Chegamos ao oitavo BAVI sem vencer as sardinhas de Itinga, cedendo o empate por um gol no último minuto do clássico de ontem (11/05), quando, mesmo com um sofrimento enorme e um jogo de pegada e sem maiores técnicas, já vislumbrávamos os três pontos ganhos e o fim de um jejum de um ano.
O que levou Ney Franco a pedir para sair do Vitória, além da proposta para ir pro Flamengo? Esta é a pergunta que não quer calar e difícil de se responder. Vamos dar tempo ao tempo.
Ney vinha demonstrando ser um cabeça dura (arrogante manso – aquele que parece humilde, mas não é), um teimoso. Fechou com alguns jogadores que não vinham correspondendo em campo, vivendo de passado, cheios de máscara (vejam que não falo das baladas). Em nenhum momento, cheguei a dizer que ele não era um bom técnico. Admirei seu jeito sereno de ser, porém vimos depois que não era bem assim.
Nos seus oito meses à frente da Comissão Técnica (04/09/13 – 11/05/14), Ney Franco teve um aproveitamento de cinquenta e quatro por cento (54,17%), ou seja, de sessenta e quatro jogos, ganhou vinte e oito, empatou vinte e perdeu dezesseis. O detalhe preponderante é que não ganhou nada (nenhum título) em 2014, além de ter saído na primeira fase da Copa do Brasil, apesar de ter colocado o ECVITÓRIA na quinta posição do Campeonato Brasileiro de 2013. Fato que alimentava o ego e vaidade de muitos.
Claro que para este ano perdemos, por contusão, o nosso melhor jogador, Escudero, além dos dois zagueiros (Vitor Ramos e Kadu) terem deixado o clube, mas um caro e bom técnico serve para isso: montar o seu time e , se for o caso, tirar leite de pedra, surpreender, ser menos previsível, dançar conforme a música, pois cada jogo é um jogo e tem a sua própria história. Nas suas entrevistas, após as derrotas para o time de Itinga, sempre reconhecia que tinha tomado nó tático de Marquinhos, seu discípulo.
Liderança é algo muito complicado (um bom líder/gestor é aquele que toma as decisões certas nas horas certas), principalmente no mundo do futebol, com jogadores cheios de vaidade e, na maioria das vezes, sem uma formação mais eclética. Por isso, precisa-se ter um bom planejamento e uma execução ainda melhor. Esperamos que o novo Diretor de Futebol, Luís Felipe Ximenes (46 anos), não perca o tempo que o seu antecessor Raimundo Queiroz perdeu para fazer as mudanças e contratações necessárias para que o NOSSO GLORIOSO VITÓRIA volte a brilhar e dar alegria aos seus torcedores. Que contrate uma nova Comissão Técnica de qualidade, adequada ao perfil do nosso time o mais rápido possível. É preciso dar uma sacudida em alguns e oportunidade a outros, pois TÉCNICOS, JOGADORES E DIRIGENTES PASSAM, MAS O ECVITÓRIA NÃO.
Estamos recomeçando o ano agora (novamente – desculpem, mas não é redundância). Temos que recuperar o tempo perdido. Não se pode mais errar ou ficar com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar. É hora de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.
VITÓRIA, VOCÊ É A SOMA DE TODOS NÓS!!!
Por: Antônio Rocha