A semana em que o Vitória poderá confirmar o retorno para a elite do futebol nacional começou quente na Toca do Leão. Nesta segunda-feira, o volante Uelliton chegou ao centro de treinamento rubro-negro para se reapresentar com o restante do elenco, mas, em vez de chuteiras e uniforme, acabou de sandália, bermuda e camiseta.
Em tom de indignação, o ex-capitão da equipe baiana afirmou que recebeu férias antecipadas e não poderá treinar nesta semana e muito menos entrar em campo para a partida contra o Ceará, marcada para sábado, às 16h20m (horário de Brasília), no Barradão, pela 38ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Em tom de indignação, o ex-capitão da equipe baiana afirmou que recebeu férias antecipadas e não poderá treinar nesta semana e muito menos entrar em campo para a partida contra o Ceará, marcada para sábado, às 16h20m (horário de Brasília), no Barradão, pela 38ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Sem papas na língua, Uelliton afirmou que o diretor de futebol do Vitória, Raimundo Queiroz, foi o responsável pelo seu afastamento. Segundo o volante, logo após chegar ao clube esta tarde, ele foi chamado para uma reunião com o dirigente para ser comunicado da liberação.
- Não vim para cá a passeio, vim para treinar normalmente com o grupo. Só não vou treinar hoje por causa do dono do Vitória, o Raimundo Queiroz. Quando cheguei aqui na Toca do Leão, ele pediu que eu fosse até a sala dele. Acabei sendo pego de surpresa e nem quis conversar com ele. Preferi conversar com o Mário Silva [supervisor do clube], que conheço há dez anos. Não converso com o Raimundo Queiroz. Não quero nem saber dele – disse Uelliton.
O jogador não poupou críticas ao cartola rubro-negro. Para Uelliton, a renovação de contrato com o clube só não ocorreu por falta de vontade de Raimundo Queiroz. O vínculo do jogador com o time baiano se encerra em dezembro deste ano.
- Tenho contrato com o Vitória até o final de 2012. O presidente do clube, Alexi Portela, tinha interesse em renovar. Ele pediu para o Queiroz renovar, e ele não teve o interesse. E, se não tem interesse, então é melhor sair do clube – declarou o jogador.
Uelliton também acusou Queiroz de jogá-lo contra a torcida. De acordo com o jogador, o dirigente criou histórias que o deixaram em rota de colisão com o torcedor rubro-negro.
- Tenho dez anos no clube, mas não me respeitaram. Disseram que eu estava negociando um prêmio de R$ 5 milhões para subir. Que tinha panelinha e ninguém gostava de mim aqui dentro. Foi o próprio Raimundo Queiroz que falou isso. Nem participei da reunião para definir a premiação. O diretor não tem caráter. Chegou nas rádios e falou mal de mim. Acho que meu ciclo no Vitória acabou. Amo muito o Vitória, mas para mim acabou. O torcedor me ameaçou. A partir do momento que ameaça a família, é melhor ir para outro lugar – ponderou.
Além de falar sobre o afastamento, Uelliton aproveitou para desmentir os boatos de que já teria assinado contrato com outro clube e ressaltou que permanece jogador rubro-negro, pelo menos até o final do ano.
- Tenho contrato com o Vitória até o final de 2012. Não estou sabendo de nenhuma proposta, não acertei com ninguém. Se meu empresário falou que estou perto de algum time, deve ter alguma coisa boa. Mas não assinei nem com Cruzeiro nem com Inter nem Vasco nem Bahia. Estou livre, o time que chegar com proposta boa eu assino – confessou.
Medo da torcida e confiança no acesso
Por conta do mal estar com a torcida, Uelliton não pretende sequer assistir à partida contra o Ceará no Barradão. O jogador afirmou que, para evitar confusão, irá ficar em casa, confiante que o time rubro-negro sairá de campo com o acesso confirmado no próximo sábado.
- Não posso nem aparecer aqui. É melhor ficar em casa, assistindo à televisão, torcendo por meus companheiros - disse o ex-capitão do Vitória.
Uelliton disse ainda que se sentia injustiçado no clube. O jogador destacou que todo o elenco rubro-negro caiu de rendimento no segundo turno da Série B, mas só ele foi alvo de críticas da torcida.
- Era capitão do time, e a culpa tinha que cair em alguém. Sempre tem que ter um culpado e acabou sendo eu. Mas todo time caiu de produção. Não tem 11 Uellitons dentro de campo. Cada um faz o seu. Mas agora é bola para frente - concluiu o jogador.
Histórico de problemas
O ano de 2012 foi recheado de problemas para Uelliton. Logo no início da temporada, o jogador afirmou que já estava na hora de deixar o clube e recebeu duras críticas do torcedor. A relação entre o volante e a torcida só foi reestabelecida no aniversário do ex-capitão, quando milhares de pessoas cantaram 'Parabéns para você' nas arquibancadas do Barradão.
Pouco tempo depois, no entanto, o clima ruim voltou a imperar. A gota d'água para a relação azedar de vez ocorreu na partida contra o América-MG, quando o volante perdeu um pênalti no primeiro tempo, foi vaiado e acabou substituído no intervalo.
Além de confusões com a torcida, Uelliton também se meteu em problemas com o técnico Paulo César Carpegiani. O jogador foi afastado pelo treinador para tratar de uma lesão, mas logo em seguida deu entrevista coletiva e declarou que estava pronto para jogar. No dia seguinte, os médicos do clube anunciaram que o volante estava machucado e ficaria duas semanas longe dos gramados. O incidente dificultou o trato entre atleta e treinador.
Como última declaração antes de deixar o clube, Uelliton pediu desculpas pelo histórico conturbado na Toca do Leão.
- Tem coisas das quais eu me arrependo de não ter feito. Não joguei alguns jogos bem. Falei coisa no início do ano que não deveria. Daqui pra frente vou tocar minha vida, e o Vitória vai seguir com a dele - finalizou o jogador. ( Thiago Pereira / GloboEsporte)
- Não vim para cá a passeio, vim para treinar normalmente com o grupo. Só não vou treinar hoje por causa do dono do Vitória, o Raimundo Queiroz. Quando cheguei aqui na Toca do Leão, ele pediu que eu fosse até a sala dele. Acabei sendo pego de surpresa e nem quis conversar com ele. Preferi conversar com o Mário Silva [supervisor do clube], que conheço há dez anos. Não converso com o Raimundo Queiroz. Não quero nem saber dele – disse Uelliton.
- Tenho contrato com o Vitória até o final de 2012. O presidente do clube, Alexi Portela, tinha interesse em renovar. Ele pediu para o Queiroz renovar, e ele não teve o interesse. E, se não tem interesse, então é melhor sair do clube – declarou o jogador.
Uelliton também acusou Queiroz de jogá-lo contra a torcida. De acordo com o jogador, o dirigente criou histórias que o deixaram em rota de colisão com o torcedor rubro-negro.
- Tenho dez anos no clube, mas não me respeitaram. Disseram que eu estava negociando um prêmio de R$ 5 milhões para subir. Que tinha panelinha e ninguém gostava de mim aqui dentro. Foi o próprio Raimundo Queiroz que falou isso. Nem participei da reunião para definir a premiação. O diretor não tem caráter. Chegou nas rádios e falou mal de mim. Acho que meu ciclo no Vitória acabou. Amo muito o Vitória, mas para mim acabou. O torcedor me ameaçou. A partir do momento que ameaça a família, é melhor ir para outro lugar – ponderou.
Além de falar sobre o afastamento, Uelliton aproveitou para desmentir os boatos de que já teria assinado contrato com outro clube e ressaltou que permanece jogador rubro-negro, pelo menos até o final do ano.
- Tenho contrato com o Vitória até o final de 2012. Não estou sabendo de nenhuma proposta, não acertei com ninguém. Se meu empresário falou que estou perto de algum time, deve ter alguma coisa boa. Mas não assinei nem com Cruzeiro nem com Inter nem Vasco nem Bahia. Estou livre, o time que chegar com proposta boa eu assino – confessou.
Medo da torcida e confiança no acesso
Por conta do mal estar com a torcida, Uelliton não pretende sequer assistir à partida contra o Ceará no Barradão. O jogador afirmou que, para evitar confusão, irá ficar em casa, confiante que o time rubro-negro sairá de campo com o acesso confirmado no próximo sábado.
- Não posso nem aparecer aqui. É melhor ficar em casa, assistindo à televisão, torcendo por meus companheiros - disse o ex-capitão do Vitória.
Uelliton disse ainda que se sentia injustiçado no clube. O jogador destacou que todo o elenco rubro-negro caiu de rendimento no segundo turno da Série B, mas só ele foi alvo de críticas da torcida.
- Era capitão do time, e a culpa tinha que cair em alguém. Sempre tem que ter um culpado e acabou sendo eu. Mas todo time caiu de produção. Não tem 11 Uellitons dentro de campo. Cada um faz o seu. Mas agora é bola para frente - concluiu o jogador.
Histórico de problemas
O ano de 2012 foi recheado de problemas para Uelliton. Logo no início da temporada, o jogador afirmou que já estava na hora de deixar o clube e recebeu duras críticas do torcedor. A relação entre o volante e a torcida só foi reestabelecida no aniversário do ex-capitão, quando milhares de pessoas cantaram 'Parabéns para você' nas arquibancadas do Barradão.
Pouco tempo depois, no entanto, o clima ruim voltou a imperar. A gota d'água para a relação azedar de vez ocorreu na partida contra o América-MG, quando o volante perdeu um pênalti no primeiro tempo, foi vaiado e acabou substituído no intervalo.
Além de confusões com a torcida, Uelliton também se meteu em problemas com o técnico Paulo César Carpegiani. O jogador foi afastado pelo treinador para tratar de uma lesão, mas logo em seguida deu entrevista coletiva e declarou que estava pronto para jogar. No dia seguinte, os médicos do clube anunciaram que o volante estava machucado e ficaria duas semanas longe dos gramados. O incidente dificultou o trato entre atleta e treinador.
Como última declaração antes de deixar o clube, Uelliton pediu desculpas pelo histórico conturbado na Toca do Leão.
- Tem coisas das quais eu me arrependo de não ter feito. Não joguei alguns jogos bem. Falei coisa no início do ano que não deveria. Daqui pra frente vou tocar minha vida, e o Vitória vai seguir com a dele - finalizou o jogador. ( Thiago Pereira / GloboEsporte)
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