Chamar Geovanni de maestro não é incorrer no porto seguro do batido clichê do jornalismo esportivo. Aos 31, o mineiro é o contraponto no perfil da garotada promovida por Antônio Lopes para formar a equipe do Vitória.
Corre menos que o restante do grupo, usa pouco o contato físico na briga pela bola e pouco se expõe nas disputas pessoais com os zagueiros. Seus trunfos, contudo, superam de longe suas deficiências. Seu toque de classe que definiu o Ba-Vi do último domingo, 24, em cobrança de falta, aos dois minutos de jogo, evidenciam muito além de um jogador de técnica apurada.
Corre menos que o restante do grupo, usa pouco o contato físico na briga pela bola e pouco se expõe nas disputas pessoais com os zagueiros. Seus trunfos, contudo, superam de longe suas deficiências. Seu toque de classe que definiu o Ba-Vi do último domingo, 24, em cobrança de falta, aos dois minutos de jogo, evidenciam muito além de um jogador de técnica apurada.
// Tudo sobre o BAVI de 01/05/11
Maduro, Geovanni demonstra zelo com a profissão, além de experiência suficiente para reger a equipe rubro-negra.
“Treino falta desde os 18 anos. E desde então venho me aprimorando bastante. A repetição ajuda a dar tranquilidade na hora de decidir. Ao pegar a bola no Ba-Vi, já sabia automaticamente que era melhor bater forte e ao mesmo tempo colocado no canto onde estava o goleiro. Esse tipo de coisa só vem com a prática”, teoriza o camisa 9 do Leão, que tem no ex-corintiano Marcelinho Carioca e no goleiro são-paulino Rogério Ceni suas inspirações para arremates decisivos.
Pelo Vitória, nesta temporada, já foram dois gols com a bola viajando sobre a barreira e morrendo no fundo das redes. “Sinto confiança para bater faltas aqui no Vitória. Procuro estimular os meninos que também costumam cobrar, como Elkeson e Uelliton, a se aprimorar sempre nos treinos. Eles já são bons, treinando, então, serão excelentes”, dá moral.
A experiência ajuda a calçar as chuteiras verde-cana do meia atacante rubro-negro. E não apenas na ‘paciência de ourives’ em busca da perfeição.
Nesta temporada Geovanni já marcou 8 gols em dez jogos com a camisa do Vitória. Tem a segunda melhor média da equipe (0,8), perde apenas para Nikão, treze anos mais novo, e com média de um gol por jogo.
// Veja a artilharia do Vitória em 2011
“Vivo um dos melhores momentos da minha carreira. Desde que cheguei aos 28 anos tenho entendido mais como um jogo de futebol é jogado. Tem a hora de correr para cansar o adversário, de parar o jogo, de truncar a partida. Pena que não tenho o mesmo vigor de quanto tinha 21 [anos]. Mas é aquela coisa, não se pode ter tudo”, lamenta com bom humor o meia do Leão.
Minientrevista com Geovanni:
Até para você, um jogador com grande experiência internacional, marcar gols em clássicos chega a ser uma experiência diferenciada?
Geovanni: A questão daquele jogo não é só por ser um clássico. Tem o lado de ser uma semifinal também. Foi um jogo decisivo, onde o detalhe prevaleceu. Acho que isso que dá o tempero diferente para um jogo como aquele. Isso que me deixou mais feliz, ter ajudado minha equipe em uma partida tão difícil e importante.
Mas o fato de o gol ter sido marcado em cima do Bahia não contribui em nada com sua felicidade?
Geovanni: É bom sim. Mas já fiz gols em clássicos quando jogava no Cruzeiro, em Portugal e na Inglaterra. Não chega a ser uma novidade para mim.
A vaga da semifinal já está definida depois do 1 a 0?
Geovanni: Não. O Bahia jogou muito bem. Tem sido uma equipe forte e deve vir com tudo no Barradão. O torcedor pode falar o que quiser, mas nós temos que estar concentrados para saber que a vaga só termina quando o juiz apitar o fim do jogo.
A exemplo do último jogo, você acha que a bola parada pode também definir o próximo Ba-Vi?
Geovanni: A bola parada tem sido um recurso importante no futebol do mundo todo. Quem souber usar terá vantagem.
Por: André Uzêda - Jornal A TARDE / Foto: Erik Salles
Maduro, Geovanni demonstra zelo com a profissão, além de experiência suficiente para reger a equipe rubro-negra.
“Treino falta desde os 18 anos. E desde então venho me aprimorando bastante. A repetição ajuda a dar tranquilidade na hora de decidir. Ao pegar a bola no Ba-Vi, já sabia automaticamente que era melhor bater forte e ao mesmo tempo colocado no canto onde estava o goleiro. Esse tipo de coisa só vem com a prática”, teoriza o camisa 9 do Leão, que tem no ex-corintiano Marcelinho Carioca e no goleiro são-paulino Rogério Ceni suas inspirações para arremates decisivos.
Pelo Vitória, nesta temporada, já foram dois gols com a bola viajando sobre a barreira e morrendo no fundo das redes. “Sinto confiança para bater faltas aqui no Vitória. Procuro estimular os meninos que também costumam cobrar, como Elkeson e Uelliton, a se aprimorar sempre nos treinos. Eles já são bons, treinando, então, serão excelentes”, dá moral.
A experiência ajuda a calçar as chuteiras verde-cana do meia atacante rubro-negro. E não apenas na ‘paciência de ourives’ em busca da perfeição.
Nesta temporada Geovanni já marcou 8 gols em dez jogos com a camisa do Vitória. Tem a segunda melhor média da equipe (0,8), perde apenas para Nikão, treze anos mais novo, e com média de um gol por jogo.
// Veja a artilharia do Vitória em 2011
“Vivo um dos melhores momentos da minha carreira. Desde que cheguei aos 28 anos tenho entendido mais como um jogo de futebol é jogado. Tem a hora de correr para cansar o adversário, de parar o jogo, de truncar a partida. Pena que não tenho o mesmo vigor de quanto tinha 21 [anos]. Mas é aquela coisa, não se pode ter tudo”, lamenta com bom humor o meia do Leão.
Minientrevista com Geovanni:
Até para você, um jogador com grande experiência internacional, marcar gols em clássicos chega a ser uma experiência diferenciada?
Geovanni: A questão daquele jogo não é só por ser um clássico. Tem o lado de ser uma semifinal também. Foi um jogo decisivo, onde o detalhe prevaleceu. Acho que isso que dá o tempero diferente para um jogo como aquele. Isso que me deixou mais feliz, ter ajudado minha equipe em uma partida tão difícil e importante.
Mas o fato de o gol ter sido marcado em cima do Bahia não contribui em nada com sua felicidade?
Geovanni: É bom sim. Mas já fiz gols em clássicos quando jogava no Cruzeiro, em Portugal e na Inglaterra. Não chega a ser uma novidade para mim.
A vaga da semifinal já está definida depois do 1 a 0?
Geovanni: Não. O Bahia jogou muito bem. Tem sido uma equipe forte e deve vir com tudo no Barradão. O torcedor pode falar o que quiser, mas nós temos que estar concentrados para saber que a vaga só termina quando o juiz apitar o fim do jogo.
A exemplo do último jogo, você acha que a bola parada pode também definir o próximo Ba-Vi?
Geovanni: A bola parada tem sido um recurso importante no futebol do mundo todo. Quem souber usar terá vantagem.
Por: André Uzêda - Jornal A TARDE / Foto: Erik Salles