- Se o Vitória não ganhar, o pau vai quebrar. Ou sobe por amor ou sobe por terror! – gritavam os membros da organizada, que chamavam os atletas de mercenários e reclamavam sobre uma suposta quantia de R$ 5 mil que os jogadores estariam recebendo por triunfo do Vitória.
- Jogadores, prestem atenção! Muito respeito com a camisa do Leão! - entoavam os torcedores.
O atacante William, o volante Michel e o goleiro Deola desceram do veículo e tentaram conversar com os membros da organizada. No entanto, os atletas foram xingados pela torcida e não conseguiram levar a negociação adiante.
- A gente sabe que não está jogando bem, mas este tipo de protesto não ajuda. A gente precisa da torcida ao nosso lado. Agora vamos nos reunir e pensar, porque o clima ficou estranho – afirmou William.
- Torcedor pode protestar, mas não tem o direito de tocar em jogador algum. Eu sei bem quem me agrediu. Fiquei nervoso na hora, mas foi somente no momento. Agora é concentrar para a partida, porque quero muito vencer - opinou o zagueiro Gabriel.
Diante da violência do protesto, uma viatura da Polícia Militar foi chamada, e o ônibus teve de ir direto para a pista de embarque, seguido pela massa que protestava. Aos gritos de ‘mercenário’, Uelliton precisou ser escoltado pelos PM’s para deixar o ônibus.
- Uelliton! Vá se f...! O meu Vitória não precisa de você! - gritavam os membros da organizada. (GloboEsporte / Fotos: Pedro Canísio / Eric Luis Carvalho)