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[ENTREVISTA] Goleiro Lee revelado pelo Vitória: "Em nenhum momento quis deixar o Vitória"

Revelado nas categorias de base do Vitória, o goleiro Lee, hoje no Atlético-MG, falou sobre sua passagem na Toca do Leão e da experiência que teve ao pegar o pênalti de Neymar na final da Copa do Brasil de 2010, na Vila Belmiro. Entrevista publicada no Bahia Notícias.

Bahia Notícias: Lee, conta um pouco sobre seu início de carreira.
Lee: Iniciei minha carreira em São Paulo com 11 anos. Com 12 anos, passei um ano na Portuguesa. Um ano depois, joguei no time da Força Sindical, onde disputei o Campeonato Paulista e depois joguei a Copa Sul-Americana, onde, na sequência, tive o convite das divisões de base do Vitória. Em 2003, com 14 anos, comecei minha carreira, de fato, no Vitória. Joguei no juvenil, infantil e juniores, até o profissional.

Bahia Notícias: Você chegou ao Vitória muito novo e se destacou muito nas divisões de base do clube. O que aconteceu para não dar sequência na Toca depois daquele bom momento?
Lee: Acho que a diretoria não quis que eu ficasse. Desde de pequeno joguei no Vitória e quando tive um momento bom, de ascensão, meu contrato estava para acabar, e eles não quiseram renovar. Eles tinham que renovar em janeiro, mas a opção deles foi renovar no fim do ano. Não tinha como continuar, o que deu a entender que o clube não queria que eu ficasse. Tive propostas mais interessantes e o Vitória não se pronunciou. Em nenhum momento quis deixar o Vitória. Tinha uma identificação grande com o clube, gostava da cidade, mas por circunstâncias tive que sair, mais por erro deles do que o meu próprio.

Bahia Notícias: O empréstimo ao Colo-Colo em 2008 ajudou a ver o futebol de outra forma, já que passou pelas dificuldades de um clube no interior?
Lee: Com certeza ajudou. Fui ao Colo-Colo com 18 anos. Tinha idade de juniores quando fui para lá por empréstimo. No futebol do interior o futebol é diferente da capital, infelizmente. Mas eu dei um pouco mais de valor a minha carreira por causa disso. Vi o futebol de outra maneira, com mais cautela. O futebol não é somente estrutura sempre, bons times. O Colo-Colo, mesmo sendo um time do interior, me deu condições de desempenhar meu trabalho. Os diretores, Zé Maria e Flávio, me deram apoio. Eles não tinham um centro de treinamentos ou uma grande estrutura, mas foram organizados na época. Graças a Deus pude me destacar, sendo escolhido como um dos melhores goleiros do campeonato. Tenho recordações boas do Colo-Colo, já que foi meu primeiro trabalho profissional.

Bahia Notícias: Na final da Copa do Brasil contra o Santos na Vila Belmiro, você pegou um pênalti de Neymar. O que passou por sua cabeça naquele momento?
Lee: Naquele momento parecia que todos os amigos e familiares estavam atrás do gol comigo, fazendo a barreira para a bola não entrar. É questão de segundos. Parece que passa um filme na sua cabeça em um segundo. Foi uma sensação muito boa, fora do normal. Não me imaginava naquela situação, mas estava bem preparado para o jogo e fiz uma boa partida. Foi um momento de alegria. Foi o ápice da minha carreira, por diversos motivos: por ter sido uma final, pelo Vitória, que nunca havia chegada a uma decisão na Copa do Brasil, e por ser do jeito que foi. Embora o time tenha perdido, particularmente, para mim, foi muito bom. O pessoal comenta até hoje sobre isso.

Bahia Notícias: Depois daquilo, pensou que sua vida mudaria dentro do clube, já que estava com muita moral com a torcida?
Lee: Acho que sim. Mudaria a minha vida em questão de conhecimento. As pessoas me reconheceriam. Até para o próprio torcedor eu era desconhecido, pois só havia jogado uma partida como profissional do Vitória até aquele dia. Tinha a desconfiança do torcedor, pois o Viáfara vinha bem e era ídolo do clube. Tinha a desconfiança do goleiro que ia substituir ele. Com certeza mudou a minha vida aquele jogo, mas nunca me subiu a cabeça. Tenho trabalho sempre com humildade e esperando as oportunidades. Quero sempre mostrar meu futebol.


Bahia Notícias: Depois de não renovar com o rubro-negro, você seguiu para o Atlético-MG. Como foi sua chegada ao clube mineiro e quais as diferenças que sentiu ao sair de Salvador para Belo Horizonte?
Lee: Minha chegada ao Atlético-MG foi muito boa. A torcida me tratou super bem desde que cheguei. A diferença é a estrutura. A do Vitória, por mais que seja excelente, a do Atlético-MG é a melhor do Brasil. Além disso, o Atlético-MG tem muitos jogadores de nome e sentimos a diferença nisso. A cobrança da imprensa é um pouco maior do que a de Salvador, mas nada que mudasse o cronograma do meu trabalho.

Bahia Notícias: No curto período na Cidade do Galo, você foi emprestado ao Boa Esporte ano passado. Conte como foi essa experiência.
Lee: Fui para jogar, mas, infelizmente, não joguei o tanto de partidas que queria. O Boa Esporte é, mais ou menos, a mesma situação do Colo-Colo: um time do interior, com pouca estrutura e pouca organização também. Fui lá para fazer o segundo turno da Série B e joguei sete jogos. Foi bom, porque desde que deixei o Vitória não havia jogado. Voltei para o Atlético-MG com ritmo de jogo. Foi muito boa a passagem por lá.

Bahia Notícias: Neste período no Galo, você ainda não entrou em campo e agora tem a concorrência do experiente Victor. Como está sua situação neste momento?
Lee: A minha situação no momento é de terceiro goleiro. Temos três excelentes goleiros aqui: eu, Victor e Geovanni. Estou inscrito na Taça Libertadores e tenho o carinho da comissão técnica e da diretoria, que confiam em meu trabalho. Estou trabalhando à espera de oportunidade. Vivemos de oportunidades. Tenho que chegar dentro de campo e mostrar. Estou fazendo meu trabalho com muita dedicação e empenho, esperando ter a oportunidade para mostrar meu futebol.


Bahia Notícias: Tem conversado com o clube sobre esse momento da sua carreira?
Lee: Estou focado no Atlético-MG, mas se aparecer uma proposta interessante vamos sentar e analisar. Estou aberto a propostas, mas, por enquanto, focado no Atlético-MG a fazer um bom trabalho e ajudar meus companheiros. A comissão sempre me apoiou. Quando fui para o Boa o próprio clube me motivou, falando que queria me ver jogando. O clube estará ciente de tudo. Tive propostas de outros clubes, mas eles preferiram me manter no elenco para ajudar.

Bahia Notícias: Com 24 anos, quais são seus objetivos em 2013?
Lee: Principal objetivo é jogar. Essa é a terceira temporada no Atlético-MG e quero jogar. Teremos muitos jogos e espero atuar aqui no clube. Quero ter uma sequência boa, se não for aqui, em outro lugar. Mas quero ter sequência de jogos. (Maurício Naiberg / Glauber Guerra / BahiaNotícias)
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