Por Franciel Cruz
Nas priscas eras em que Acêmê mandava e desmandava no Judiciário baiano (e não só nele, frise-se), corria nos meios forenses do resto do país a seguinte prosopopéia: “Existem três tipos de Justiça. A boa, a ruim e a baiana”.
Pois muito bem. Mutatis Mutandi (recebam, larápios, um latinismo na torácica), a sarcástica sentença acima serve muito bem para a arbitragem desta província. Repetindo: “Existem três tipos de árbitros e bandeirinhas. Os bons, os ruins e os baianos”.
PUTAQUEPARIU O FURTO QUALIFICADO!!!
Sim, porque uma coisa é o erro no jogo e na vida, do qual ninguém está imune. Outra coisa bem diferente é este desembestado amor ao alheio que acomete os homens (?) de preto do futebol baiano toda vez que a situação do time da RMS se complica.
A propósito, lembro um ba X VI na Fonte Nova, em 1992, quando um sacana tentou enojar o baba, expulsando dois jogadores do Rubro-Negro. Ninguém me contou, não. Eu estava lá empurrando o alambrado e incentivando o time rumo ao heróico triunfo. Confiram nestes dois vídeos abaixo a preseparada do sacripanta do juiz e o golaço de arthuzinho (que Deus o tenha).
httpv://www.youtube.com/watch?v=_GG6CFA8K_U
httpv://www.youtube.com/watch?v=D8IEn7rdArg&feature=related
PUTAQUEPARIU O FURTO QUALIFICADO!!!
Mas, derivo. Derivo, mas destaco que em 1992 e ontem, assim como na época e que imperava Cabeça Branca, aqueles que deveriam arbitrar e se constituirem como os responsáveis pela justiça não fizeram questão alguma de demonstrar o mínimo de imparcialidade.
Exemplos? Vamos lá.
O ponteiro do relógio não marcava nem 10 minutos da etapa inicial quando um defensor do time de Dias D’Ávila puxou e agarrou pela camisa um atacante do Vitória, parecendo que queria levar o referido Rubro-Negro para o seu lar, sem nem se importar se o cara era casado ou não. O lance ocorreu exatamente na frente do bandeirinha ladrão (desculpe a redundância), que fez de conta que nem era com ele. Vale destacar que foi o mesmo sacana que não marcou a falta em Nino no lance do primeiro gol das injúrias.
Aliás, quando o jogo ainda estava 0 x 0, um rasta do paraguay da equipe da RMS derrubou Elkesson na grande área. Penalidade máxima na cara do assoprador de apito, que até apontou para a marca da cal. Porém, ele se lembrou que honestidade provoca úlcera (salve, Nelson Rodrigues). Assim, ato contínuo, mudou a direção da mão boba, marcando apenas escanteio.
É fato que existiram diversas outras patacoadas. Não as repetirei aqui para não cansar o impoluto ouvinte e também porque não adianta chorar sobre o leite roubado.
O que ainda pode ser revertido e mudado não está exatamente nas quatros linhas. Não apenas nela. Afinal, como digo no título, a culpa não foi (só) do juiz.
Um exemplo? Uelliton.
Independentemente do escroto do apito ter visto o lance ou não, o fato é que o referido meio-campista é useiro e vezeiro neste tipo de atitude. E não só neste. Basta lembrar a simulação de dores ainda na época de Experimentalgiane, que o qualificou de “mau caráter”.
Porém, o que a diretoria fez? Nécaras e nada. Então, ele se acha no direito de manguear a zorra na hora que quiser, pois não vai existir punição mesmo.
Outra (falta de) atitude da diretoria refere-se às arbitragens. Toda vez que o Vitória é vítima de erros grosseiros ou até de má-fé (como foi o caso de ontem) a Diretoria, quando fala algo, prende-se apenas ao trivial. Não toma nenhuma atitude concreta. Inclusive, quem souber de alguma representação OFICIAL da diretoria contra equívocos e furtos de arbitragem ganha uma revista dos irmãos metralhas.
Hômi, quá; sinhô, me deixe.
Por fim, para não ficar apenas nos lamentos e ranger de dentes, repito o que já disse no último texto. “As coisas só vão mudar em campo quando existir uma transformação de postura da Diretoria”.
E, para que isso ocorra, a atuação dos torcedores será fundamental. Aliás, justiça seja feita. A torcida Rubro-Negra já começou a mudar, tanto no cotidiano das arquibancadas, quanto na conscientização de que esta chibança não pode continuar ad infinitum. Afinal, não poderemos ficar (apenas) botando a culpa no juiz.
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