 x 0 Grêmio
10/08/09 (segunda-feira)
Internacional 3 x 0 Sport
12/08/09 (quarta-feira)
Atlético-MG 1 x 1 Palmeiras

Sobre o Brasileirão 2009:
Veja a Tabela de classificação.
Veja apenas os jogos do Vitória.
Veja a artilharia completa.
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