Estou sorumbático! A situação do nosso Vitória está realmente muito difícil. Ontem (08/10 – Barradão, 21h), na partida contra o Goiás (2 X 2), até que o time jogou bem, mas novamente vacilou DE FORMA IMPERDOÁVEL.
Os jogadores e a comissão técnica precisam entender que o fundamental agora é VENCER, jogando bem ou mal, a essa altura do campeonato pouco importa a forma de jogar, ganhar os três pontos É O ÚNICO RESULTADO QUE INTERESSA.
Da mesma forma que ocorreu em outras partidas, ontem também entregamos bobamente o resultado. Os gols tomados no intervalo de três minutos foram objeto de falhas e extrema desatenção da equipe. E ISSO NÃO PODE OCORRER.
Diferente de outros clubes que estão na primeira Divisão, o Esporte Clube Vitória vem honrando a duras penas os seus compromissos financeiros com os atletas e com a Comissão técnica, com os salários e obrigações patronais em dia. A Comissão técnica, por sua vez, planeja um sistema de rodízios, leiam-se folgas (em minha opinião, DESMERECIDAS), para os atletas não se desgastarem excessivamente nas duas competições que disputamos (Brasileiro e Sulamericana).
Interessante é que o time “misto” tem sido mais eficaz do que o dito time “principal”, pelo menos nos quesitos de dedicação, raça e resultados obtidos.
O que novamente ocorreu ontem, NÃO PODE MAIS ACONTECER SOB PENA DE SERMOS REBAIXADOS DE DIVISÃO e aí os prejuízos serão enormes para o clube. Os jogadores e a Comissão Técnica têm que entender que o jogo só acaba quando termina e não há partida ganha, nem perdida, antes do apito final do juiz.
O time tem que entrar ligado em 220 volts o tempo inteiro. Ontem, o técnico até escalou bem, mas mexeu muito mal, tal como havia feito na partida contra o Galo em que ele tirou Kadu e o time desandou, deixando escapar a chance do empate fora de casa. Ontem perdemos mais dois preciosos pontos, só que em casa e para um adversário direto contra o famigerado rebaixamento.
As substituições feitas por Ney Franco não foram boas, nosso ídolo e dedicado Escudero, de tanto ser poupado, está visivelmente sem ritmo de jogo; Adriano tem falhado muito na marcação e complicado o time em momentos essenciais da partida. Ontem foi mais uma delas (se esse Adriano fosse atleta da nossa base, já tinha sido defenestrado pela Comissão Técnica e por parte de nossa torcida); e alguém precisa avisar ao fominha do Pica Pau que futebol é jogado coletivamente, até porque ele não é o craque que pensa que é. Com ele perdemos chances de contra ataques que poderiam nos dar a Vitória.
Lamentavelmente, com Ney Franco tem sido assim, uma no cravo e três na ferradura. Mas, apesar de tudo, ainda há um resquício de esperança de que ao final tudo dará certo, afinal de contas ainda temos chances, mesmo que remotas. O Esporte Clube Vitória é um clube grande e estruturado que honra com seus compromissos com os atletas e com a Comissão Técnica e, o MÍNIMO que eles AINDA podem fazer é se dedicarem ao MÁXIMO para MANTER O VITÓRIA NA PRIMEIRA DIVISÃO. PRECISAMOS EXIGIR ISSO DA COMISSÃO TÉCNICA E DOS JOGADORES.
Mais uma vez desabafo: Estou sorumbático!!!
Vamos à luta, pois sem luta não há VITÓRIAS e precisamos mais do que nunca delas.
Por: Pedro Dórea
Bel. em Direito e Conselheiro do EC Vitória