Depois de me raciocinar todo nas últimas 19 horas, 28 minutos e 34 segundos, cheguei à conclusão de que só há uma palavra para definir o Vitória neste campeonato: Oximoro.
Enquanto vocês vão consultar o dicionário para compreender o significado da referida prosopopéia, retorno ao insano dia 19 de junho. Nesta data, conforme se lembra até o mais amnésico torcedor, o Rubro-Negro recebeu uma inclemente bordoada do Goiás, depois de estar brocando por 3 x 0.
Enquanto vocês vão consultar o dicionário para compreender o significado da referida prosopopéia, retorno ao insano dia 19 de junho. Nesta data, conforme se lembra até o mais amnésico torcedor, o Rubro-Negro recebeu uma inclemente bordoada do Goiás, depois de estar brocando por 3 x 0.
Pois muito bem. É exatamente aí que entra (lá neles) o tal do oximoro. Aquela fatídica peleja, que parecia ser nossa ruína, vai, paradoxalmente, se consolidando como nossa salvação.
Como assim? Assim.
Na partida seguinte à débâcle (Porra, Sêo Françuel, uma débâcle na moleira em pleno domingão já é demais) no Serra Dourada, a torcida do Leão mostrou que também é oximorística. Invés de abandonar o time na hora da dificuldade, com as infrutíferas pregações de público zero, como sói ocorrer com as torcidas modinhas, fizemos exatamente o caminho oposto e decidimos mostrar nossa crença no imponderável. E foi assim que, contra o Avaí, comparecemos em maior número nesta competição.
E as lições da partida contra o Goiás não param aí. A crença no triunfo de ontem também é conseqüência disso. É como se o torcedor estivesse a dizer o seguinte: “Depois do jogo contra o Esmeraldino, não é mais possível abandonar este time no meio do jogo. Afinal de contas, não tem cabimento, desistir da luta antes dos 50 do segundo tempo”.
E o gol do fundamental triunfo deste glorioso sábado não poderia ser de outro jogador, senão do menino Victor Ramos, que durante a semana foi vilipendiado até o paroxismo. E, amigos, em verdade lhes digo: Foi um lance para estabelecer a justiça, para jogar leite na cara dos caretas que não entendem o amor livre, que achavam que o rapaz estava com problema na cabeça por causa de umas bobagens.
Hômi, quá; Sinhô, me deixe.
Nosso zagueiro mostrou que tem a cuca fresca e certeira. Golaço de quem sabe usar muito bem a cabeça e que não liga para as maldades alheias. Ou melhor. Golaço de um jogador que incorporou a simbologia deste time, que é o de se superar nos momentos mais desfavoráveis. E Victor Ramos, assim como o Vitória, foi e continuará sendo altivo diante dos pusilânimes.
E pra completar as radicais e oximorísticas mudanças, retiro o indefectível paletó e entro em campo com a faca nos dentes. Ou melhor, com a camisa nos dentes, misturando o tradicional gosto de querosene com outras substâncias não recomendadas pela Carta Magna. Recebam.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)
P.S E as notícias boas não param. Na próxima terça-feira, finalmente o Esporte Clube Vitória vai se desfazer da maldição daquele horrendo datashow. Nem me importo se o novo placar é de led ou de qualquer outra zorra. O fundamental é que nos livremos daquela lástima. Afinal, desde que ele foi instalado o Leão não ganhou mais porra de nada. Esta mudança, portanto, é mais do que bem-vinda. Aliás, não só esta. Outras mudanças também são necessárias e salutares, mas esta batalha é para outra conversa.
Como assim? Assim.
Na partida seguinte à débâcle (Porra, Sêo Françuel, uma débâcle na moleira em pleno domingão já é demais) no Serra Dourada, a torcida do Leão mostrou que também é oximorística. Invés de abandonar o time na hora da dificuldade, com as infrutíferas pregações de público zero, como sói ocorrer com as torcidas modinhas, fizemos exatamente o caminho oposto e decidimos mostrar nossa crença no imponderável. E foi assim que, contra o Avaí, comparecemos em maior número nesta competição.
E as lições da partida contra o Goiás não param aí. A crença no triunfo de ontem também é conseqüência disso. É como se o torcedor estivesse a dizer o seguinte: “Depois do jogo contra o Esmeraldino, não é mais possível abandonar este time no meio do jogo. Afinal de contas, não tem cabimento, desistir da luta antes dos 50 do segundo tempo”.
E o gol do fundamental triunfo deste glorioso sábado não poderia ser de outro jogador, senão do menino Victor Ramos, que durante a semana foi vilipendiado até o paroxismo. E, amigos, em verdade lhes digo: Foi um lance para estabelecer a justiça, para jogar leite na cara dos caretas que não entendem o amor livre, que achavam que o rapaz estava com problema na cabeça por causa de umas bobagens.
Hômi, quá; Sinhô, me deixe.
Nosso zagueiro mostrou que tem a cuca fresca e certeira. Golaço de quem sabe usar muito bem a cabeça e que não liga para as maldades alheias. Ou melhor. Golaço de um jogador que incorporou a simbologia deste time, que é o de se superar nos momentos mais desfavoráveis. E Victor Ramos, assim como o Vitória, foi e continuará sendo altivo diante dos pusilânimes.
E pra completar as radicais e oximorísticas mudanças, retiro o indefectível paletó e entro em campo com a faca nos dentes. Ou melhor, com a camisa nos dentes, misturando o tradicional gosto de querosene com outras substâncias não recomendadas pela Carta Magna. Recebam.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)
P.S E as notícias boas não param. Na próxima terça-feira, finalmente o Esporte Clube Vitória vai se desfazer da maldição daquele horrendo datashow. Nem me importo se o novo placar é de led ou de qualquer outra zorra. O fundamental é que nos livremos daquela lástima. Afinal, desde que ele foi instalado o Leão não ganhou mais porra de nada. Esta mudança, portanto, é mais do que bem-vinda. Aliás, não só esta. Outras mudanças também são necessárias e salutares, mas esta batalha é para outra conversa.
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