Matéria sobre o goleiro Viáfara por Moysés Suzart publicada no jornal A TARDE em 05/05/11.
Há três anos, um colombiano atracou em Salvador. Junto dele, sua esposa Paola e a filha Lua, de apenas 2 meses de vida. Não se tratava de um retirante, mas do Paredón do Leão, que completa nesta quinta-feira, 5, três anos vestindo a camisa do Vitória. Entre estes 1095 dias, Viáfara fez 166 jogos, onde teve alegrias, tristezas e nove gols marcados.
Há três anos, um colombiano atracou em Salvador. Junto dele, sua esposa Paola e a filha Lua, de apenas 2 meses de vida. Não se tratava de um retirante, mas do Paredón do Leão, que completa nesta quinta-feira, 5, três anos vestindo a camisa do Vitória. Entre estes 1095 dias, Viáfara fez 166 jogos, onde teve alegrias, tristezas e nove gols marcados.
Esta marca já seria suficiente para quase todo goleiro, menos para Viáfara. Sempre polêmico e apaixonado pelo Leão, o cidadão soteropolitano - título adquirido ano passado - vai além dos gramados. No lado social, é representante da LBV na Bahia e participa de diversas campanhas sociais, como da menina Manu, em 2009, que precisou de tratamentos na China para voltar a enxergar. Como torcedor do Vitória, não cansa de provocar o rival Bahia e as vezes é alvo de críticas.
Nestes três anos, o gringo garante que guarda tudo na memória. “Lembro de cada segundo aqui. Meu desembarque, a primeira noite, o dia seguinte... Entrei pela porta do fundo e sentei no banco apenas uma vez. De cara, me apaixonei pela cidade. Hoje, minha filha adora feijoada, só tem costumes baianos e minha esposa faz faculdade. Nossa vida é aqui mesmo".
Falar do Vitória deixa o camisa 1 rubro-negro com os olhos cheios de lágrimas. “É difícil falar do Vitória... Me emociona sempre. Estudei a história do clube e achei parecida com minha história de vida. Eu e o Vitória só conseguimos as coisas com muita luta e pessoas tentando atrapalhar. Levantamos, caímos, encontramos pedras no caminho... Ser Vitória é isto. Hoje sou goleiro, baiano e rubro-negro”, garantiu Viáfara.
Entretanto, esta história de amor pode ter um fim. Em 2009, o colombiano renovou por mais dois anos e disse que não sairia do clube, mesmo com o rebaixamento. Não saiu. Porém, o final do ano pode ser o dia da despedida. “Pelo menos para mim, acho que o ciclo pode se fechar. Não vamos falar disso agora, né? Quero apenas comemorar este feito”, defendeu o Paredón.
As três alegrias de Viáfara no Leão:
17/05/2008 - Estreia
“Minha estreia aqui, contra o Sport, foi minha primeira alegria. Um jogo duro, que terminou 0 a 0, fora de casa. Fiz importantes defesas e acabei sendo titular desde então. Foi o segundo jogo do Vitória no retorno à Série A”.
19/05/2010 - 1º gol
”Há um ano, no jogo da Copa do Brasil, contra o Atlético-GO. Foi meu aniversário, fiz meu primeiro gol aqui, de falta, e nos classificamos para a final da Copa do Brasil. Me emociono até hoje... Foi um sonho”.
03/05/2009 - Decisões
”Meu primeiro título, contra o Bahia, marcou. Fomos vencedores nos últimos clássicos decisivos. Nestes três anos, não perdi nenhuma decisão do Estadual contra o Bahia. Nenhuma...”.
As três tristezas de Viáfara no Leão:
08/02/2009 - 1º clássico
”Meu primeiro Ba-Vi foi complicado. Levei um gol que foi brincadeira... Muito feio”.
28/07/2010 - Final na Vila
”Foi péssimo ter perdido o jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. Eu não joguei e fiquei no meio da torcida. Fui torcedor e saí tão triste quanto os outros rubro-negros”.
05/12/2010
”O jogo contra o Atlético de Goiás foi a última tristeza. Empatamos e fomos rebaixados. Será a última tristeza mesmo”.
Nestes três anos, o gringo garante que guarda tudo na memória. “Lembro de cada segundo aqui. Meu desembarque, a primeira noite, o dia seguinte... Entrei pela porta do fundo e sentei no banco apenas uma vez. De cara, me apaixonei pela cidade. Hoje, minha filha adora feijoada, só tem costumes baianos e minha esposa faz faculdade. Nossa vida é aqui mesmo".
Falar do Vitória deixa o camisa 1 rubro-negro com os olhos cheios de lágrimas. “É difícil falar do Vitória... Me emociona sempre. Estudei a história do clube e achei parecida com minha história de vida. Eu e o Vitória só conseguimos as coisas com muita luta e pessoas tentando atrapalhar. Levantamos, caímos, encontramos pedras no caminho... Ser Vitória é isto. Hoje sou goleiro, baiano e rubro-negro”, garantiu Viáfara.
Entretanto, esta história de amor pode ter um fim. Em 2009, o colombiano renovou por mais dois anos e disse que não sairia do clube, mesmo com o rebaixamento. Não saiu. Porém, o final do ano pode ser o dia da despedida. “Pelo menos para mim, acho que o ciclo pode se fechar. Não vamos falar disso agora, né? Quero apenas comemorar este feito”, defendeu o Paredón.
As três alegrias de Viáfara no Leão:
17/05/2008 - Estreia
“Minha estreia aqui, contra o Sport, foi minha primeira alegria. Um jogo duro, que terminou 0 a 0, fora de casa. Fiz importantes defesas e acabei sendo titular desde então. Foi o segundo jogo do Vitória no retorno à Série A”.
19/05/2010 - 1º gol
”Há um ano, no jogo da Copa do Brasil, contra o Atlético-GO. Foi meu aniversário, fiz meu primeiro gol aqui, de falta, e nos classificamos para a final da Copa do Brasil. Me emociono até hoje... Foi um sonho”.
03/05/2009 - Decisões
”Meu primeiro título, contra o Bahia, marcou. Fomos vencedores nos últimos clássicos decisivos. Nestes três anos, não perdi nenhuma decisão do Estadual contra o Bahia. Nenhuma...”.
As três tristezas de Viáfara no Leão:
08/02/2009 - 1º clássico
”Meu primeiro Ba-Vi foi complicado. Levei um gol que foi brincadeira... Muito feio”.
28/07/2010 - Final na Vila
”Foi péssimo ter perdido o jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. Eu não joguei e fiquei no meio da torcida. Fui torcedor e saí tão triste quanto os outros rubro-negros”.
05/12/2010
”O jogo contra o Atlético de Goiás foi a última tristeza. Empatamos e fomos rebaixados. Será a última tristeza mesmo”.