Viajar é beber em outro lugar.
Este abalizado axioma, desenvolvido por Iuri Vasconcelos Barros de Brito, jurista, meu amigo e filósofo (não necessariamente nesta ordem), sintetiza, genialmente, a serventia dos deslocamentos espaciais. Realmente, viajar é apenas beber numa urbe diferente.
Aliás, minto. Além de ingerir canjebrina, viajar serve também para torcer em outro lugar. Acontece que quem escolhe esta forma de sofrimento deve estar preparado para os piores aborrecimentos. De saída, constata-se logo que aquele fatídico ditado de que “o que os olhos não vêem o coração não sente” é conversa de chifrudo conformado.