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Entrevista de Julian Viáfara - 12/08/09

Foto: goleiro Viáfara - EC VitóriaSaiu ontem (12/08/09) no BahiaNotícias uma entrevista com o goleiro Viáfara, vale a pena ler! Você sabia que Viáfara começou a atuar como atacante? Grifei de vermelho alguns trechos que achei bem interessantes.

Bahia Notícias – Você se tornou ídolo da torcida do Vitória muito rápido. Ao que se deveu isso e quando foi que você sentiu que tinha caído nos braços dos torcedores?
Viáfara – Não me sinto tão ídolo assim. Percebo que a torcida tem confiança e apoio incondicional pelo meu trabalho. Acho que só me tornarei ídolo mesmo quando conseguir ser campeão brasileiro ou quando levar o Vitória para uma Libertadores. Aí sim, acho que poderei carregar esse status de ídolo. Mas a torcida do Vitória sempre me apoiou muito e levantou minha moral. Eles têm muita força dentro do clube e nos jogos também.

BN – Você já foi até apelidado de “Paredão do Leão”. Como é sua relação com os torcedores nas ruas, é muito abordado?
Viáfara – Ah, é sempre muito boa a relação. Eu sou muito grato pela torcida do Vitória porque no Brasil existem goleiros ótimos, da mesma forma que aqui no Vitória e para mim é uma honra eles confiarem tanto em mim, me ajuda a sempre melhorar. Nas ruas sinto muito carinho e apoio dos torcedores.

BN – Conta como foi sua trajetória dentro do futebol e analisa seu trabalho no Vitória, desde a chegada até hoje.
Viáfara – No futebol eu comecei como jogador de linha, né?! Atuava como atacante, mas não tinha boas características para posição, aí virei zagueiro, joguei por um tempo na posição, mas também não deu certo. Foi quando eu resolvi ir para o gol, aí vi que tinha certo talento, atuava bem e comecei a fazer sucesso. Comecei a jogar no profissional com 17 anos, na Colômbia. Joguei por cinco anos no Deportivo Independiente de Medellín e, na época, convivi com muitos goleiros top de linha, como o Higuita. Logo depois fui para o América de Cali, onde eu fiquei mais cinco anos e onde eu cresci completamente como profissional de futebol. Peguei muita gente boa pelo meu caminho que me ensinou muitas coisas, foi como minha formatura no futebol. Então, logo depois vim para o Brasil, já bem experiente, e fiquei três anos no Atlético Paranaense. No Atlético disputei um turno do Brasileiro como titular e fiz duas partidas pela Copa do Brasil atuando. Foi quando fui emprestado para o Vitória, cheguei no começo do Brasileiro do ano passado, fiquei uma partida na reserva e depois já comecei na titularidade. Na época, o Ney era o goleiro titular, mas acabei entrando no jogo seguinte e conquistei a vaga.

BN – Qual foi seu melhor e pior momento no Vitória?
Viáfara –Meu pior momento aqui no Vitória foi o primeiro Ba-Vi que eu joguei, foi quando eu falhei nos dois gols deles. O primeiro foi uma falha mais simples, mas no segundo dei de presente para o atacante marcar. Foi muito difícil porque clássico está acima de qualquer outro jogo, é onde você não pode errar e o Vitória perdeu com a grande responsabilidade minha. O melhor momento é difícil de achar. Aqui no Vitória eu tive grandes momentos. Acho que eu sou um iluminado aqui dentro. Eu poderia escolher a conquista do Baiano esse ano, mas acho que ter vindo para o Vitória foi o meu verdadeiro melhor momento.

BN – Qual você considera ser sua melhor qualidade como goleiro e quem você mais admira nesta posição?
Viáfara – Não sei se isso seria uma qualidade, mas eu sou um cara que tento melhorar a cada dia, progredir e buscar ser o melhor sempre. Sou uma pessoa que insisto em melhorar, insisto em me firmar sempre. Até hoje no Vitória não me sinto titular absoluto, então trabalho muito para sempre me firmar no time e desenvolver meu estilo de jogo. O goleiro que eu mais admiro é o Edwin Van der Saar, que joga no Manchester United. È um jogador que tem 40 ou 41 anos e continua com uma performance muito boa e com uma técnica inconfundível. Gosto muito do estilo dele.

BN – E sua habilidade com os pés, não conta?
Viáfara – Sim, claro. Tenho costume de jogar mais com os pés porque já fui jogador de linha, como já disse. Além da minha escola sul-americana, em que o goleiro trabalha muito a bola com os pés. Acho muito importante o goleiro saber atuar com os pés, é um diferencial. O time ganha muito com reposição de bola e ainda deixo os zagueiros mais tranqüilos em lances de recuo. Esse é um fundamento antigo na escola sul-americana e no futuro próximo, o goleiro terá, de qualquer forma, que saber jogar muito bem com os pés também.

BN – Como anda sua situação com o Vitória? Quando encerra o contrato e você pretende renovar com o clube?
Viáfara – Ah, meu contrato termina agora em dezembro. Meu contrato se encerrou ano passado, mas eu não quis voltar para o Atlético-PR, preferi ficar no Vitória e renovar por mais um ano. Ainda vamos conversar para decidir tudo, mas ainda não estou pensando nisso. Estou focado no Campeonato Brasileiro, quero voltar logo e ajudar o time nesse segundo turno da competição. Gosto muito daqui, mas ainda não é hora de pensar em novo contrato. Na hora certa resolveremos.

BN – Já recebeu propostas para deixar o Vitória nesse tempo de clube?
Viáfara – Não, não. Propostas oficiais não. Sempre existem sondagens, especulações, mas ninguém veio ainda falar comigo de forma concreta.

BN – O que você achou da demissão do técnico Paulo César Carpegiani? Você acha que foi a hora certa para demissão?
Viáfara – Eu não sou ninguém para falar se a diretoria errou ou acertou. Acho que o trabalho do Carpegiani foi muito bom. É um cara muito honesto, leal e que, acima de tudo, sabe muito de futebol. Acho que ele errou, como nós também erramos dentro de campo. A culpa não foi dele, foi do todo. Parece óbvio, mas foi isso mesmo. No meu ver, ele errou em alguns pontos, porém, nós, jogadores, que estamos lá dentro do campo e podemos resolver, erramos muito também. A diretoria optou em tirá-lo e isso é incontestável, pelo menos para nós, que somos funcionários. O torcedor tem o direito de reclamar. A questão é que Carpegiani nos ajudou muito e deixou muitas coisas boas no Vitória. A vinda dele foi um somatório, foi um grande cara com quem trabalhei.

Foto: goleiro Viáfara - EC Vitória
BN – Qual foi, então, o verdadeiro motivo da queda de produção do Vitória. O grupo, como um todo, não estava mais se adaptando ao estilo de Carpegiani?
Viáfara – Eu acho que nosso grupo é formado por jogadores de pouca experiência, um grupo jovem e no Brasileirão, a cada rodada que passa, a pressão aumenta e os concorrentes evoluem. A torcida tem que saber que o Vitória não está enfrentando times fáceis. Da mesma forma que queremos ganhar, quem está do outro lado pensa a mesma coisa e às vezes tem mais condições para isso do que nós. Eu acho que a inexperiência do time influenciou muito. É difícil segurar a pressão, mas também não existe outra forma de aprender senão tentando fazer o melhor.

BN – E em relação a sua contusão, qual é o progresso e qual a previsão de volta aos gramados?
Viáfara – A contusão está melhorando bastante. Estou me tratando noite e dia para voltar o mais rápido possível. É difícil, pois é um local que o goleiro depende muito: os dedos. Então, tenho que estar cem por cento para voltar. A previsão é de que eu volte aos treinos já no final da próxima semana, a partir do dia 22 de agosto. Não aguento mais ficar de fora e quero voltar logo.

BN – Como analisa as atuações do seu goleiro reserva, Gléguer, com a sua saída momentânea do time?
Viáfara – Ah, o Gléguer tem total capacidade. Ele tem todas as condições de brigar pela titularidade porque é um grande goleiro. Eu fico feliz de ele estar correspondendo. Trabalho com o Gléguer a mais de um ano e sei de suas capacidades. Estou torcendo muito para que ele tenha sucesso e quero o ver continuar a brigar pelo seu espaço, pois, quando eu voltar também vou querer minha posição. Quem ganha com isso é o Vitória e nós também que evoluímos ainda mais na nossa forma de jogar. É mais uma motivação.

BN – Você acha que com esse elenco o Vitória pode voltar a disputar as primeiras posições na tabela do campeonato?
Viáfara – Eu acho que pode, sim. Resta a nós nos conscientizarmos disso, ter uma autocrítica e buscar evoluir dentro de campo. Temos que nos unir. Não só os jogadores, mas a diretoria, a torcida, a imprensa. Dessa forma eu acho que o Vitória pode sair dessa situação. Apesar de jovem, o grupo tem muito talento. Se cada um perceber que pode jogar igual ou melhor que os outros que estão por aí, a gente vai longe. Em nenhum lugar tem mais do que aqui. Somos grandes e temos que saber disso, assim voltaremos a ganhar.

BN – Como você avalia a torcida do Vitória, que não costuma encher o estádio, mas é muito crítica em relação ao time?
Viáfara – Eu não gosto muito de opinar se a torcida comparece ou não comparece. Isso é característica de cada torcida e não faz da nossa pior do que as outras. Cada torcida tem seu perfil. Às vezes, uma torcida que enche muito estádio acaba prejudicando o time na sua forma de torcer, pela pressão que faz. Não estou dizendo que encher o estádio é ruim, mas acho que cada clube se adapta e segue bem com a torcida que tem. Eu acho que a torcida do Vitória sabe quando é para comparecer e quando não é e ninguém pode dizer que eles estão errados ou não são bons torcedores. Tem clube que passa o campeonato todo na primeira colocação e a torcida só comparece na final de Libertadores. Se algo tem que mudar, a decisão tem que ser dentro da própria torcida. A meu ver, a torcida Rubro-negra é muito forte e ajuda o time sempre da sua forma.

BN – O que você ainda pretende conquistar no futebol. Passa pela sua cabeça encerrar a carreira no Leão?
Viáfara – (Risos) Acho que ainda é muito cedo para pensar em encerrar a carreira aqui. A não ser que o Vitória faça um contrato comigo de 10 anos (risos). O meu objetivo é sempre melhorar. Continuar trabalhando forte sempre e apresentar coisas boas. Sonho em disputar uma Libertadores, sonho com o Vitória campeão brasileiro, sonho em ser escolhido como o melhor goleiro do Brasil. São coisas que a gente sempre pensa e faz parte. O importante é nunca parar o trabalho e dar o máximo a cada dia.

BN – Deixa um recado para o torcedor rubro-negro que lê o site.
Viáfara – Eu primeiro tenho que dizer que fico grato com o apoio que a torcida sempre teve comigo, tanto nos momentos que errei, como nos momentos de felicidade também. Posso dizer que de mim nunca vai faltar empenho. Sempre me doei para o Vitória e isso não vai parar. Peço que a torcida continue nos apoiando, apoiando o time, pois não tem outra forma de seguirmos em frente. Vamos acreditar que as coisas podem melhorar na sequencia do campeonato.

Entrevista por Felipe Esteves.
Link da entrevista no BahiaNotícias.

Leia outras entrevistas de pessoas ligadas (ou não mais) ao EC Vitória.
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Comentários
4 Comentários

4 comentário(s):

Anônimo disse...

grande goleiro ,grande ser humano e boa resposta em relaçao a torcida e comparecimento ao estadio .Falando em torcida, a do jahia n~~ao colocou nem 5 mil na estreia de paulo isidoro(longe da fonte nova ta dificil encher o acanhado estadio de pituaçu)se nos anos anteriores o jahia tinha m´´edia de publico ce 30 a 35 mil,nesse ano despencou para 8mil

Anônimo disse...

se nos anos da velha fonte o jahia liderava a m´´edia de publico nas tres divisoes em pituaçu a sua media ´´e ridicula e nem ficaria entre as 20 maiores do brasil.
como querem cobrar uma m´´edia maior do vitoria que joga num estadio no meio da favela com muito mais stress na chegada e na saida???????????????acordem pra vida cambada

Lucas Serra disse...

Gostei da entrevista. Nota-se que é um grande profissional e que está feliz por estar jogando no Vitória.

Anônimo disse...

Meu deusm que foda! Fiquei sem palavras agora, Viafara você ja é o Melhor goleiro do brasil pra mim, não só pra mim, mais sim pra todos os torcedores da naça Rubro Negra!!! Vc é a nossa vida, o nosso orgulhom te amamos!!

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