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[Entrevista] Caio Júnior: "Precisamos desse título e vamos dar a vida por ele"

Atacante goleador, comentarista de trato fino com as palavras, treinador que preza pela sinceridade. Aos 48 anos, Caio Junior é do tipo sincero. Admite os erros, expõe as fraquezas e coloca na mesa as soluções para os problemas. Técnico há pouco mais de dez anos, Caio sabe que não tem o potencial midiático de Joel Santana, mas espera igualar o currículo vencedor, ainda assim é capaz de frases fortes que demonstram seu estilo.

- Não tenho multa rescisória. Se não acreditam no meu trabalho, que me mandem embora. Quero estar feliz nos lugares – diz.

Nesta semana, o treinador recebeu o comentarista Darino Sena, da Rede Bahia, para um bate-papo informal na semana de decisão do Campeonato Baiano. Entre muitos assuntos, Caio falou sobre a falta de títulos em solo brasileiro, sobre a necessidade de ter mais respaldo da diretoria, além de esclarecer detalhes sobre a sua saída do Bahia, e por fim revela um mágoa com o clube que o criou para o futebol.

A vantagem na decisão
“A vantagem não é assim tão importante. Prova disso que os dois times que tinham vantagem ficaram pelo caminho nas semifinais. Agora eu não posso falar que não queria a vantagem. Desde o começo eu destaquei a importância de ter vantagem. Acho que esse primeiro jogo vai ser importante para dizer muita coisa. Espero que seja decisivo. Não temos que mudar muita coisa. Temos que dar sequência em inventar e repetir o que vem sendo feito”.

Prontos para a decisão
“Estamos preparados. Não posso falar o que vou fazer em público. O Joel está tentando encontrar um desenho. Nós já estamos há mais tempo e temos mais tempo treinando a equipe. Não tem isso de um sistema com três zagueiros será defensivo ou etc. Todo sistema é bom desde que usado corretamente. Apesar de mais treinado, não acho que só isso conte numa final. Tem bola parada, tem o emocional, tem detalhes internos. Além disso, pela primeira vez, o Bahia terá 90% da torcida a seu favor. Não sei se isso vai ser bom ou ruim”.

A busca por uma equipe moderna
“No Brasil não se fala de tática. Isso me incomoda muito. No futebol moderno todo mundo ataca e defende. Procuramos uma equipe moderna. Tem que ter variação. Não pode ser um time estático. Mas não se faz um esquema da noite para o dia. Acho que o jogador que mais de adapta a qualquer esquema no nosso grupo é o Escudero. Ele pode jogar como segundo volante, ou mais aberto na frente”.

Reservas de luxo
“Marquinhos e Vander são reservas, mas sabem que podem entrar e decidir o jogo. Estou muito feliz com eles. Eles foram um ganho muito grande”.

Uma mágoa e um pedido de respaldo
“Acredito na parceria entre treinador e dirigente. Isso tem que existir. Se não tiver, o técnico está fora. Acho que ainda falta isso no Vitória. Acho que o título daria esse respaldo para o Campeonato Brasileiro. Estamos no caminho. Tivemos muitas conversas e diálogos. Mas precisamos fortalecer mais isso. A relação é muito boa, mas precisa evoluir. Contra o Mixto (Vitória 5 a 1), pela Copa do Brasil, eu sabia que se não ganhasse estava fora. Isso me magoa. Mas às vezes isso é bom para ganhar o grupo. Senti naquele dia que o grupo jogou por mim”.

Série A: Um sonho possível
“Eu disse aos jogadores que vim aqui porque tenho um sonho de ser campeão brasileiro. Eu vim para cá e não foi à toa. Quando voltei do Brasil vi que o Vitória era o único time da Série A que não tinha técnico. No mesmo dia, o Raimundo (Queiroz) me ligou. Temos um excelente ambiente. A integração é boa. Estou feliz. Precisamos desse título e vamos dar a vida por ele e vamos entrar forte no Brasileiro. Eu acredito. Já cheguei perto com o Paraná, com o Palmeiras, com Flamengo. É claro que com um elenco como o do Atlético-MG é mais fácil, mas é preciso ter sequência. Esse é o segredo. O Tite está no comando do Corinthians tem dois anos e sete meses. Isso faz diferença. Temos uma base que precisa ser reforçada. Nesses primeiros cinco jogos, acho que podemos chegar embalados, por isso a importância do título. Agora depois da parada da Copa das Confederações, podemos ter mais quatro ou seis reforços, mas eu acredito.

Um homem de família: A saída do Bahia
“Passei um momento difícil da minha vida. Precisar ir para os Estados Unidos. Meu filho mais velho precisa de mim, e o mais nova ia se mudar para lá. Eu tinha que ir. Eu acho que ajudei o Bahia. Peguei o time em último e deixe fora da zona de rebaixamento. Foram apenas oito jogos, mas eu contribuí. Foi uma decisão que foi uma das melhores da minha vida. Quando eu parei de jogar foi para ficar com meus filhos. Quando meus filhos precisavam de mim, eu sempre estava longe. Desta vez, eu tomei uma decisão que muito me orgulha. Eu vinha dos Emirados, tinha sido campeão, não precisa pegar o lanterna, se não quisesse. O Angioni me ligou, fez o contato e eu vim. Meu relacionamento foi excelente com o Angioni, com o presidente Marcelo (Guimarães Filho). Foi duro para mim. O mais duro foi que não me despedi do elenco. Eu liguei para o Fahel. Trabalhei com grandes jogadores de caráter, como o Juninho Pernambucano, o Fábio Luciano, o Loco Abreu, o Edumundo, o Marcos, mas com o perfil de líder como o Fahel foram poucos. Liguei para ele e pedi que ele passasse as coisas para os jogadores. Não tenho mágoa nenhuma do Bahia”.

A mágoa
“O que aconteceu no Grêmio foi uma coisa terrível. EU fui criado no Grêmio. Morei no Olímpico dos 15 aos 22 anos. Depois de 20 anos voltar como treinador era um sonho. A família da minha mulher toda é gremista. Era um sonho e com 40 dias o presidente Odone me manda embora e com o time classificado. Isso é uma mágoa. Isso eu ainda não consegui absolver”. (GloboEsporte)
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