Porém, depois me raciocinei todo e lembrei que as putas, ao contrário do time do Vitória hoje, têm dignidade.
Sei que algumas polianas, aquelas que sempre querem enxergar o mundo cor de rosa, irão dizer que num é pecado ser derrotado pelo Grêmio lá em Porto Alegre. Óbvio que não. Aliás, se fosse, o Leão já estaria com o passaporte carimbado, avaliado e rotulado direto para o inferno. Porém, uma coisa é perder com o mínimo de hombridade, outra é se aputar, ops, digo acovardar-se. (Peço novas desculpas às moças que labutam no cotidiano com honradez. Definitivamente, elas não merecem esta má comparação).
Como assim? Assim, ó.
Ao saber que não contaria com Renato Cajá, Caio Jr. sacou do coldre todo seu estoque de eufemismo e informou nos microfones da vida que o time jogaria “mais compactado” em Porto Alegre.
Que beleza. Quando nada, fiquei mais sabido. Aprendi que jogar “mais compactado”, no linguajar do indigitado, é sinônimo de ser pusilânime – se bem que até este termo é muito suave para o que ele fez hoje com o Leão e, consequentemente, para aquilo que o Leão fez com sua torcida.
PUTAQUEPARIU A COVARDIA!!!
Porém, como desgraça pouca é bobagem, o técnico decidiu levar a campo uma companheira ideal e quase inseparável para a covardia, a burrice. Assim, uma vez mais, substituiu Dinei (que, é fato, jogava muito pouco, quase nada) por um cidadão que se for chamado de medonho será um elogio. E é bom ressaltar que não é a primeira vez que ele queima uma substituição de modo completamente desnecessário. Como castigo, o time terminou a partida com um jogador a menos.
É óbvio que, como já afirmei anteriormente, o jogo desta quarta-feira à noite não foi de todo inútil. Serviu também, por exemplo, para que eu consolidasse a certeza de que Deus tem uma inexplicável comiseração dos covardes & burros. Sim, só pode. Afinal, se o Todo Poderoso deixasse correr frouxo, era para o Rubro-negro levar um sapeca inolvidável. E, ato contínuo, a prestativa & competente & visionária diretoria do Leão já estaria nas rádios amigas anunciado a volta do genial Ricardo Silva.
Hômi, quá; sinhô, me deixe, viu valera!!!
Ah, sim, sobre o jogo em si não gastarei meu pecaminoso latim em respeito às senhoras que frequentam este insalubre recinto. Elas não merecem ouvir o estoque de palavrões que está preso aqui, no canto da boca, misturado com aquele sabor insuportável de bota de sargento e soda cáustica.
Então, para dormir o sono dos justos, peço apenas ao piedoso Senhor que me sirva urgentemente um caldo de cana contaminado com a cachaça de santo Amaro. Com certeza, esta receita me fará menos mal à saúde do que testemunhar o time de Caio Jr. jogando “mais compactado”.
Por: Franciel Cruz