Nome é destino. Este axioma é mais antigo do que o rascunho da bíblia. Aliás, por falar nas tais escrituras sagradas, reza a lenda que Abraão, na verdade, se chamava Abrão, Abram, em hebraico, que significa “Grande pai”. O problema é que o sujeito num tinha nem um filho. Então, Deus, que tudo sabe, tudo vê e em tudo quer dar um jeitinho, inventou de consertar o erro, acrescentando mais uma letra a, transformando-o em Abraão, que corresponde ao “pai das multidões”. A propósito, conforme é de conhecimento da culta e religiosa platéia que sintoniza esta impoluta emissora, “pai das multidões” na grafia original pode ter as seguintes formas: אברהם, Avraham ou ‘Abhrāhām.
Mas, derivo.
O fato é que nome é destino, especialmente no futebol. Exemplo? Um meio de campo habilidoso jamais pode se chamar Tonhão. Quem carrega tal glória desde a pia batismal deverá percorrer as quatro linhas sempre na zaga, na zona do agrião, dando botinadas em atacantes distraídos. O time que tiver um Tonhão com a camisa 10 tá condenado à infâmia.
Derivo novamente, porém volto para garantir que, apesar de nome ser destino, um apelido, às vezes, pode mudar a sina de uma pessoa.
Sim, amigos de infortúnios, volto a falar dele, o homem, o mito, o pentelho, Willian Henrique. O sujeito tem nome de príncipe, mas biotipo e atuação daquele pirracento personagem de desenho animado. E o apelido pica pau entra na história dele exatamente para transformá-lo num herói improvável. Ao misturar plebe e fidalguia, nobreza e mass media numa mesma pessoa, temos, enfim, um cabloco cheio de pernas, de braços, com cabelos completamente malamanhados e uma vocação irremediável para santo salvador Rubro-Negro.
Na bela campanha de 2013, o referido fez 928 gols no Brasileirão, se não me engana o responsável pelo criterioso setor de estatísticas desta emissora. Este ano, talvez por conta desta estranha crise de identidade, ele tava preso em algum universo paralelo.
Ontem, porém, o sacaninha recomeçou sua saga no Vitória. Ao entrar no segundo tempo, tal e qual um raio da siribrina, seja lá que porra isto signifique, o time apático que perdia de 1 x 0 para o Fluminense, se transformou numa máquina de jogar bola, fazendo inveja até àquele time da Alemanha. Num foi à toa que Fred, ao pressentir novo massacre, não aguentou a pressão e pediu o velho e ordinário penico.
Sei que muitos aqui não acreditam em destinos e premonições, mas a melhor partida do príncipe Willian Pica Pau Henrique, Primeiro e Único, foi exatamente contra o Fluminense de Nelson Rodrigues, no Rio de Janeiro, em pleno Maracanã. Meninos, eu estava lá e vi. E chorei.
Por falar em choro e ranger de dentes, termino a homilia dando (lá ele) um conselho aos amigos tricolores. Façam urgentemente um curso de línguas, pois no clássico de domingo a madeira vai gemer em 18 idiomas e 26 dialetos. E só Willian Pica Pau Henrique sabe falar a língua dos anjos e dos 600 DEMÔNHOS.
Amém.
Por: Franciel Cruz
O fato é que nome é destino, especialmente no futebol. Exemplo? Um meio de campo habilidoso jamais pode se chamar Tonhão. Quem carrega tal glória desde a pia batismal deverá percorrer as quatro linhas sempre na zaga, na zona do agrião, dando botinadas em atacantes distraídos. O time que tiver um Tonhão com a camisa 10 tá condenado à infâmia.
Derivo novamente, porém volto para garantir que, apesar de nome ser destino, um apelido, às vezes, pode mudar a sina de uma pessoa.
Sim, amigos de infortúnios, volto a falar dele, o homem, o mito, o pentelho, Willian Henrique. O sujeito tem nome de príncipe, mas biotipo e atuação daquele pirracento personagem de desenho animado. E o apelido pica pau entra na história dele exatamente para transformá-lo num herói improvável. Ao misturar plebe e fidalguia, nobreza e mass media numa mesma pessoa, temos, enfim, um cabloco cheio de pernas, de braços, com cabelos completamente malamanhados e uma vocação irremediável para santo salvador Rubro-Negro.
Na bela campanha de 2013, o referido fez 928 gols no Brasileirão, se não me engana o responsável pelo criterioso setor de estatísticas desta emissora. Este ano, talvez por conta desta estranha crise de identidade, ele tava preso em algum universo paralelo.
Ontem, porém, o sacaninha recomeçou sua saga no Vitória. Ao entrar no segundo tempo, tal e qual um raio da siribrina, seja lá que porra isto signifique, o time apático que perdia de 1 x 0 para o Fluminense, se transformou numa máquina de jogar bola, fazendo inveja até àquele time da Alemanha. Num foi à toa que Fred, ao pressentir novo massacre, não aguentou a pressão e pediu o velho e ordinário penico.
Sei que muitos aqui não acreditam em destinos e premonições, mas a melhor partida do príncipe Willian Pica Pau Henrique, Primeiro e Único, foi exatamente contra o Fluminense de Nelson Rodrigues, no Rio de Janeiro, em pleno Maracanã. Meninos, eu estava lá e vi. E chorei.
Por falar em choro e ranger de dentes, termino a homilia dando (lá ele) um conselho aos amigos tricolores. Façam urgentemente um curso de línguas, pois no clássico de domingo a madeira vai gemer em 18 idiomas e 26 dialetos. E só Willian Pica Pau Henrique sabe falar a língua dos anjos e dos 600 DEMÔNHOS.
Amém.
Por: Franciel Cruz