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Meia Gilberto: "Entramos na briga (pelo G4). Isso é fundamental. Agora é manter a pegada e administrar"

Metaforicamente, Gilberto carrega consigo dois cronômetros regressivos. O primeiro fica preso no pulso direito. Os números diminuem indicando o fim da Série B – restam apenas quatro jogos –, e consequentemente aproximam o Vitória do aguardado retorno à elite.

Na próxima terça-feira, 8, contra o Americana, às 20h30, no Décio Vita, a possibilidade de encurtar esta distância é iminente. “Não podemos vacilar, de forma alguma”, define o meia.

O segundo relógio está desconfortavelmente alojado no braço esquerdo do veterano jogador. Naquele mesmo lado, com a perna canhota, Gilberto escreveu sua história no futebol, em 18 anos de carreira.

Hoje, aos 35, vê o aparelhinho fictício marca a aproximação com a hora da despedida. “Estou me preparando para isso. É doloroso, mas faz parte da vida do jogador”, mede.

No início do ano, quando deixou o Cruzeiro de forma tumultuada, Gilberto pensou em largar o futebol. Declarou publicamente a saída, mas reviu a posição e veio parar no Vitória. Ainda assim, o cronômetro esquerdo não parou de correr.

Apenas um relógio tem o poder de atrasar o outro. Caso o Vitória suba, Gilberto quer permanecer no Vitória em 2012. Já fala até em adiar a aposentadoria e ficar nos gramados por mais um ano.

Quero conversar com a diretoria sobre o assunto. Gostei muito daqui de Salvador e penso em encerrar a carreira no Vitória, ano que vem. Mas isso é ainda o próximo passo. Precisamos subir”, diz.

A adaptação de Gilberto à capital baiana veio sincronizada com seu entrosamento no time. Na goleada contra o Salgueiro, na última rodada, foi um dos destaques da equipe rubro-negra.

Por eu ter jogado na Seleção e tudo mais, o torcedor achava que eu ia chegar e marcar cinco gols no primeiro jogo. O entrosamento veio aos poucos. Agora sei que o Marquinhos gosta de uma bola mais em projeção. Sei também como o time marca e a postura sem a bola. Antes de chegar aqui, só conhecia o Lúcio (Flávio), o Geovanni e o Fernandinho de jogar junto. Tinha jogado contra o Zé Luis e o Geraldo... Só agora conheço todo mundo. E isso veio com o tempo”, pondera.

Em Salvador, Gilberto mora ainda em um hotel, no bairro de Stella Maris. Da morada com serviço de quarto, enxerga vantagens e desvantagens.

Como era um tiro curto, só três meses, optei pelo hotel mesmo. Se ficar para o ano que vem, vou escolher uma casa bacana e tudo mais. Salvador é muito bonita. Morar em hotel tem o lado ruim de não ter o seu canto, mas tem uma parte boa também. Hoje (ontem) mesmo tomei café com o Lars Grael. Fiz questão de falar com ele e dizer ele é um exemplo de superação”.

De fala fácil, Gilberto tem uma enorme facilidade para se expressar. Tanto é que, quando der o último nó nas chuteiras penduradas, seja lá quando, pensa em seguir carreira de comentarista de televisão.

Percebi a importância de me expressar bem quando morava na Alemanha (jogou no Herta Berlim de 2004 a 2007). Não sabia falar alemão e sempre saía com um intérprete. O problema era que quando ia fazer compras, o cara ficava dizendo que uma coisa era cara e que não devia comprar. Era chato aquilo. Resolvi entrar no curso de alemão e aprendi tudo. Hoje tem amigos com quem falo ao telefone só em alemão”, conta.

Outra alternativa do meia após largar a bola é ser técnico. No fim do ano programa fazer um curso para treinador, no Rio. Planos futuros, mas que hoje se resumem em ajudar o Vitória. “É o que penso no momento, somente. É o que vai acontecer”, diz. Em meio a dois cronômetros, o alarme toca, no braço direito, a hora do Vitória.

Cinco perguntas para Gilberto

O Vitória finalmente embalou no campeonato. O que falta para subir?
Gilberto: Entramos na briga. Isso é fundamental. Agora é manter a pegada e administrar. Nessa hora, jogar com inteligência é fundamental. Temos que ter raça, luta, mas também saber pensar o jogo.

É seu momento, então, né? Você é um dos mais experientes do grupo...
Gilberto: O grupo todo tem que jogar focado. O torcedor está ansioso. Nós jogadores, que estamos lá dentro, temos que manter a calma. Volto a dizer que temos que jogar com inteligência. Temos que nos entregar em campo, mas saber aproveitar as chances.

Como tem sido o espírito do grupo nesta reta final?
Gilberto: É um grupo muito maduro, assimila bem as coisas. Temos conseguido controlar a ansiedade.

Como você tem feito para segurar a ansiedade?
Gilberto: Gosto muito de ouvir música. Sou um cara eclético, que escuto de tudo. Gosto de Marisa Monte, Tim Maia, Roberto Carlos. Gosto dos bregas do Dicró... Tenho o costume de baixar música na concentração. Quando morava na Inglaterra, comprava música no Itunes. Agora, lhe digo, ainda tenho o costume de comprar CD. Gosto de coletâneas.

Passou a gostar de outros tipos de música nos tempos em que morou fora?
Gilberto: Claro. Sou muito ligado à música. Sempre que viajava procurava um som diferente. Passei a gostar de Rolling Stones, na Inglaterra, e também Coldplay. Agora, pior foi minha filha que me fez pagar R$ 500 pra ir pra Justin Bieber, no Rio, acredita? (André Uzêda / A TARDE)
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