Assim como na quarta-feira, a derrota para o Feirense neste domingo já era esperada, sem grandes mistérios. Time desorganizado, sem ânimo e abusando de erros primários no setor defensivo.
Agora, falando de novo no rubro-negro, volto a frisar que o futebol é muito simples. Qual a palavra chave do futebol hoje em dia? Fácil: dinamismo. Escrevo isso porque colocar Lúcio Flávio no time titular, com um calor de quase 40 graus, é no mínimo um suicídio. Lúcio tem quase tudo que um jogador precisa: técnica e inteligência, mas falta a ele o mais importante, que é a dinâmica de jogo.
Com Tartá e Arthur Maia no banco, mais jovens e melhores fisicamente, deixar Lúcio na equipe é querer chamar o adversário para o campo defensivo para tomar pressão. O Feirense conseguiu segurar o rubro-negro o tempo inteiro. Neto Baiano se virou nos trinta, correu como sempre, mas seu isolamento era nítido. Isso estava claro que aconteceria.
O que me chamou a atenção também foi a falta de agressividade do Leão. Parecia um confronto de times pequenos. Esse desempenho da equipe durante toda esta temporada preocupa muito. Segunda divisão, como todos nós sabemos, não é brincadeira. Lembram-se do ano passado?
Volto a repetir: se não mudar o comportamento, vai perder o título novamente e sofrer na Série B. É preciso um treinador com uma certa urgência. Só ter um grupo unido e fechado não vai resolver nada. Se a tática ficar em segundo plano, o ano será sofrido, mais uma vez, infelizmente para os rubro-negros.
O Feirense não tem nada a perder. Já o Vitória tem muito. A torcida precisa comparecer ao Barradão para fazer sua parte, pois o adversário de Senhor do Bonfim mostrou que pode surpreender.
Por: Maurício Naiberg