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Depois de uma tragédia, qual o melhor caminho a seguir? Por Franciel Cruz.

Nos bares, becos, ladeiras, vielas e outros ambientes maizomenos insalubres desta besta e (ainda) bela província, impera o seguinte monotema: crise. A situação é tão grave que até este rouco e cansado locutor decidiu interromper as merecidas férias para gastar o latim sobre o assunto.

E, de prima, sem deixar a pelota quicar, afirmo que a solução para enfrentarmos o dantesco quadro atual do Vitória vem da China. Porém, antes que os agoniados achem que a solução é a repatriação de Obina, esclareço que o caminho é outro: a linguagem.

Ai, meu cristovaldo, o Leão nesta situação lastimável, precisando de ações concretas, e este homem fica derivando, falando grego, ou melhor, chinês”, queixou-se logo a sumida e monoglota moça do shortinho gerasamba.

Assim, para tentar aplacar o desespero da referida criatura e da angustiada e revoltada torcida Rubro-Negra, além de evitar que a babel se instale de vez, destrincho logo a minha tese.

Seguinte é este. Já que a crise está na ordem do dia, informo, neste grave momento, que devemos nos guiar exatamente pelo entendimento chinês sobre a questão.

Como assim? Assim. Enquanto aqui, nos tristes trópicos, a crise é sinônimo apenas de problema, desespero, desgraça e coisas do tipo, na concepção chinesa, crise tem um significado muito mais amplo. Não é à toa que a palavra crise é formada por estes dois ideogramas abaixo, sendo que o de cima significa perigo, mas o da base traduz oportunidade.


A lição chinesa nos ensina, então, que a crise, ao mesmo tempo que liga o sinal de alerta, dado o perigo iminente, nos fornece a efetiva possibilidade, a oportunidade da superação.

Então, repito a pergunta do título: depois de uma tragédia, nos graves momentos de crise, qual o melhor caminho a seguir?

Antes de responder a este fundamental questionamento, citarei dois exemplos históricos razoavelmente recentes. A eles.

No fatídico 11 de setembro de 2001, os EUA sofreram o nefasto atentado nas Torres Gêmeas. Ato contínuo, o império americano respondeu, de modo quase que desvairado, ampliando a política militarista. Hoje, pouco mais de dez anos depois, tais medidas trouxeram como consequência a quebradeira no país, que está à beira de um grave colapso financeiro.

Pois muito bem.

Mutatis mutandis, a Noruega, há menos de um mês, foi vítima de ataque tão abominável quanto o perpetrado contra os americanos. Apesar de toda a dor diante da ação infame e devastadora, o governo daquele país nórdico decidiu trilhar outro caminho. Em vez de agir de modo tresloucado, o premiê Jens Stoltenberg, que, ressalte-se, teve o próprio escritório danificado, reiterou o compromisso com os princípios humanistas. Às aspas. “Não seremos intimidados por esses ataques. A sociedade norueguesa vai manter-se firme para defender seus valores. A resposta à brutal violência seguirá sendo a defesa da liberdade, da tolerância e da democracia”.

Então, amigos, é isso. Os integrantes do MSMV (Movimento Somos Mais Vitória) compreendem que devemos ser (e seremos) cada vez mais firmes no combate à atual e covarde política dominante. Cobraremos, reivindicaremos, fiscalizaremos, pressionaremos, protestaremos e exigiremos mudanças. No entanto, por termos a dimensão da gravidade do ataque que o Vitória sofreu (aliás, que já vem sofrendo há algum tempo), não nos deixaremos seduzir por soluções simplistas, que signifiquem retrocesso, e muito menos apelaremos ou faremos apologia da violência.

Afinal, não queremos a destruição do nosso Clube, mas sim o seu fortalecimento. E ele, o fortalecimento, só se dará com mais democracia, transparência, profissionalismo e respeito ao torcedor. e este novo tempo não será construído por atuais ou velhacos salvadores da pátria, mas sim por todo aquele que tem coragem e força de vontade para fazer a História. E, ela, a História, tem que ser escrita com ações cotidianas em prol destes princípios, e não somente por reações intempestivas e inconsequentemente improdutivas.

É fato que necessitamos de um técnico e de jogadores, mas precisamos urgentemente mudar a estrutura. Temos que transformar o atual estatuto do Clube, pois o problema não e apenas de nomes, mas sim de métodos.

Porém, caso você ache que este é um caminho árduo e longo como o texto que acabou de ler, então fique apenas gritando pelo retorno do pretenso Messias. Mas lembre-se de gritar, berrar e xingar sentado para não se cansar muito, pois a verdade é uma só: mudarão nomes, mas continuarão os problemas estruturais – até porque eles, os problemas estruturais, nunca foram efetivamente combatidos, seja nesta ou em antigas gestões.

Agora, se você acredita numa nova concepção de Clube, acesse o site do MSMV, cadastre-se e participe efetivamente. Este é o momento de construir a mudança. Seja senhor do seu destino e dos rumos do seu Clube.

Site: www.somosmaisvitoria.com.br

Por: Franciel Cruz
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Comentários
1 Comentários

1 comentário(s):

Anônimo disse...

Boa Franciel!

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