Essa é a situação atual do técnico do Vitória, Toninho Cerezo, a quem tenho muito respeito pela história no clube e dentro do futebol. Mas esse seu amor incondicional ao meia Lúcio Flávio não faz mal somente ao time. Isso tem deixado e torcida chateada e preocupada com o futuro do Leão nesta temporada, e com razão.
E essa falta de brio e arrumação tática tem um motivo simples: a teimosia. Não sei quem disse a Cerezo que Lúcio Flávio vai arrumar algum meio de campo. Quero até saber, porque essa pessoa não entende bulhufas de bola. O marcador adversário tira a bola dele como um adulto pega o pirulito da criança, justamente por conta da sua lentidão. Com Geovanni no banco, vê-lo entrar em campo com a 10 é brincadeira e de muito mau gosto.
Acho que o comandante rubro-negro acertou em colocar Pedro Ken de primeira. Isso deu mais dinâmica ao setor de criação, mas Mineiro não está bem e foi responsável por ajudar Lúcio na armação das jogadas ofensivas. Essa opção atrapalhou bastante o rendimento da equipe. Ele poderia ter invertido, liberando mais Ken e recuando a cria da base rubro-negro ou até mesmo colocando Róbston em seu lugar. Era uma opção para dar mais vida ao time.
De resto, a mesma coisa de sempre. Mansur mostrando muito imaturidade, Victor oscilando, Michel se virando na marcação, Marquinhos com seu individualismo e Neto sozinho no ataque, correndo feito um condenado e recebendo bola quadrada. Esse é o time que Cerezo afirma ter padrão tático.
Ainda tento acreditar nesse trabalho do treinador rubro-negro e sua comissão técnica, mas, desta forma, está ficando cada vez mais difícil. O que nos resta é torcer para que tudo modifique. Caso contrário, essa insistência custará, sem dúvida, o emprego dele.
Por: Maurício Naiberg