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O avesso do avesso. Por Franciel Cruz.

O Norte/Nordeste de Amaralina e uma banda do Vale das Pedrinhas sabem, até porque ja ensinei aqui, que a imprevisibilidade é uma marca indelével na história do Esporte Clube Vitória. Porém, neste ano da graça de 2001, o Leão tem transformado esta sentença num inflexível axioma. Não bastasse desmoralizar a matemática e diversas leis da lógica, o Rubro-Negro agora resolveu tripudiar até mesmo da infalível Lei de Murphy.


Seguinte é este. Ou melhor, foi este.

Depois de ganhar seguidamente de dois concorrentes diretos (bateu o Náutico no Santuário e brocou o Boa fora de casa), tudo indicava que iríamos sofrer o fermento que o Demônho pisou no jogo contra o maloso Salgueiro. Mas qual o que! Com menos de 15 minutos, o placar, digo o datashow do Barradão, já marcava 2 x 0.

No entanto, os sacanas que apenas acompanham as pelejas através dos escrotos radialistas (desculpem, mais uma vez, a redundância) não fazem idéia das dificuldades da última sexta-feira. É óbvio que não falo dos obstáculos impostos pela retranca da escola de samba, pois a zaga adversária estava uma avenida maior do que a Sapucaí.

O póbrema, amigos de infortúnios, foi de outra ordem: conseguir chegar ao estádio. Que labuta dos seiscentos!!! Para que vocês tenham uma idéia, o já caótico trânsito de Salvador piorou e ficou mais lento do que a diretoria do Vitória, se é que isto é possível.

Assim, fui obrigado a descer do glorioso Pau da Lima ainda na Paralela e realizar uma paletada mais árdua do que grande marcha de Mao Tsé-Tung – e não exatamente pela distância percorrida, mas sim pelos dissabores. Enquanto o comunista apreciava as paisagens do Noroeste do China, tive que enfrentar os neuróticos motoristas baianos e suas insaciáveis buzinas misturadas aos gritos de louvor de pastores evangélicos não menos neuróticos.

Como sói ocorrer nestes momentos de aflição, procurei refúgio no bar mais próximo, no pacato Bairro de Nossa Senhora da Vitória, conhecido também como Canabrava. Por falar em cana brava, fazia tempo que num via tanto cachaceiro junto. Nem bem cheguei ao recinto, um deles se aproximou e gritou: “Eu sou Vitoria, porra!” Calmamente, respondi: “Tá bom. Todo mundo que era Vitória morreu, ficou só você e sua…”

Nem tenho tempo de terminar o desaforo e Gilberto lança Fernandinho que manda a criança para o zagueirão do salgueiro completar para o barbante. O cidadão que havia me recepcionado de forma rude, torna-se meu amigo de infância e me dá uns tapas nas costas que tossi tanto que relembrei de minha tuberculose dos tempos de menino. A partir de então, e pela primeira vez na vida, torci fervorosamente para o Vitória não fazer mais nenhum gol – minha estrutura óssea não aguentaria o baque. Aliás, o baque veio no final do primeiro tempo. O salgueiro marcou um gol e eu me piquei. Coelho era quem ia ficar lá para ver a reação daquela galera, não eu.

Subo a pirambeira e chego ofegante no estádio, sem força até para xingar Benazzi, que tira Fábio Santos, Gilberto e Geovanni e deixa Marquinhos, o gênio franzino sofrendo em campo. A porra da lei de Murphy revidou e nosso craque, o único jogador diferenciado da equipe, contunde-se. Vai nos privar dos seus gols e de sua categoria por duas partidas. Além disso, Jean, numa jogada bisonha, toma o terceiro cartão amarelo. Não que este sacana seja um exemplo de zagueiro. O problema são os substitutos. E as coisas que se encaminhavam para a tranquilidade, voltam ao estágio de tensão e imprevisibilidade. Mas, como o Vitória tem sido o avesso do avesso, é muito provável que façamos nossa melhor partida contra o americana, confirmando a louca profecia de São Burndown Chart.

Amém.

Por: Franciel Cruz (@ingresia)

P.S Como chibança pouca é bobagem, um amigo me contou que havia uma senhora nas arquibancadas xingando deus, o mundo, os quero-quero e até este cansado locutor. É graça uma porra desta?
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Comentários
5 Comentários

5 comentário(s):

Cleber Leite disse...

Uma observação matemática: Capacidade Total de 34.842 pessoas. Cadeiras:6.268. Perdi os dois primeiros gols da partida por causa do congestionamento no lado de fora. Perdi o terceiro gol do Leão e o gol do Salgueiro porque não conseguia um lugar para enxergar o campo de tão cheio que estava (e olha que tenho mais de 1,80m). Somente fiquei mais confortável no segundo tempo qdo foi aberto o portão para a área da torcida visitante para os torcedores do Vitória (que logo lotou). Só vi espaço pra sentar na área das cadeiras. Como é que computaram um público menor que 27 mil???!!! Acho que fizeram mágica nas catracas.

André Novaes disse...

É fato que o Barradão já não suporta mais 35.000 pessoas por varios motivos: Acesso, Estacionamento, aumento do espaço das cadeiras, alambrado.
O que Cleber passou aconteceu comigo da mesma forma. Como pode o Barradão comportar 35.000 pessoas se elas não conseguem chegar ao local do jogo, se elas não tem dinheiro pra comprar ingresso pra cadeira e se ninguém quer ver o jogo pelo buraco do alambrado ?
É um absurdo com quem paga antecipado através do SMV ser tratado dessa forma pela diretoria do clube. Vários amigos meus (inclusive eu) disseram que não vão no próximo jogo porque ninguém é cachorro pra passar por essa situação novamente.

Anônimo disse...

Amigos rubronegros, esse jogo com o americana é vital para voltarmos à serie A,por isso precisamos vibrar positivamente,durante todo o dia. Precisamos levara nossa força mental para ajudar aqueles que estarão em campo. Nosso pensamento tem que ser positivo, é preciso pensar em todos os segundos do dia na vitoria do Vitória. Vamos empurrar esse time, vamos levar nossa força mental para fazer com que cada um dos jogadores e a comissão técnica deem o máximo e que sejam felizes em suas decisões. Repassem esse comentário para o máximo de torcedores que puderem. Vamos ganhar!

Anônimo disse...

TB demorei de entrar e perdi o 1° e o 2° gol mais mais não me arrependo e vou de novo sabado com pensamento positivo.

SRN

Anônimo disse...

Uma saída seria retirar os velhos alambrados e colocar aquele material transparente que tem no estádio do Avaí e do Santos, acho que é acrílico. Ver o jogo através do alambrado é ruim mesmo por isso o torcedor prefere não ocupar as arquibancadas mais abaixo.

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