Em nenhum momento nesta competição, o rubro-negro fez uma atuação fantástica durante os noventa minutos. Isso é um fato. E nesta derrota para o Bragantino ficou comprovado que essa equipe não contará com a sorte sempre.
Agora, minha maior preocupação mesmo está no meio de campo. Neste esquema tático de Carpegiani, há um verdadeiro buraco no setor. O Vitória não tem criação. É só chutão. Não adianta colocar Pedro Ken como terceiro atacante que ele nunca fez isso na vida. Nem Michel de armador, porque ele também jamais atuou assim.
Sabe o que acontece com isso? Perde um cara como Ken na armação das jogadas, isola Leílson, que, por sinal, se esconde o tempo inteiro, e deixa dois marcadores – Michel e Uelliton – com a responsabilidade de sair para o jogo, abrindo espaços na defesa. Resumindo: erra na frente e proporciona contra-ataque o tempo todo.
Futebol é feijão com arroz. Se você tem Eduardo Ramos e Tartá no banco, porque alterar posições de atletas que rendem em suas respectivas funções? Não existe isso. O engraçado nisso tudo é que depois o treinador fala que não tem opção. Tem sim e deixa de usar porque não quer mesmo.
Outra coisa: Marcelo Nicácio não é homem de referência. Nunca foi. Ele sempre se movimentou bastante e foi uma necessidade usá-lo nesta posição. Como posso falar dele aqui se nem oportunidades de fazer gols teve? O problema é que seu companheiro de ataque, Marquinhos, não tem jogado absolutamente nada. Produz pouco e reclama muito. Jogar por nome não significa mais nada hoje em dia.
E, torcedor, pelo amor de Deus: 13 mil pessoas no Barradão, em uma noite agradável de sexta-feira? Qual foi a desculpa desta vez? O empate com o São Caetano? Se tivesse vencido o Azulão, lotaria? Sinceramente, muito pouco para um time que briga pela liderança de um campeonato nacional. Difícil com vocês, pior sem.
Mas não vou ficar aqui achando que tudo está errado, porque não é assim que funciona o futebol. Acho apenas que Carpegiani tem que repensar certas escolhas.
Continuo acreditando neste grupo, que vai fazer história com a camisa do Leão.
Por: Maurício Naiberg