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Vitória 0 x 1 São Paulo: O fim da invencibilidade em casa

Vitória 0 x 1 São Paulo: O fim da invencibilidade em casa
Por: Lucas Rochas §iquilho [lucas.rochas@yahoo.com.br]


Um jogo muito equilibrado, duas contusões inesperadas, uma substituição mal-sucedida e um gol solitário que culminou no término da invencibilidade rubro-negra sob seus domínios neste brasileirão. Através destes quatro acontecimentos podemos sintetizar o que foi esta partida.

Em situações diferentes na competição, o São Paulo estava em uma crescente, vindo de 4 resultados positivos, enquanto o leão estava sem vencer há duas partidas e pretendia vencer, mantendo assim o bom retrospecto dentro de casa e a sua permanência no G-4 da competição.

O rubro-negro desfalcado do volante Uéllington e do zagueiro Victor ramos, promovia a estréia do Zagueiro Fábio Ferreira (Vindo do Grêmio) e do reforço de Roger (Ausente por cláusulas contratuais, pois seu passe pertence ao clube Paulista).
O jogo começou duro e tenso, com o rubro-negro logo de cara partindo para cima do time São Paulino, que extremamente "macetoso", administrava a posse de bola, quando a tinha sob domínio e esfriava o jogo, com toda categoria dos meias Hernanes e Marlos.
Após três partidas o Vitória voltava a jogar com a marcação adiantada, e o Itacaré se movimentava bem na marcação da saída de bola.

Entretanto, o São paulo possuía um cinturão defensivo na zona intermediária, dificultando completamente a ligação entre os meias e o centro-avante rubro-negro. Diferentemente das últimas partidas, PCC abriu mão de ter um segundo atacante e de um meia de aproximação de ofício, escalando Jackson que atuava extremamente recuado pela direita, cobrindo os avanços do ala Apodi, que deixou de ser ala e acabou se tornando um meia avançado, praticamente um atacante.
Eu particulamente prefiro Apodi na direita, vindo de trás em velocidade e criando jogadas ofensivas extremamente perigosas. Assim, a marcação nele se torna muito difícil. Apodi como meia, ou segundo atacante, se torna um jogador limitado, que não sabe driblar mano a mano, perdendo sua característica de velocidade e a habilidade de driblar em velocidade.

Como nas últimas partidas, o lateral esquerdo Leandro tem aparecido bem, e sempre com perigo e por duas oportunidades quase o Vitória marcava. Em uma delas o lateral saiu em velocidade pela esquerda, tabelou e recebeu à frente, cruzando em diagonal para o Lateral Apodi que chegou atrasado.

Enquanto o Vitória detinha o domínio da posse de bola, mas não chegava com muito perigo, o São Paulo cadenciava o jogo, e por duas vezes Borges ficou cara a cara com o gol de forma extremamente perigosa:
No primeiro lance, foi desarmado maravilhosamente pelo zagueiro estreante Fábio Ferreira, que por sinal, fez uma grande partida.
No segundo lance, em um cruzamento pela direita, o atacante novamente apareceu só, desta vez no segundo pau, e cabeceou de forma bisonha para fora.

Sem conseguir furar o bloqueio defensivo do tricolor paulista, o rubro-negro tocava bem a bola, mas não conseguia ter contato com o menino Itacaré, e não fazia o óbvio para partidas como esta: Arriscar de fora da área. Aliás, na única vez que tentou, o chute de Vanderson saiu forte e à queima roupa, e o goleiro Dennis acabou batendo roupa, mesmo com o chute vindo no meio do gol.
Por sinal, Vanderson deveria treinar mais chutes de fora da área.

O primeiro tempo chegava ao fim quando Jorge Vagner executou uma linda cobrança de falta e Viáfara, milagrosamente, fez uma defesa espetacular. Infelizmente o arqueiro rubro-negro acabou sofrendo uma contusão em um dos dedos da mão esquerda e acabou saindo de campo chorando. Tal fato decretou o fim do primeiro tempo.
Na volta do intervalo, o leão voltou com apenas uma alteração: O goleiro Gléguer assumiu o posto do arqueiro Viáfara, contundido. A partida continuava "encardida" e nenhum dos dois times chegou ao gol adversário com perigo eminente de gol. O Vitória, com mais dificuldades que no primeiro tempo, não conseguia criar e o atacante rubro-negro mantinha-se isolado. Falando em Itacaré, após uma bola alçada na área pelo lateral Apodi, o garoto acabou sentindo uma lesão muscular, e se tornou mais uma baixa no time rubro-negro. Bida o substituiu e com pouco tempo em campo já era notória a mudança do time.

Com Bida em campo, o time ganhou muito na qualidade dos passes, passou a trabalhar a bola com mais velocidade e a ter mais triangulações pela esquerda, com Leandro e Domingues. Se por um lado o time ganhou na qualidade do passe, por outro, perdeu em referência de área, e o polivalente maluco beleza Apodi, loucamente, diga-se de passagem, acabou se tornando o centro-avante do time. A partir daí, o time começou a se desorganizar taticamente.
Uma coisa é certa, a entrada de Bida apenas constatou o que a maioria dos torcedores já sabiam: ELE É TITULAR ABSOLUTO NESTE TIME.
Com um maior toque de bola, mas sem referência na área, estava quase que evidente a entrada do jovem Neto Berola, único atacante disponível no banco, no lugar de um dos meio-campistas, preferencialmente o Jackson que não fazia uma boa partida. Mas não foi o que aconteceu.
Inexplicavelmente Apodi foi substituído por Ramon, e vejam só a salada de frutas:
-O time permaneceria sem um atacante de referência na área.
-Jackson e Wallace passariam a revezar na lateral direita.
-O meio campo ficaria extremamente congestionado.
-Sem laterais de ofício na direita, o melhor seria explorar mais a esquerda.

Logo após a terceira, e última, substituição, veio o balde de água fria. Em um lance isolado, após conter um ataque paulistano, Jackson "inventou" de cruzar uma bola na frente da área (Vale salientar que este foi o primeiro fundamento que aprendi a NÃO FAZER quando comecei a jogar Futsal na infância), a bola foi roubada e lançada na direita da zaga rubro-negra para o veloz atacante são-paulino Dagoberto, que gingou para a direita à frente do zagueiro Wallace e mandou um CHUTE PERFEITO E INDEFENSÁVEL.
VITÓRIA 0 X 1 São Paulo.

O erro de Jackson foi fatal, e errar contra um time como o São Paulo é praticamente assinar o próprio atestado de óbito. Apesar da pouca idade, os jogadores do São Paulo possuem um alto grau de maturidade, e sabem esperar o melhor momento para dar o "bote" no adversário. Aliás, apesar do grande grupo, individualmente cada jogador deles fazem a diferença, e tal fator acabou se tornando preponderante.
Após o gol o que se viu foi uma série de erros, ocasionados pelos ataques massivos e desesperados do rubro-negro em busca do empate.
Sem referência de área, por diversas vezes a bola chegava à linha de fundo, e a jogada tinha voltar, por não existir ninguém na área, ou acabava sendo alçada à área sem sucesso.
O São Paulo, satisfeito, se conteve em garantir o resultado, pondo mais um volante em campo, Arouca e aumentando o bloqueio defensivo.

O Leão até tentou, mas não deu, e pelo segundo ano consecutivo o São Paulo acaba com a invencibilidade do rubro-negro em casa. O Péssimo resultado fez com que o Vitória caísse para a 7ª Colocação, deixando o São Paulo empatado com o rubro-negro com os mesmos 24 pontos.

Faço questão de deixar bem clara a minha posição em relação ao Paulo César Carpegiane, que vem fazendo um excelente trabalho a frente do Vitória, mesmo enfrentando diversas dificuldades.
O Treinador, que conta com um elenco limitado, vem tirando leite de pedra, e aceitou o desafio de assumir o leão, mesmo com o clube tendo a 5ª pior folha salarial da Série A.
(Foto por: http://valmerson.files.wordpress.com/2009/07/070521carpegiani_bolas.jpg)
Recusou propostas do Palmeiras, Flamengo, Atlético Paranaense e Qatar, respeitando e honrando o seu compromisso com o clube, provando que tem palavra.
Com a saída de Neto baiano, Roger e Itacaré se tornaram os únicos centro-avantes do clube. Com apenas 4 zagueiros, e 3 suspensos, chegou ao ponto de escalar dois meios-campistas na zaga, e sequer veio reclamar publicamente.
Conseguiu montar um time competitivo, que já foi elogiado pela maior parte dos adversários e que ainda vai trazer muita alegria ao torcedor. Basta esperar!

Outro que foi duramente criticado, o atacante Itacaré, fez uma boa partida, mas infelizmente entrou em uma partida dificílima, onde o meio-campo estava preso e sem inspiração. Acabou ficando isolado e ainda deu o azar de se contundir. Apesar dos pesares, mostrou que tem mais mobilidade do que o Roger.
Para finalizar, quero lembrar que apesar de estar na 7ª colocação, apenas Grêmio e Inter estão à frente do Vitória em relação à vaga da Copa Libertadores. O Corinthians, atual campeão da Copa do Brasil já tem a sua vaga assegurada, justamente pos isto é importante torcer para que eles atrapalhem todos os outros concorrentes diretos do leão.

Apesar da derrota, a partida foi extremamente equilibrada e decidida por um pequeno detalhe. Após duas derrotas consecutivas, o treinador deverá ter pulso, e segurar os ânimos do time, que é novo e inexperiente. A competição, como todos sabem, é longa, e uma crise ao decorrer da mesma é certa e esperada por todos os clubes. Como as chamadas "gordurinhas de sobra" foram alcançadas, o objetivo é não se recuperar, e não se afastar muito dos lideres.

O próximo adversário, o Barueri, se encontra na mesma situação, tendo perdido uma partida a mais e a partida será de seis pontos. Agora vai ser partir para cima do adversário, que tem um belíssimo estádio, mas não tem torcida.


O goleiro Víafara, com uma luxação no dedo, desfalcará o leão por um período entre 14 a 15 dias.

ACORDA LEÃOOOO!!!!
ESTAMOS CONTIGO!

FICHA TÉCNICA DO JOGO

VITÓRIA 0 x 1 SÃO PAULO

Vitória
Viáfara (Gléguer), Fábio Ferreira, Anderson Martins, Wallace; Jackson, Magal e Leandro Domingues, Vanderson e Leandro; Itacaré (Bida) e Apodi (Ramon)
Técnico: Paulo César Carpegiani

São Paulo
Dênis, Renato Silva, André Dias, Richarlyson, Jean, Júnior César, Hernanes (Arouca), Jorge Wagner (Hugo), Eduardo Costa, Dagoberto, Borges (Marlos).
Técnico: Ricardo Gomes

Data: 02/08/2009 (domingo)
Local: Barradão, em, Salvador
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Ivaney Alves de Lima (SE)
Cartões amarelos: Ânderson Martins e Itacaré (V); Eduardo Costa, Jorge Wagner e Richarlyson (S)
Gol: Dagoberto, aos 28 min da etapa final
__________
Comentários
6 Comentários

6 comentário(s):

Anônimo disse...

o vitória vacilou legal. pcc começou com a velho história de inventar, quando será que ele vai aprender?

Anônimo disse...

ESCALAÇÃO FUTURA:
GLEGUER (GOLEIRO)
APODI (LATERAL)
VICTOR RAMOS (ZAGUEIRO)
ANDERSON MARTINS (ZAGUEIRO)
LEANDRINHO (LATERAL)
VANDERSON (ALA)
CARLOS ALBERTO (ALA)
RAMON (MEIA)
BIDA (MEIA)
LEANDRO DOMINGUES (ATACANTE)
ROGER (ATACANTE)

RESERVAS:
BADIO (GOLEIRO)
BOSCO (LATERAL)
WALLACE (ZAGUEIRO)
GIL (ZAGUEIRO)
MAGAL (ALA)
JACKSON (MEIA)
ELKESON (ATACANTE)
NETO BEROLA (ATACANTE)

ESQUEMA TÁTICO: 4-4-2

CHEGA DE INVENÇÕES MALUCAS E VAMOS JOGAR O FUTEBOL FEIJÃO COM ARROZ.

DEVOLVAM APODI PARA A SUA VERDADEIRA POSIÇÃO!

ABRAÇOS REPLETOS DE PAZ.
ANDRELUZ.(andreluz8@hotmail.com)
André Luiz de Araújo Ferreira - Salvador - Bahia

FUTEBOL BAIANO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FUTEBOL BAIANO disse...

Bela resenha. É uma pena que parece um jornal dos anos 70 em dias de domingo. Li a primeira parte, salvei a terceira, quarta e quinta, amanha salvo a sexta e na própria sexta-feira finalizo a leitura, tenho que ser rápido porque sábado tenho que começar a ler a resenha do Barueri de quinta-feira

Lucas Serra disse...

André,

Bosco não está mais no Vitória. Não gostei muito de sua escalação...

Lucas Serra disse...

Porra é essa Dalmo? hehehe

Está com dificuldade na leitura?

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