Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 21, o técnico rubro-negro, Paulo César Carpegiani, confirmou que a tentativa de escalar três zagueiros do treino da quarta-feira não passou de um teste, e que o time já está praticamente definido para a partida, pela 7ª rodada da Série B.
O comandante rubro-negro, aliás, não pode nem dar-se ao luxo de escalar três zagueiros no mesmo time. Tudo porque Rodrigo, até então titular da equipe, foi cortado por estar fora do peso, enquanto o seu companheiro mais corriqueiro, Victor Ramos, saiu do treino desta quinta com um problema na coxa, e é dúvida.
“Há um tempo, disse que tínhamos 4 ou 5 jogadores que estavam com a condição de peso acima do ideal. Como tivemos quase duas semanas de folga, resolvemos fazer com que esses jogadores adquirissem melhores condições. O Rodrigo era um deles. Mas ele foi muito exigido durante a semana, então conversei com o médico e chegamos à conclusão que por volta da sexta ou sábado seria quando ele sentiria mais o cansaço. Então ele está fora. De última hora, tivemos o problema com o Victor. Por isso estou levando mais dois zagueiros [Reniê e Dankler], devido à dúvida que temos com relação ao Victor”, explicou.
O comandante rubro-negro ainda se defendeu das críticas, vindas sobretudo da torcida, que o insiste em chamar de “professor pardal”, termo normalmente usado para treinadores que promovem novidades demais na equipe.
“Não tenho inovado não. Ontem [quarta], fiz somente uma formação com terceiro zagueiro para liberar os laterais. Numa emergência, temos que saber o procedimento. Mas, realmente não gostei. Eu jogo com três zagueiro numa linha de quatro, com o Gabriel fazendo a lateral direita. Ontem treinamos especificamente com três zagueiros e tivemos dificuldades. Já sei que no jogo não posso fazer isso”, justificou.
Elogiado, porém, por conseguir bons resultados fora de casa, Carpegiani ressaltou o que transmite aos jogadores antes de um compromisso na casa do adversário.
“Eu digo para eles da seguinte maneira: a obrigação de ganhar o jogo é nossa. No futebol, ou você toma a iniciativa ou o adversário é quem toma as rédeas do jogo. Para isso, temos que ter uma equipe organizada, e isso tem sido o meu maior trabalho aqui. Estamos um pouquinho longe ainda daquilo que a gente quer, mas vem acontecendo um progresso, lento, mas que vem acontecendo”, salientou. (A TARDE - Foto: Fernando Amorim)