O portal A TARDE On Line teve as condições normais de acesso restauradas nesta quinta-feira, 17, depois de adotar medidas que ampliaram a capacidade dos seus servidores. O acesso ao portal da empresa ficou instável por seis dias, devido à ação de hackers.Para o gerente de Tecnologia da Informação (TI) do Grupo A TARDE, Marcelo Barreiro, trata-se de uma ação de vandalismo. “Não houve invasão. Este foi um ataque que fez com que os servidores do portal negassem acesso aos usuários legítimos”, explica Barreiro.
Neste tipo de ataque, milhares de computadores infectados com vírus são programados para acessar ao mesmo tempo uma determinada página na internet. Com o aumento inesperado do fluxo de acessos, os servidores alvos dos ataques não dão conta do volume de dados solicitados e a página fica fora do ar.
Essa estratégia hacker recebe o nome de DDoS, acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service, algo como Negação de Serviço Distribuída. Em geral, basta apenas um hacker trabalhando de um computador para comandar toda a ação em massa. Primeiro ele identifica os computadores infectados com tipos específicos de vírus para, então, enviar o comando que determina o acesso ao site.
O volume de pedidos simultâneos de acesso ao site de A TARDE saltou mais de 5.000%. Foram identificados pelo menos 1,5 milhão de IPs (Internet Protocol) – número que “identifica” um computador – possivelmente envolvidas no ataque, segundo calcula Barreiro. Para fazer frente à situação, primeiro o acesso ao portal foi bloqueado, para, então, liberá-lo por etapas para as conexões identificadas como seguras.
Nesta quinta, com a ampliação da capacidade do servidor, o acesso ao A TARDE On Line foi normalizado. O gerente de TI, Marcelo Barreiro, destaca a colaboração que recebeu de diversas empresas que cederam técnicos, equipamentos e sugeriram soluções.
O Comando Geral da Polícia Militar chegou a emprestar um aparelho que identifica e bloqueia acessos nocivos. “A solidariedade entre os profissionais da área é algo que chama a atenção”, diz Barreiro.
Serviços do Google, Yahoo, Amazon e CNN já foram vítimas de ataques deste tipo, assim como sites do governo dos Estados Unidos. (A TARDE)
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