O longo tempo no clube poderia fazer de Bida um dos grandes ídolos do clube, a exemplo de Vanderson, que apesar da visível queda de rendimento nos últimos anos, manteve o respeito e admiração da torcida por suas declarações de amor ao clube e raça demonstrada a cada jogo.
A falta de empenho em muitos jogos, desencadeou uma íra de parte da torcida em relação ao jogador. O fato é que Bida não faz questão de reverter tal situação. Muito pelo contrário.
Ao ser procurado pelo Vitória para renovar o seu contrato que expira ao final do ano, Bida negou-se a assinar a renovação e explicitou o desejo incontido de sair da Toca do Leão, respirar novos ares e, porque não dizer, sugar novo sangue.
Nos últimos três jogos Bida assistiu os triunfos do Vitória sentado no banco de reservas. Em campo, uma nova safra de talentos formado nas divisões de base, com identificação com as cores do clube e, em questão de tempo, com maior identificação com a torcida: Esdras, Mineiro e Duylio são os novos titulares: os meninos da Toca.
Resta ao Vitória a dignidade de não insistir em renovar o contrato de Bida, mas antecipar a sua saída. Este seria um gesto nobre e de gratidão pelos “serviços prestados ao clube nos seis longos anos em que aqui esteve”. Um presente para o atual reserva, que terá a oportunidade de reescrever sua história no Ipitanga, onde foi revelado. Mas um enorme presente à torcida do Vitória, que apenas espera dos jogadores honra e respeito ao manto sagrado.
Por: Michel Silva