Há três meses com a camisa do Vitória, Escudero está longe de ser um turista argentino na Bahia. Apenas a Fonte Nova, local do jogo desta quarta-feira, 22, às 19h30, contra o Salgueiro, está no roteiro dos pontos turísticos que ele já conheceu.
Entretanto, o troféu do Mercado Modelo no Baianão chamou atenção do atleta, que resolveu conhecer o de verdade, na última terça-feira, 21, antes do treino. Bom motivo para pegar uma boa energia para vencer o time pernambucano, que elimina o Leão em caso de empate com gols.
Entretanto, o troféu do Mercado Modelo no Baianão chamou atenção do atleta, que resolveu conhecer o de verdade, na última terça-feira, 21, antes do treino. Bom motivo para pegar uma boa energia para vencer o time pernambucano, que elimina o Leão em caso de empate com gols.
Depois de se livrar da marcação dos flanelinhas e vendedores ambulantes, finalmente o gringo contemplou o prédio iniciado na gestão do imperador D. Pedro II. "É grande. Deve ter sido por isso que o troféu era pesado. Vende o quê aí dentro?", perguntou o camisa 11 do Leão.
"Todos me falam encantados das coisas da Bahia. Eu só conheço a praia do Litoral Norte, onde moro, o Barradão e a Fonte Nova. Infelizmente não dá tempo para conhecer os lugares onde jogo. Porém, me falaram que tem um lugar chamado Morro de São Paulo que preciso conhecer. É longe?".
Depois de saber o longo itinerário que o levaria a Morro de São Paulo, ele preferiu se contentar com o Mercadão. Logo na entrada, um vendedor de instrumentos musicais com a camisa do Bahia torceu a boca e disse que não venderia para o carrasco do tricolor. Com sorriso tímido, Escudero ponderou. "Deve ter algum rubro-negro para me ensinar berimbau".
E tinha. André Neguinho, como é conhecido o torcedor do Vitória que vende todo tipo de instrumento de percussão, viu Escudero de longe e abriu o sorriso. "Meu guerreiro! Deixa essa sardinha que não sabe tocar berimbau. Se chegue, meu campeão", gritou.
Primeiro, o argentino pegou o pandeiro. Sem talento para o batuque, perguntou sobre o berimbau e um acompanhamento chamou atenção. "É uma caxirola marrom?", perguntou o argentino, quando viu o caxixi.
Difícil mesmo foi acompanhar André na melodia. Porém, logo chegou gente com outros instrumentos para ajudar o craque. "Bom é correr atrás da bola mesmo. Meu instrumento é a chuteira. Muito mais fácil do que tocar berimbau", brincou o desajeitado hermano.
Quando os rubro-negros foram reconhecendo o atleta, o Mercado virou Barradão em dia de jogo. Todos se aglomeraram ao redor de Escudero, que foi cumprimentado até por torcedores do Bahia. "O cara não tem culpa se meu time está uma carniça. Queria ele no meu Baêa", disse um torcedor.
"Posso não ter conhecido os lugares de Salvador, mas sei sobre as pessoas. Todas me acolhem bem, incluindo torcedores de Vitória e Bahia. Sem contar que todos nascem com a música no sangue. No Vitória, os jogadores baianos só vivem cantando. Tudo é motivo para batuque", lembra.
Na saída, Escudero recebeu pedidos sobre o jogo de logo mais. "Gringo, broca o Salgueiro que já está na hora de ganhar um título nacional", gritou André. "Agora tenho sangue e swing baiano. Vamos entrar na Fonte como sempre fazemos: buscando o triunfo", finalizou.
Três perguntas para o meia Escudero:
Adaptado ao clima de Salvador?
Sim, mas foi difícil no verão. No início o calor estava me prejudicando muito, mas me acostumei depois de um tempo. Hoje, eu e minha família estamos adaptados e felizes nessa terra. O clima ficou mais agradável depois do início do ano.
E no Vitória?
Mais adaptado ainda. Desde que cheguei fui abraçado pelo clube. É um grupo excelente que merece um bom ano. Já me sinto parte do Vitória e garanto que meus amigos Maxi e Cáceres sentem o mesmo. Estamos em casa, sem dúvida. Todos gostam dos 'gringos'.
O que precisa ser feito para fazer um bom Brasileirão e Copa do Brasil?
São duas competições longas que precisam de um grupo forte. Já temos isso, mas creio que vamos precisar de mais reforços, pois os adversários serão mais fortes e perigosos. Vacilamos no Nordestão e vencemos o Estadual. Agora precisamos focar nas duas últimas competições do ano. Talvez, as mais importantes. (Moysés Suzart / A TARDE - Foto: Marco Aurélio Martins)
"Todos me falam encantados das coisas da Bahia. Eu só conheço a praia do Litoral Norte, onde moro, o Barradão e a Fonte Nova. Infelizmente não dá tempo para conhecer os lugares onde jogo. Porém, me falaram que tem um lugar chamado Morro de São Paulo que preciso conhecer. É longe?".
Depois de saber o longo itinerário que o levaria a Morro de São Paulo, ele preferiu se contentar com o Mercadão. Logo na entrada, um vendedor de instrumentos musicais com a camisa do Bahia torceu a boca e disse que não venderia para o carrasco do tricolor. Com sorriso tímido, Escudero ponderou. "Deve ter algum rubro-negro para me ensinar berimbau".
E tinha. André Neguinho, como é conhecido o torcedor do Vitória que vende todo tipo de instrumento de percussão, viu Escudero de longe e abriu o sorriso. "Meu guerreiro! Deixa essa sardinha que não sabe tocar berimbau. Se chegue, meu campeão", gritou.
Primeiro, o argentino pegou o pandeiro. Sem talento para o batuque, perguntou sobre o berimbau e um acompanhamento chamou atenção. "É uma caxirola marrom?", perguntou o argentino, quando viu o caxixi.
Difícil mesmo foi acompanhar André na melodia. Porém, logo chegou gente com outros instrumentos para ajudar o craque. "Bom é correr atrás da bola mesmo. Meu instrumento é a chuteira. Muito mais fácil do que tocar berimbau", brincou o desajeitado hermano.
Quando os rubro-negros foram reconhecendo o atleta, o Mercado virou Barradão em dia de jogo. Todos se aglomeraram ao redor de Escudero, que foi cumprimentado até por torcedores do Bahia. "O cara não tem culpa se meu time está uma carniça. Queria ele no meu Baêa", disse um torcedor.
"Posso não ter conhecido os lugares de Salvador, mas sei sobre as pessoas. Todas me acolhem bem, incluindo torcedores de Vitória e Bahia. Sem contar que todos nascem com a música no sangue. No Vitória, os jogadores baianos só vivem cantando. Tudo é motivo para batuque", lembra.
Na saída, Escudero recebeu pedidos sobre o jogo de logo mais. "Gringo, broca o Salgueiro que já está na hora de ganhar um título nacional", gritou André. "Agora tenho sangue e swing baiano. Vamos entrar na Fonte como sempre fazemos: buscando o triunfo", finalizou.
Três perguntas para o meia Escudero:
Adaptado ao clima de Salvador?
Sim, mas foi difícil no verão. No início o calor estava me prejudicando muito, mas me acostumei depois de um tempo. Hoje, eu e minha família estamos adaptados e felizes nessa terra. O clima ficou mais agradável depois do início do ano.
E no Vitória?
Mais adaptado ainda. Desde que cheguei fui abraçado pelo clube. É um grupo excelente que merece um bom ano. Já me sinto parte do Vitória e garanto que meus amigos Maxi e Cáceres sentem o mesmo. Estamos em casa, sem dúvida. Todos gostam dos 'gringos'.
O que precisa ser feito para fazer um bom Brasileirão e Copa do Brasil?
São duas competições longas que precisam de um grupo forte. Já temos isso, mas creio que vamos precisar de mais reforços, pois os adversários serão mais fortes e perigosos. Vacilamos no Nordestão e vencemos o Estadual. Agora precisamos focar nas duas últimas competições do ano. Talvez, as mais importantes. (Moysés Suzart / A TARDE - Foto: Marco Aurélio Martins)