Já o adversário veio todo completinho e com o ataque de grife com Adriano Imperador e Vágner Love. Na moral, o favoritismo era todo deles, mesmo o jogo sendo no nosso alçapão, com torcida apoiando e o escambau. E para piorar, a chuva que caiu durante a partida só fez prejudicar os nossos jogadores, que já tem limitações com campo seco e sofreu bastante com as poças que se formaram.
Mas já está mais que provado que o Vitória é osso duro de roer para os flamenguistas aqui no Barraquistão. Raramente perdemos para eles aqui e quando não vencemos damos muito trabalho a eles. Não somos qualquer timinho que faz a festa para eles não. Aqui é Vitória, aqui é o Barradão e tem que respeitar! Nos últimos 03 confrontos na Toca três empates e em todos, o Leão jogou com muita raça, disposição, coração e uma pitada de talento.
Já neste ano, iniciamos muito nervosos, o time sentiu as faltas dos titulares e os garotos que entraram também não vinham com bom ritmo de jogo, o que causou o primeiro gol do Flamengo logo no início e antes, o nosso goleiro Vinícius já tinha dado um sinal de que estava inseguro, quando quase tomou um frango em chute cruzado de Adriano. No gol do time carioca, ele vacilou na tentativa de cortar o cruzamento, falhou e Love foi pra sua galera.
Com 1×0 contra e com a chuva torrencial, parecia que o Flamengo teria o seu dia de sorte no Barradas, até porque estávamos com tantos desfalques e sem jogar absolutamente NADA durante todo o primeiro tempo. A situação só melhorou depois que a chuva deu uma tregua no intervalo, um funcionário do clube conseguiu amenizar as áreas mais críticas (poças) e os caras sentiram o apelo da torcida que gritou “guerreiro, time de guerreiro”.
Gostei muito da disposição dos caras. Se não vai pelo talento que seja pela garra, determinação e coração. Driblamos várias dificuldades, como a própria diferença técnica de nosso time “misto” com os titulares deles, a sempre questão da arbitragem que sempre apita pro considerado “mais forte”, a questão do campo, já que a chuva voltou a cair forte e contra o relógio, que quando o time está perdendo parece que passa mais rápido.
Já merecíamos empatar mais cedo, mas a bola não achava o seu destino. Destino este que quis repetir, mas agora do lado contrário, a sensação de um triunfo esvair por um empate sofrido. Se em 2009 a torcida dos Filhos da Mídia saíram gritando e festejando o empate em 3×3 depois de estarmos bem perto do triunfo, este ano eles sentiram o que nós sentimos. Os falsos baianos já estavam cantando vitória, quando aos 41 minutos, o injustiçado e perseguido Elkeson, mostrou mais uma vez o seu valor com um golaço de falta, bem ao estilo Ramon, Pet, Zico e seja lá quem for.
O importante é que sabemos que nosso time é limitado, que precisa de reforços, mas que mesmo com todos estes atenuantes negativos, na raça conseguimos dar testa em um clube campeão brasileiro da temporada passada e que está na fase eliminatória da tão disputada Taça Libertadores. O que a gente não pode deixar de fazer é pressionar a diretoria por reforços e talvez até por um treinador mais experiente.
Mas hoje o time merece aplausos.