Sim, porque, efetivamente, na última quinta-feira, logo após a ilusória goleada diante do Juazeirense, fiz o alerta sobre o otimismo descabido. Confiram aqui, ó http://victoriaquaeseratamen.wordpress.com/2012/03/22/um-freio-no-otimismo-insano/.
Porém, mesmo achando que tenho a razão, num venho aqui para espezinhar os acusadores, não. Afinal, o Ludopédio é um mundo onde a razão não é benquista. Ao contrário. O bom aqui é ser bipolar; é desdizer hoje o que se disse ontem e o que se pensa em dizer amanhã. Então, mesmo quando certo, o errado sou eu, pois tento semear racionalidades neste terreno onde predominam as vastas emoções e os pensamentos imperfeitos.
Contudo, vou continuar a pregar, pois tenho este espírito de carpinteiro do universo, de querer ajudar a querer consertar o que não pode ser… (Alô, Raul Seixas, vou ver seu filme, sacana. Tenha sua calma). Mas, antes de ir ao cinema, repetirei, ipsis litteris, um trecho do que disse no sermão de quinta (categoria), na esperança de que, agora, ele seja melhor compreendido. Às aspas. “Faço este alerta somente para que, desculpe a redundância, estejamos alertas e lutemos por dias melhores, mais luminosos e menos sombrios”.
Copiou, taxista ? Então, continue com o lápis e caneta na mão que vou fazer novo alerta.
Seguinte.
Não falei antes para não passar de alarmista, mas há um grave problema de relacionamento entre o técnico e alguns jogadores. Geovanni, por exemplo, não ficou 200 anos vendo Lúcio Flávio jogar (jogar, entendam, é um modo elegante de dizer) apenas porque Cerezo não entende de futebol. Nero ar. O motivo foi outro. O mesmo que faz com que Marquinhos esteja dando chilique quando é substituído.
Pode parecer teoria conspiratória de minha mente maltratada por substâncias não recomendadas pela Carta Magna, mas me parece que a chibança é toda planejada. Exemplo. Neto Baiano, o homem que desbancou Messi e estava próximo de desbancar irmã Dulce no processo de canonização, com a autoridade do maior artilheiro do Brasil da última semana, vem a público dizer que Rildo é o melhor jogador do time. Ato contínuo, Cerezo concede entrevista afirmando que Rildo é isso, aquilo e aqueloutro e que o time é ele e mais 10. Como diria o poeta Magary Lord, “que estranho, hein?”.
Ou melhor. Lamentável, já que um time que se respeita não pode ter Rildo como referência e melhor jogador. É preciso ficar claro que o referido cidadão, que nunca ganhou nada no Vitória, nem em lugar algum, ainda é apenas um atacante ciscador. Pode até se tornar um bom jogador (não duvido de nada neste mundo), mas ainda precisa melhorar muito para isso. E Cerezo, que jogou bola, sabe muito bem disso. SE fala e faz o contrário é por outros e inconfessáveis motivos.
Mas, derivo. E volto para finalizar esta homilia, destacando que tão horrível quanto a apresentação em feira foi a (falta) atitude da diretoria do Vitória em relação à homenagem a Chico Anysio. Que porra é esta de apenas colocar no site que ele gravou o hino do Clube? Custava fazer melhor? Colocar, por exemplo, os jogadores para entrar em campo com uma faixa ou, até mesmo, com o nome dos personagens na camisa, como fizeram Palmeiras, Vasco e até uma sardinha que num tinha nada a ver com peixe, mas que ganhou repercussão nacional?
Mas, enfim. O errado sou eu, profeta do apocalipse que nunca enxerga o lado bom nas coisas, né? A propósito, a minha ídola Teresa acaba de me alertar que o Vitória fez, sim, homenagem a Chico Anysio. Às aspas. “Obrigou todo mundo a jogar igual a Coalhada”.
É, talvez seja isso mesmo.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)