Poderia escrever um milhão de palavras aqui, mas nada pode expressar a felicidade e satisfação pela classificação na Copa do Brasil, que até aos 34 minutos do segundo tempo parecia impossível de acontecer.
Vamos voltar um pouco à realidade e focar nos fatos. Mesmo com toda essa vontade demonstrada pelos jogadores dentro de campo, o que pudemos acompanhar foi uma arrumação tática equivocada, falhas defensivas grosseiras e erros infantis cometidos pelo comandante rubro-negro. Até concordo que Arthur Maia deveria entrar para dar mais velocidade ao ataque, mas no lugar de Pedro Ken foi uma brincadeira. Geovanni estava sem pernas e seu rendimento naquele momento era pífio.
Aliás, uma coisa está cada vez mais evidente. Depender de Geovanni é suicídio. Não por conta dele, que acho um craque, mas pela própria idade do atleta. O ritmo é outro e isso fica claro a cada semana. Se ele joga mal, a equipe acompanha. Se joga bem, deslancha. Tem que ter substituto à altura, já que Lúcio Flávio, me desculpem, não é esse nome.
Queria saber também quem disse a Léo que ele joga bola. Já vi no Vitória muitos laterais fracos, mas esse menino supera qualquer um. Infelizmente, não tinha ninguém para colocar em seu lugar. E como se não bastasse esse desempenho ridículo dele na direita, me vem um Wellington Saci na esquerda deixar uma verdadeira avenida para o adversário de Natal passear. Observem no segundo gol do ABC quem estava dando cobertura a Victor Ramos e como ele parou no lance.
Aproveitando a oportunidade, gostaria de parabenizar o atacante Neto Baiano, agora maior artilheiro do Barradão, com 45 gols. Podem ter a birra que for com ele, mas o cara luta como poucos, acredita em todas as jogadas e está em uma fase iluminada. Merece esse momento e o apoio de todos.
Ao contrário de Rildo, que chegou agora e já quer sentar na janela. Acho que ele deveria repensar, mais uma vez, algumas atitudes, pois sua bola está pequenininha para sair ironizando a torcida após ser substituído. Torcida esta que o acolheu muito bem, mesmo com aquela lambança do ano passado, quando tentou agredir um árbitro durante uma partida da Série B.
Queria aqui analisar diversos alguns pontos, mas, com essa oscilação e bipolaridade do rubro-negro, prefiro até não entrar muito em detalhes, porque o que eu escrever aqui pode não servir para nada no domingo que vem, quando time vai encarar o Feirense, em Senhor do Bonfim, pelo Baianão.
Não vou ficar aqui achando que está tudo certo, porque não é bem assim. Longe disso. Ainda vejo muita limitação tática e erros primários, que são preocupantes. Podem falar o que quiser, mas esse time do ABC é limitadíssimo e não é parâmetro para nada. Esse sufoco foi desnecessário.
A torcida rubro-negra merece muito mais!
Por: Maurício Naiberg