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[ENTREVISTA] Cerezo e Falcão no Esporte Espetacular

Dentre as voltas que dá, o mundo do futebol costuma apontar surpresas. A mais recente delas, uniu dois velhos conhecidos. Toninho Cerezo e Paulo Roberto Falcão são amigos há mais de 30 anos.

Considerados dois dos maiores jogadores de suas posições na história do futebol, Cerezo e Falcão estarão de lado opostos neste domingo para o clássico entre Bahia e Vitória.

Anunciado nesta semana como técnico do Bahia, Falcão encontrou nesta semana com o amigo e treinador do Vitória Toninho Cerezo. O encontro foi acompanhado pelo Esporte Espetacular, capitaneado pelo apresentador Cléber Machado.

Os três relembraram diversas histórias sobre as carreiras de Cerezo e Falcão. Desde o primeiro encontro em 1976, em uma semifinal de Campeonato Brasileiro, quando Falcão defendia o Inter e Cerezo o Atlético-MG, o destino tratou de unir os craques.

Companheiros de Seleção Brasileira na memorável Copa de 82, de Roma e ídolos do futebol mundial, Cerezo e Falcão falaram sobre diversos assuntos que envolvem o mundo da bola.

Falcão contou sobre o peso que Cerezo carregou durante anos por um erro na partida entra Brasil e Itália, que marcou a desclassificação da Seleção Brasileira no Mundial da Espanha. O Ba-Vi, que em 2012 completa 80 de disputa, não ficou de fora.

- A recepção do Cerezo foi um Ba-Vi! Tomara que termine uns 5 a 5 – brincou Falcão.

Confira trechos do bate-papo de Cerezo e Falcão para o Esporte Espetacular:

Falcão e a última passagem pelo Inter
- Foi uma situação em que eu aprendi bastante.

Cerezo e a experiência como treinador no exterior
- Eu fiz o caminho de grandes treinadores. Fui treinador no Japão, nos Emirados. Nesse nosso mundo do futebol, a gente aprende todo dia. E nesses países você faz quase tudo. Você não é só treinador.

O Barcelona de Guardiola
- É um time fantástico com a bola e excepcional sem ela – Falcão.

- É uma safra fantástica. É preciso destacar a influência holandesa. Quando treinadores holandeses eles tiveram? Isso é fruto daquele time da Holanda que chegou em duas finais de Copa, em 74 e 78 – Cerezo.

Dificuldades dos treinadores no Brasil
- Temos que repensar o futebol brasileiro. Me incomoda muito, a coisa do “o futebol é assim”. O futebol não é assim. Alguém fez ele assim. Isso vale para todo mundo. Imprensa, treinadores, jogadores. É preciso repensar a cultura do futebol no Brasil.

Futebol Italiano
- Eu já jogava no Roma, aí indiquei o Cerezo. Ele foi para lá. Eu queria os caras bons do meu lado – Falcão.

- Ele tinha bons companheiros, mas que não marcavam. Eu cheguei. Eu marcava, tinha um excelente último passe, aí encaixou. Fiz gol de gol do título da Copa do Rei em cima da Sampdoria. Depois meu contrato acabou e eu fui na Sampdoria e fui muito feliz. Fiquei seis anos lá – Cerezo.

Adriano/Corinthians
- É preciso chegar no jogador e falar: “Você quer jogar ou não?” – Cerezo.

- Você tem que dar chance, mas a oportunidade e paciência caminham lado a lado. Você dá uma, duas, três chances, na quarta vê que não dá mais – Falcão.

Flamengo/Luxemburgo
- Conheço o Vanderlei e ele é um cara disciplinador. Achei que a diretoria deveria ter dado mais apoio a ele – Cerezo.


Tratamento do grupo
- É preciso conhecer muito o grupo. Para saber lidar você tem que conhecer. Tem que trabalhar o lado psicológico e lado técnico. Nesse ponto é importante você delegar funções dentro da sua comissão técnica.

Que jogador pode atuar na função que Cerezo e Falcão faziam
- Acho que o Ganso pode ser esse homem, mas jogando como terceiro homem de meio campo – Cerezo.

- O Hernanes é um jogador que acho que se encaixa nesse perfil - Falcão.

Neymar
- É diferente. Diferenciado. Craque – Falcão.

Mano Menezes e Seleção Brasileira
- Torço muito pelo Mano. É um cara que se preparou para chegar até a Seleção. Tenho certeza que ele vai fazer um grande trabalho – Falcão.

- Somos privilegiados. Temos sempre grandes safras. Igual ao Brasil não existe – Cerezo.

Telê Santana
- Conheci o Telê, eu tinha 12 anos de idade. Foi um mestre – Cerezo.

Sarriá, Copa de 82
- 82 foi o auge daquela geração. O Brasil entrou para jogar. Queríamos jogo. Tanto que no final, o Oscar quase faz aquele gol – Cerezo.

- O Brasil não jogou mal diante da Itália. Tem uma história que oito anos depois, na despedida do Júnior, foi feito uma revanche daquela partida. Ganhamos de 9 a 1. Ganhamos o jogo errado. No final, o Cerezo chorava e me abraçava. Como se tivesse alguma culpa, mas se vocês lembrarem. Se não fosse ele, eu não teria feito aquele gol. O do empate. Quando ele passa, leva os três marcadores da Itália. Eu fico de frente para o Zoff - Falcão.

O desafio
O grande desafio hoje em dia é montar um time que ganhe, mas que ganhe jogando bem - Falcão. (Eric Luis Carvalho / GloboEsporte)
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