Um time desarrumado, inconstante durante os noventa minutos e irritante nas finalizações. Mas me perguntam: como uma equipe enfia cinco em outra que briga pela classificação e não deixa uma boa expressão? É o dia que dá certo em alguns momentos do confronto.
O Carcará tem um bom elenco, recheado de caras conhecidas do futebol baiano, mas se abateu muito depois de levar os dois gols no finalzinho da etapa inicial. A ducha de água fria chegou aos oito minutos dos últimos quarenta e cinco minutos, quando Bira foi expulso. Isso fez com que o clube de Alagoinhas saísse para o ataque, pois precisava pelo menos de um empate para se manter perto do G4, abrindo espaços para o Leão.
Naquele momento, se fosse Cerezo, colocaria uma formação mais ofensiva, sem nenhuma dúvida. Mesmo com um a mais, o Vitória ainda conseguiu dar a oportunidade ao Atlético de marcar duas vezes. Não existe isso. Como não pode também é manter Lúcio Flávio e Arthur Maia entre os titulares, com Geovanni no elenco. Testados e reprovados, ambos deixam o time lento na saída de bola, dificultando a vida dos atacantes, que precisam voltar até o meio de campo para buscar jogo.
Não entendo o que passa na cabeça do comandante rubro-negro ao deixar Róbston e Pedro Ken no banco. É difícil ver isso. Muitas vezes um técnico não tem opção, mas no caso dele essa situação é diferente. A diretoria contratou bem e fortaleceu um setor bastante criticado ano passado e que continua abaixo da média por conta da teimosia de quem arma o time. Paciência.
Sobre a estreia de Rodrigo, gostei do que vi. Ainda muito aquém do que pode realmente render. Afinal de contas, são sete meses sem atuar. É muito tempo para um atleta de futebol. Vai ser uma briga boa com Gabriel e Victor Ramos.
Agora é esperar para ver se a insistência de Cerezo vai dar certo na quinta-feira, contra o São Domingos-SE, pela Copa do Brasil. Se não der, um abraço!
Por: Maurício Naiberg