Não possuo a catilogência infalível de Sotero Monteiro, mas também sei reconhecer um enganador no arriar das malas. E afirmo isso com a modéstia de quem pratica e ensina o Ludopédio em 18 idiomas. Estas credenciais, inclusive, deveriam me absolver de provar o que digo. Porém, como torcedor é um bicho escroto e desmemoriado, farei um retrospecto sobre o que vaticinei em relação ao sujeito, digo, objeto das prosopopeias deste meu retorno a esta intimorata tribuna.
Sim, minha comadre, eu sei que este primeiro parágrafo ficou todo atrapalhado e confuso, mas foi de propósito. Afinal, precisava entrar nesta, como diria os xibungos, vibe enrolativa para falar do homem, do mito, do pentelho, Lúcio Flávio, o passageiro da agonia.
Pois muito bem.
Logo no início do ano, mais exatamente no dia 23 de janeiro, enquanto alguns ainda acreditavam que o sacrista tinha salvação, pois havia feito uma pré-temporada e num sei o quê lá mais, larguei logo a seguinte prosopopeia. Às aspas. “Lúcio Flávio fez um golaço, mas continua com uma preguiça de fazer inveja a Bida”.
Sem deixar a criança cair no chão, logo no texto seguinte, datado de 26 de janeiro, recomendei: “E Lúcio Flávio, hein? Precisa, urgentemente, tomar um ligante do almirante, um cravinho com roupinol, qualquer porra desta para ver se fica ligado”
Quatro dias depois, em 30 de janeiro, continuei minha pregação. “Vejam, por exemplo, o caso de Lúcio Flávio. Como explicar que a torcida tenha tanta paciência com o referido, senão pelo fato de que ele tem nome. É verdade que tem nome de passageiro de agonia, que assaltava banco, mas tem nome, né não? Puta que pariu a lerdeza!!!”.
Contudo, de nada adiantava meu alerta. Cerezo prosseguia enfeitiçado, paralisado (ops), pelo referido embromador. Teve uma ocasião em que radicalizei e disse o segui…”Chega, Sêo Françuel! estas recordações me matam e já estão me deixando mais cansada do que Lúcio Flávio”, interrompe-me agora a Moça do Shortinho Gerasamba, fazendo ainda a seguinte solicitação. “Vamos falar de jangada, que é pau que boia”.
Como nunca contrario a cidadã, sigo adiante. Ou melhor, retorno ao último domingo e constato que minha pregação não foi vã. No jogo contra o Camaça, finalmente Lúcio Flávio foi sacado e, como consequência, o time se libertou das amarras da boréstia, soltou o freio de mão e jogou um futebol sem o peso da injúria. Uma apresentação para lembrar que é preciso e possível termos dias menos tenebrosos.
Para isso, basta Cerezo, que vem fazendo e falando muitas besteiras, parar com a sacanagem e, já que gosta tanto de Lúcio Flávio, deixar o referido meio campista fazer o que ele mais gosta: descansar. No banco ou, melhor ainda, na beira da praia, que é lugar de quem gosta de maresia.
Amém.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)
P.S A abstinência titulirística dos torcedores da sardinha é tão grave que agora eles comemoram até término de namoro de jogador do Vitória. Ô, desgrória!
Pois muito bem.
Logo no início do ano, mais exatamente no dia 23 de janeiro, enquanto alguns ainda acreditavam que o sacrista tinha salvação, pois havia feito uma pré-temporada e num sei o quê lá mais, larguei logo a seguinte prosopopeia. Às aspas. “Lúcio Flávio fez um golaço, mas continua com uma preguiça de fazer inveja a Bida”.
Sem deixar a criança cair no chão, logo no texto seguinte, datado de 26 de janeiro, recomendei: “E Lúcio Flávio, hein? Precisa, urgentemente, tomar um ligante do almirante, um cravinho com roupinol, qualquer porra desta para ver se fica ligado”
Quatro dias depois, em 30 de janeiro, continuei minha pregação. “Vejam, por exemplo, o caso de Lúcio Flávio. Como explicar que a torcida tenha tanta paciência com o referido, senão pelo fato de que ele tem nome. É verdade que tem nome de passageiro de agonia, que assaltava banco, mas tem nome, né não? Puta que pariu a lerdeza!!!”.
Contudo, de nada adiantava meu alerta. Cerezo prosseguia enfeitiçado, paralisado (ops), pelo referido embromador. Teve uma ocasião em que radicalizei e disse o segui…”Chega, Sêo Françuel! estas recordações me matam e já estão me deixando mais cansada do que Lúcio Flávio”, interrompe-me agora a Moça do Shortinho Gerasamba, fazendo ainda a seguinte solicitação. “Vamos falar de jangada, que é pau que boia”.
Como nunca contrario a cidadã, sigo adiante. Ou melhor, retorno ao último domingo e constato que minha pregação não foi vã. No jogo contra o Camaça, finalmente Lúcio Flávio foi sacado e, como consequência, o time se libertou das amarras da boréstia, soltou o freio de mão e jogou um futebol sem o peso da injúria. Uma apresentação para lembrar que é preciso e possível termos dias menos tenebrosos.
Para isso, basta Cerezo, que vem fazendo e falando muitas besteiras, parar com a sacanagem e, já que gosta tanto de Lúcio Flávio, deixar o referido meio campista fazer o que ele mais gosta: descansar. No banco ou, melhor ainda, na beira da praia, que é lugar de quem gosta de maresia.
Amém.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)
P.S A abstinência titulirística dos torcedores da sardinha é tão grave que agora eles comemoram até término de namoro de jogador do Vitória. Ô, desgrória!
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